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  • Sérgio Fadul / Arautos do Evangelho

São Luís Orione


Simples sacerdote e de família humilde como Dom Bosco - do qual foi aluno - Dom Orione maravilhou o mundo com sua santidade, seu zelo apostólico, suas inumeráveis obras em benefício dos meninos pobres e de toda espécie de pessoas necessitadas.


O lema por ele adotado, "Renovar tudo em Cristo", se desdobra historicamente neste: "Renovar tudo na Igreja"; e, na via da ação, pode ser formulado também assim: "Renovar tudo na caridade".


Como o Divino Mestre, "passou pelo mundo fazendo o bem". E, chegada a hora de apresentar-se ao Supremo Juiz, entregou serenamente a alma a Deus, deixando escapar de seus lábios estas palavras carregadas de júbilo e de esperança: "Jesus! Jesus! estou indo."


"Faremos dele um general!"


Em Pontecurone, pequena cidade do Norte da Itália, nasceu Luís Orione no dia 23 de junho de 1872, numa dependência da casa de campo do Ministro Urbano Rattazzi, da qual o casal Vittorio e Carolina Orione eram porteiros.


O Ministro gostava de entreter-se familiarmente com seus empregados. Tomando o pequeno Luís nos braços, disse ao seu pai: "Faremos dele um general!" Essa promessa - uma mera amabilidade do ilustre homem de Estado - realizou-se, entretanto, com toda exatidão, pois o próprio Rei dos Reis havia decidido: "Farei deste menino um grande general!", como veremos mais adiante.


A infância de Luís Orione pode resumir-se em poucas palavras: pobreza, trabalho, piedade e, sobretudo, uma grande vocação.


De 1886 a 1889, ele estudou no Oratório Salesiano de Valdocco, de onde saiu para ingressar no Seminário Diocesano de Tortona. Ainda como seminarista, começou a dedicar-se às obras de ajuda aos mais necessitados, participando da Sociedade de Socorro Mútuo São Marciano e das Conferências Vicentinas. Em julho de 1892, seguindo a trilha de Dom Bosco, abriu seu primeiro Oratório, um centro de educação cristã e de recreação para meninos pobres.


Fundação do primeiro colégio


Para o seu zelo ardente, isto parecia pouco. Assim, no ano seguinte, fundou um colégio, em regime de internato, para rapazes de famílias pobres. Não passava ele então de um seminarista de apenas 21 anos de idade, e sem qualquer recurso financeiro!


Mas a Divina Providência não desampara as almas escolhidas por Ela para levar adiante grandes obras. Ao contratar o aluguel do imóvel para o colégio, o proprietário exigiu pagamento adiantado do primeiro ano: 400 liras. Orione não dispunha de um centavo sequer, mas garantiu ao homem: "A Providência resolverá". Saiu dali, dirigindo-se para a Catedral. No caminho, foi interrompido por uma velhinha:


- Onde vai, Orione?


- Estou abrindo um colégio - respondeu ele.


- Que bom! Posso pôr meu neto no seu colégio? Quanto o senhor me cobra?


- Pague o que a senhora puder.


- Eu tenho 400 liras que economizei para a educação do meu neto... São suficientes para quanto tempo?


- 400 liras! Seu neto poderá ficar no colégio durante todo o tempo de seus estudos! - exclamou Dom Orione.


Voltando imediatamente, fez ao proprietário o pagamento exigido para o primeiro ano de locação. Assim começou essa grandiosa obra que em menos de meio século difundiu seus benefícios por inúmeros países.


Ordenado sacerdote, começa a formar seu "exército"


Em 13 de abril de 1895, Dom Orione foi ordenado sacerdote. Neste mesmo dia, entregou a batina clerical a seis alunos de seu colégio que tinham vocação sacerdotal. E em pouco tempo abriu novos colégios em Mornico, em Noto, em Sanremo e em Roma.


Dom Orione tinha, de fato, valiosos dotes de general. Logo uniu a si os padres e seminaristas que, sob seu comando, constituíram o primeiro núcleo de uma pujante família religiosa: a Pequena Obra da Divina Providência.


Em março de 1903, o Bispo Dom Igino Bandi deu aprovação canônica à nova Congregação, que se propunha "trabalhar para levar os pequenos, os pobres e o povo à Igreja e ao Papa, mediante obras de caridade". Além dos três votos habituais - pobreza, obediência e castidade - o amor dos Orionitas à Cátedra de Pedro levou-os a desejar um quarto voto: o de "especial fidelidade ao Papa".


A seu tempo, foram surgindo os novos ramos da Família Orionita: além dos padres, as religiosas, os eremitas da Divina Providência. Em seguida, as Pequenas Irmãs Missionárias da Caridade, às quais se associaram as IrmãsSacramentinas Adoradoras e, algum tempo depois, as Contemplativas de Jesus Crucificado.

O Pe. Orione organizou também diversos grupos de leigos, de ambos os sexos, os quais, mais tarde, constituíram o Instituto Secular Orionita (ISO) e o amplo leque de associações do Movimento Laical Orionita (MLO).


Um coração desejoso de abarcar o mundo inteiro


Depois da primeira Grande Guerra (1914-1918), multiplicaram-se as escolas, colégios, colônias agrícolas, obras caritativas e sociais. Entre as muitas obras, as mais características foram os "Pequenos Cotolengos", institutos localizados nas periferias das grandes cidades para acolher os mais necessitados e abandonados.


O zelo apostólico de Dom Orione cedo se manifestou com o envio de missionários ao Brasil, à Argentina, ao Uruguai, ao Chile, à Palestina, à Polônia, a Rodes, aos Estados Unidos, à Inglaterra e à Albânia. Tudo isso até o ano de 1936.


Além de grande pregador, Dom Orione foi exímio confessor, organizador de peregrinações e de missões populares. Grande devoto de Nossa Senhora, propagou de todos os modos a devoção mariana.


Ao longo de sua vida, Dom Orione recebeu demonstrações de estima e confiança de Papas e de autoridades civis, que o incumbiram de missões importantes e delicadas, em difíceis situações de relacionamento entre a Igreja e a Sociedade civil.


Em 1940, com sua obra espalhada por vários continentes, o Pe. Orione foi atacado de grave enfermidade cardíaca, sendo obrigado a submeter-se a tratamentos médicos. Apenas três dias depois, faleceu serenamente, pronunciando estas curtas palavras: "Jesus! Jesus! estou indo."

Mons. João Clá Dias. Publicado na Gaudium Press.

Origens


Luís Orione nasceu em Pontecuore, Itália, no dia 23 de junho de 1872. Era filho de uma família pobre. Seus pais eram camponeses e muito simples. Porém, sua família era bem estruturada, rica em honestidade e sabedoria. Sua mãe, sábia educadora, serviu de inspiração e modelo por toda a vida. Luis Orione recebeu os fundamentos da sua fé no aconchego de seu lar e isso lhe marcou para o resto a vida.


Contato com um santo


No início da juventude, Luis Orione já pensa em ser sacerdote. Apoiado por sua família, ele ingressou no Oratório Salesiano em Turim, uma obra dedicada à educação e formação de crianças, adolescentes e jovens pobres. O fundador dessa obra era São João Bosco, ou simplesmente Dom Bosco. Este ainda era vivo quando Luís Orione ingressou no Oratório. Dom Bosco tinha grande estima por Orione e percebeu logo a vocação do jovem. Por isso, dedicou especial atenção na formação de Orione.


Fundador dinâmico


Em 1892, sendo ainda seminarista, Luís Orione fundou duas escolas dedicadas à formação de crianças e jovens. Ordenado em 1895, passou, então, a se dedicar aos necessitados com todo ardor e dedicação. Sua meta era acolher e evangelizar os mais necessitados.


Missionário da caridade


O Padre Luís Orione era incansável na sua luta em favor dos necessitados. Por várias vezes empreendeu viagem por toda a Itália pedindo doações e ajuda material para as obras de caridade que ele fundara. Colocava-se como um instrumento nas mãos da Providência Divina, tendo sempre como objetivo o alívio dos sofrimentos e das necessidades humanas.


Terremoto


Em 1908, um terremoto terrível colocou abaixo a região da Sicília e Calábria, na Itália. Luís Orione fez um grande trabalho no socorro das inúmeras vítimas. Tanto que o Papa Pio X pediu que ele ficasse lá por mais tempo. Padre Orione atendeu, ficando lá por três anos.


Fundador


Em 1915, o padre Luís Orione fundou uma congregação que ele chamou de “Pequena Obra da Divina Providência”. O objetivo da obra era atender aos pobres, humildes trabalhadores, doentes, necessitados e, principalmente, aos esquecidos pela sociedade. Posteriormente fundou a Congregação dos Padres Orionitas. Depois, fundou a Congregação das Irmãzinhas Missionárias da Caridade. Mais tarde, fundou a Congregação das Irmãs Sacramentinas. Finalmente, fundou a Congregação dos Eremitas de Santo Alberto. Nessas duas últimas fundações, um dos objetivos era admitir religiosos cegos, coisa que, na época, era difícil.


A obra se estende pelo mundo


A Congregação dos Filhos da Divina Providência e a das Missionárias da Caridade se expandiram por vários países da Europa. Depois, pelas Américas e pela Ásia. Hoje, a Obra de São Luís Orione tem milhares de Casas e Instituições espalhadas pelo mundo, atuando principalmente na área assistencial e educativa.


No Brasil


A Obra de São Luís Orione está no Brasil desde 1914. São várias casas que abrigam órfãos, excepcionais, deficientes, idosos. Há também hospitais para os necessitados. A obra da Divina Providência sempre foi e ainda hoje continua recebendo toda a manutenção vinda de esmolas e doações.


Morte


São Luís Orione faleceu como uma vela que se desgastou queimando pelo cansaço missionário. Ele tinha com sessenta e oito anos quando entregou sua alma a Deus, na cidade de San Remo, Itália. Era o dia 12 de Março de 1940. Sua canonização foi celebrada em 2004, pelo Papa João Paulo II, em Roma. São Luís Orione foi um sacerdote humilde e gigante no apostolado da caridade. Foi chamado de pai dos pobres e grande benfeitor da Humanidade aflita e sofredora.


Oração a São Luís Orione


“Ó Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, nós vos adoramos e vos damos graças pela imensa caridade que infundistes no coração de São Luiz Orione e por ternos dado nele o Apóstolo da Caridade, o Pai dos Pobres e o Benfeitor da humanidade, sofredora e abandonada. Concedei-nos que possamos imitar o amor ardente e generoso que São Luiz Orione tinha para convosco, a Santíssima Virgem, a Igreja, o Papa e todos os aflitos. Pelos seus méritos e sua intercessão, concedei-nos a graça que vos pedimos (pedir a graça) para experimentar a vossa Divina Providência. Amém.”




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