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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

São Tomás Becket


Origens


Tomás Becket nasceu em 21 de dezembro de 1118, na cidade de Londres. Seu pai era normando. Tomás cresceu na Corte real inglesa, lado a lado com príncipe herdeiro do trono, chamado Henrique. Era um dos jovens que compunham a comitiva do príncipe e um de seus amigos mais íntimos. Tomás e Henrique tinham grande afinidade. Tomás, a princípio, era ambicioso, aventureiro, amante das diversões, caçador audacioso e amigo das disputas perigosas. Ele e o príncipe compartilharam a adolescência e a juventude.


Chanceler


Quando Henrique III, seu amigo, foi corado, a amizade dos dois ainda teve continuidade, pois o rei o nomeou seu chanceler. Num certo momento, porém, Tomás começou a se interessar pela vida religiosa. Começou a estudar a doutrina cristã e tornou-se amigo do arcebispo de Londres, chamado Teobaldo de Canterbury.


Arcebispo


Seguindo as orientações do arcebispo, Tomás Becket foi se aprofundando na fé, no conhecimento de Deus e da Doutrina. A um dado momento concluiu que deveria deixar o cargo de chanceler para se dedicar à religião. Recebeu, então, a ordem do diaconato, através do bispo Teobaldo, passando a ser arcediácono do bispo.


Quando Dom Teobaldo faleceu, o papa permitiu que o rei de escolhesse o novo arcebispo. Henrique III nomeou o amigo para o cargo.


Amizade desfeita


Tomás Becket recebeu a ordenação sacerdotal em 1162 e, no dia seguinte, a sagração como bispo de Canterbury. Logo, porém, começou a ter problemas com o rei. Primeiramente porque Henrique III publicou um conjunto de leis que chamou de "Constituições de Clarendon". Essas leis davam direitos abusivos ao rei, e pretendiam reduzir a Igreja a um pequeno departamento do Estado da Inglaterra. Dom Tomás Becket, zeloso dos assuntos da Igreja e dos direitos de Deus, foi frontalmente contra. O rei, então, passou de amigo a perseguidor. Tanto que Tomás Becket teve de fugir dali para a França.


Exílio


O bispo Tomás Becket permaneceu no exílio durante seis anos. Só conseguiu voltar para a sua diocese na Inglaterra quando o papa Alexandre III conseguiu um acordo de paz com Henrique III. Ao chegar novamente à sua diocese, Dom Tomás Becket foi aclamado pelo povo. Os fiéis, com efeito, amavam-no e respeitavam muito sua integridade de homem correto e de pastor dedicado.


Paz frágil


Tomás Becket, porém, sabia muito bem que aquela paz era frágil. Tanto que afirmou a todos: "Voltei para morrer no meio de vós". Seu primeiro ato depois de retornar à diocese foi destituir todos os bispos que tinham cedido aos caprichos do rei. Nesse momento, a paz, que já era frágil, desapareceu.


Perseguição e morte


Quando Henrique III ficou sabendo desses atos de Dom Tomás Becket, pediu que alguém matasse o bispo. Tomás Becket foi avisado da intenção clara do rei, mas preferiu não fugir outra vez. E respondeu com uma frase que ficou gravada na história: "O medo da morte não deve fazer-nos perder de vista a justiça". Assim, entrou em oração, vestiu os sagrados paramentos e ficou à espera de seus assassinos dentro da catedral. Quatro cavaleiros chegaram e o apunhalaram na catedral. Como cordeiro manso, ele não ofereceu resistência. Era o dia 29 de dezembro de 1170. Assim, São Tomás Becket entregou sua vida por causa da justiça e da verdade de Jesus Cristo. Foi mártir. Sua canonização aconteceu apenas três anos depois de seu martírio, sendo celebrada pelo Papa Alexandre III. A sua festa litúrgica acontece no dia de sua morte.


Oração a São Tomás Becket


“Senhor nosso Deus, que destes ao mártir São Tomás Becket a grandeza de alma que o levou a dar a vida pela justiça, concedei-nos, por sua intercessão, a graça de saber perder a vida por Cristo neste mundo, para podermos encontrá-la para sempre no Céu. Por Nosso Senhor. Amem. São Tomás Becket, rogai por nós.”



MARTIROLÓGIO ROMANO

29/12


1. São Tomás Becket, bispo e mártir, que, por defender a justiça e a Igreja, foi desterrado da sede de Cantuária e da Inglaterra, regressando seis anos depois à sua pátria, onde teve ainda de sofrer muito, até que, trespassado à espada pelos guardas do rei Henrique II na igreja catedral, foi ao encontro de Cristo. († 1170)


2. Comemoração de São David, rei e profeta, filho de Jessé de Belém, que encontrou graça diante de Deus e foi ungido com o óleo santo pelo profeta Samuel para reinar sobre o povo de Israel; trasladou a arca da aliança do Senhor para a cidade de Jerusalém, e o Senhor lhe jurou que a sua descendência permaneceria para sempre, porque dela nasceria Jesus Cristo, segundo a carne.


3. Em Arles, na Provença, região da Gália, atualmente na França, São Trófimo, considerado o primeiro bispo desta cidade.

(† s. III)


4. Em Cartago, na hodierna Tunísia, São Liboso, bispo de Vaga, hoje Béja, em Túnis, e mártir, que no Concílio de Cartago afirmou acerca da questão do baptismo dos hereges: «No Evangelho Cristo disse: “Eu sou a verdade”, e não “Eu sou o costume”».

(† d. 258)


5. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, São Martiniano, bispo.

(† d. 431)


6. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Marcelo, abade do mosteiro dos Acemetas junto ao Bósforo, onde dia e noite ininterruptamente se cantavam os salmos.

(† c. 480)


7. Em Exmes, na Nêustria, agora na França, Santo Ebrulfo, abade do mosteiro de Ouche no tempo do rei Childeberto.

(† c. 596)


8*. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, o Beato Gerardo Cagnóli, religioso da Ordem dos Menores, que durante muito tempo tinha vivido como eremita.

(† 1342)


9*. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Guilherme Howard, mártir, que, sendo visconde de Stafford, professou a fé católica e, por isso, falsamente acusado de conspiração contra o rei Carlos II, morreu ao fio da espada por Cristo.

(†1680)


10. Em Seul, na Coreia, os santos Benedita Hyon Kyong-nyon, viúva e catequista, e seis companheiros[1], mártires, que, depois de sofrerem muitos suplícios por causa do nome cristão, finalmente foram degolados. [1] São estes os seus nomes: Pedro Ch’oe Ch’ang-hub, catequista; Bárbara Cho Chungi, viúva de São Sebastião Nam I-gwam; Madalena Han Yong-i, viúva; Isabel Chong Chong-hye, virgem, filha de Santa Cecília Yu So-sa e irmã de São Paulo Chong Hasang; Bárbara Ko Sun-i, esposa de Santo Agostinho Pak Chong-won; e Madalena Yi Yongdog, virgem, irmã de Santa Catarina Yi. († 1839)


11*. Em Paterna, cidade da província de Valência, na Espanha, o Beato José Aparício Sanz, presbítero e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, derramou o seu sangue por Cristo.

(† 1936)


12*. Em Picadero de Paterna, localidade da mesma província de Valência, os beatos Henrique João Requena, presbítero, e José Perpiñá Nácher, que travaram um nobre combate por Cristo.

(† 1936)


13*. Em San Miguel de los Reyes, na mesma província de Valência, o Beato João Baptista Ferreres Boluda, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, durante a mesma perseguição, imitando a paixão de Cristo, mereceu alcançar a glória do martírio.

(† 1936)

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