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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

São Raimundo de Peñafort


Origens


Raimundo nasceu no 1175, no nobre castelo da família Peñafort, na Catalunha, Espanha. Desde a infância demonstrou interesse pelos estudos e por tudo o que dizia respeito à religião. Com apenas vinte anos tornou-se professor na cadeira de artes livres em uma universidade de Barcelona. Suas aulas atraiam muitos estudantes. Depois, partiu para Bolonha, Itália. Lá, seguiu lecionando e passou a estudar as matérias do direito civil e do eclesiástico. Ao concluir o curso, foi diplomado com louvores. Em seguida, foi nomeado professor titular de Direito Canônico da mesma universidade. Mesmo estando num alto grau social, nunca deixou de lado os pobres. Ao contrário, fazia questão de cuidar deles pessoalmente, não se importando com a fama de grande conhecedor, que já se espalhava por toda a Itália e países da Europa.


Advogado dos pobres


Em 1220 Raimundo retornou à Espanha, onde foi ordenado padre. Logo em seguida, foi nomeado vigário geral da grande diocese de Barcelona. Depois o Papa Gregório IX convocou-o para colocar sua capacidade a serviço da Igreja em Roma. Lá, foi confessor do Papa durante oito anos. Nessa época constatou que os pobres não eram bem atendidos nos seus direitos canônicos quando recorriam à sede da Igreja e alertou o Papa sobre o assunto. A consequência disso foi que São Raimundo, a mando do Papa, escreveu e editou a obra "Os Decretais de Gregório IX". A obra tornou-se referência no direito canônico até os dias de hoje.


Arcebispo


Como reconhecimento pela dedicação, santidade, capacidade e bons trabalhos de São Raimundo, o Papa Gregório IX nomeou-o arcebispo da cidade de Taragona. Em sua humildade, porém, São Raimundo sentiu-se indigno. Por isso, pediu que fosse exonerado do cargo. Chegou mesmo a ficar doente em razão disso. Assim, com a autorização de seus superiores, retornou para a Espanha. Do amigo e também santo Pedro Nolasco, São Raimundo de Peñaforte aceitou o convite de escrever as Constituições da recém fundada Ordem das Mercês para a Redenção dos Cativos. A Ordem ficou conhecida como Ordem dos Mercedários e tinha como objetivo libertar cristãos escravizados por muçulmanos.


Dominicano, eremita e carismático


Quando a Ordem dos Dominicanos chegou a Barcelona, São Raimundo de Peñaforte entusiasmou-se pelo modo de vida dessa Ordem religiosa. Por isso, abandonou tudo o que tinha para se tornar dominicano. Sua vocação dominicana era tão evidente que, quando o superior geral faleceu, no ano 1278, os dominicanos o elegeram como o sucessor. Pelo tempo de dois anos São Raimundo de Peñaforte viajou a pé e visitou todos os conventos da Ordem. Depois disso, pediu afastamento da direção e dedicou-se à vida solitária de penitência e orações. Porém, nunca deixou de atender aos pobres. Nessa época, Deus realizou grande prodígios por meio de São Raimundo de Peñaforte. Por isso, sua fama de santidade se espalhou.


Aos setenta anos volta a lecionar


Por inspiração de Deus, ao completar setenta anos, São Raimundo voltou à educação. Dirigiu a fundação de dois seminários. Neles, o ensino era dado nas línguas Hebraica e árabe. Seu objetivo era atrair judeus e árabes para o Cristianismo. Em alguns anos dez mil árabes se converteram e receberam o batismo. Depois, São Raimundo passou a ser confessor do rei Jaime de Aragão e repreendeu-o pela vida desregrada. Também alertou o rei sobre um grande perigo que o reino corria com uma facção chamada “os albigenses”. Estes pertenciam à seita dos cátaros. Esta seita pregava uma doutrina que desviava da fé católica. Assim, ele conseguiu que os albigenses fossem expulsos da região. Além disso, São Raimundo, nesse tempo, foi um escritor importante. Sua obra, intitulada "Suma de Casos", continua a ser usada até os dias de hoje pelos confessores.


Morte


São Raimundo de Peñafort tornou-se grande amigo de Santo Tomás de Aquino. Tanto, que pediu a ele que escrevesse uma importante obra chamada Suma contra os Gênios. Além disso, ajudou Santo Tomás nos estudos. São Raimundo faleceu aos 100 anos! Era o dia 6 de janeiro de 1275. Pouco tempo depois foi canonizado. A celebração de sua festa foi estabelecida para o dia seguinte ao de sua morte, em 7 de janeiro, porque no dia 6 comemora-se a Epifania do Senhor.


Oração a São Raimundo de Peñaforte


“Senhor, que destes a São Raimundo de Penhaforte a virtude de uma admirável misericórdia para com os pecadores e os prisioneiros, dignai-Vos, por sua intercessão, quebrar as cadeias dos nossos pecados para podermos cumprir livremente a vossa vontade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do espírito Santo, amém. São Raimundo de Penhaforte, rogai por nós.”




MARTIROLÓGIO ROMANO

07/01


1. São Raimundo de Penhaforte, presbítero da Ordem dos Pregadores, que foi exímio na ciência do Direito Canónico, escreveu obras de sólida doutrina e grande proveito sobre o sacramento da Penitência e, eleito mestre geral da sua Ordem, preparou para ela a redacção das novas Constituições. Em idade avançada, faleceu piedosamente em Barcelona, cidade da Espanha.

(† 1275)


2. Em Melitene, na Arménia, hoje Malatya, na Turquia, São Polieucto, mártir, que, sendo soldado, constrangido pelo edito do imperador Décio a sacrificar aos deuses, quebrou as estátuas; por isso suportou muitos tormentos e, finalmente degolado, foi batizado com o derramamento do seu sangue.

(† c. 250)


3. Em Nicomédia, na Bitínia, hoje Izmit, na Turquia, a paixão de São Luciano, presbítero e mártir da Igreja de Antioquia, célebre pela sua sabedoria e eloquência, que, levado ao tribunal para contínuas interrogações acompanhadas de torturas, persistiu intrepidamente em declarar-se cristão.

(† 312)


4*. Em Passau, no Nórico, na atual Baviera, comemoração de São Valentim, bispo da Récia.

(† c. 450)


5. Em Pavia, na Ligúria, região da Itália, São Crispim, bispo.

(† 467)


6*. Em Chur, no território da Helvécia, atual Suíça, São Valentiniano, bispo, que socorreu os pobres com os seus bens, pagou o resgate de cativos e distribuiu vestes aos mais necessitados.

(† 548)


7*. Em Solignac, junto de Limoges, na Aquitânia, hoje na França, São Tilo, discípulo de Santo Elói, que foi artesão e monge.

(† c. 702)


8*. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Ciro, bispo, que, sendo monge na Paflagónia, foi elevado à sede de Constantinopla, da qual foi depois expulso, morrendo no exílio.

(† 714)


9*. Em Le Mans, na Gália, hoje na França, Santo Alderico, bispo, que se dedicou com grande ardor ao culto de Deus e dos Santos.

(† 856)


10. Na floresta próxima de Ringsted, na Dinamarca, São Canuto Lavard, que, sendo duque de Schleswig, governou com prudência e bondade o principado e fomentou a piedade do seu povo, mas foi assassinado pelos inimigos que invejavam a sua autoridade.

(† 1137)


11. Em Palermo, na Sicília, hoje região da Itália, o passamento do Beato Mateus Guimerá, bispo de Agrigento, da Ordem dos Menores, singularmente dedicado ao culto e à exaltação do Santíssimo Nome de Jesus.

(† 1451)


12*. Em Suzuta, no Japão, o Beato Ambrósio Fernandes, mártir, que partiu para o Oriente à procura de comércio e lucro, mas, conquistado pelo fervor da vida cristã foi admitido como religioso na Companhia de Jesus e, depois de ter padecido muitas privações, morreu por Cristo no cárcere.

(† 1620)


13. Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje Vietnam, São José Tuân, mártir, que, sendo pai de família e agricultor, morreu degolado no tempo do imperador Tu Duc, por se ajoelhar e orar diante duma cruz, em vez de a calcar aos pés como lhe tinha sido ordenado.

(† 1862)


14. Em Liège, na Bélgica, a Beata Maria Teresa do Sagrado Coração (Joana Haze), virgem, que fundou a Congregação das Filhas da Cruz, destinada ao serviço dos mais débeis e dos pobres.

(† 1876)

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