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  • Foto do escritorSérgio Fadul / Vatican.va

São Francisco Xavier



A Igreja, que na sua essência é missionária, teve um grande impulso do Espírito Santo para evangelizar a América e o Oriente no século XV e XVI. No Oriente, São Francisco Xavier destacou-se com uma santidade que o levou à ousadia de fundar várias missões, a ponto de ser conhecido como “São Paulo do Oriente”. Francisco Xavier nasceu no castelo de Xavier, em Navarra, norte da Espanha, em 7 de abril de 1506. De família nobre, seu pai era presidente do Conselho Real de Navarra.


Em 1525, com dezoito anos, foi para Paris dedicar-se aos estudos universitários. No ano de 1530, tornou-se “Magister Artium”, pronto para a carreira acadêmica. Vaidoso e ambicioso, buscava a glória de si até conhecer Inácio de Loyola, que também estudava no Colégio de Santa Bárbara. A relação dos dois foi complicada de início, tanto que o próprio Inácio definiu Francisco como “o pedaço de massa mais difícil que amassou”. Com o tempo, e intercessão de Inácio, o coração de Francisco foi cedendo ao amor de Jesus, até que entrou no verdadeiro processo de conversão. O resultado se vê no fato de ter se tornado cofundador da Companhia de Jesus, fundada em 1539.


Já como padre e empenhado no caminho da santidade, São Francisco Xavier foi designado a ir em missão para o Oriente. Foi o primeiro jesuíta que partiu de Lisboa para as missões nas Índias em 7 de abril de 1541. Fez um frutuoso trabalho de evangelização que abrangeu todas as classes e idades.


A viagem de Lisboa a Goa (Estado indiano) durou, aproximadamente, treze meses; uma viagem fatigante devido à falta de comida, ao calor intenso e às tempestades. Chegou a Goa, em 1542, escolhendo como casa o hospital da cidade; sua cama era ao lado de pacientes em situação grave. Seu ministério, a partir desse momento, foi dedicar-se à assistência dos excluídos da sociedade. No ensinamento com as crianças, adotou um novo método, ensinando o Catecismo com o auxílio de um sininho, que tocava pelas ruas, a fim de reunir as crianças na igreja. Traduziu os princípios da Doutrina Católica em versos e, para facilitar o aprendizado, cantava-os.


Entre os anos de 1545 e 1547, Francisco conseguiu avançar para outras regiões. Chegou em Malaca, arquipélago das Molucas, e às Ilhas do Moro, sem se preocupar com qualquer perigo, pois confiava em Deus.


No ano de 1547, sua vida teve uma reviravolta, encontrou Hanjiro, um fugitivo japonês, ansioso em converter-se ao cristianismo. Este encontro acendeu em seu coração o desejo de anunciar o Evangelho à terra do “Sol levante”. Chegou no Japão em 1549, embora soubesse da pena de morte para quem administrasse o sacramento do Batismo, submeteu-se a aprender a língua e os seus costumes, a fim de anunciar um Cristo encarnado.


Ambicionando a China para Cristo, Francisco encarou o país como uma nova terra de missão. Em 1552, chegou à ilha de Shangchuan, onde tentou embarcar para a cidade de Cantão, mas foi acometido por uma forte febre e cansaço. Faleceu no dia 3 de dezembro de 1552. Dois anos após sua morte, seu corpo íntegro foi trasladado para a igreja de Bom Jesus de Goa, Índia, onde é venerado.


Esse grande santo missionário entrou no Céu com 46 anos e percorreu grandes distâncias para anunciar o Evangelho, tanto assim que, se colocássemos em uma linha suas viagens, daríamos três vezes a volta na Terra. São Francisco Xavier, com dez anos de apostolado, tornou-se merecidamente o Patrono Universal das Missões ao lado de Santa Teresinha do Menino Jesus, em 1927.


Foi beatificado em 1619, por Paulo V, e canonizado em 1622, por Gregório XV. Seu pensamento pode ser resumido em uma oração que ele sempre rezava: “Senhor, eu vos amo, não porque me podeis dar o céu ou me condenar ao inferno, mas porque sois meu Deus! Amo-vos porque vós sois vós”!


São Francisco Xavier, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

03/12


1. Memória de São Francisco Xavier, presbítero da Companhia de Jesus, evangelizador das Índias, que, nascido em Navarra, foi um dos primeiros companheiros de Santo Inácio. Movido pelo ardente desejo de propagar o Evangelho, anunciou diligentemente Cristo a inumeráveis povos da Índia, das Molucas e outras ilhas, e depois no Japão, convertendo muitos à fé; finalmente morreu na ilha de Sanchoão, consumido pela enfermidade e pela fadiga. († 1552)


2. Comemoração de São Sofonias, profeta, que, nos dias de Josias, rei de Judá, anunciou a ruína dos ímpios no dia da ira do Senhor e fortaleceu os pobres e indigentes na esperança da salvação.


3. Em Tânger, na Mauritânia, atualmente em Marrocos, São Cassiano, mártir.

(† c. 300)


4. Em Winchester, na Inglaterra, o sepultamento de São Birino, que, enviado à Grã-Bretanha pelo papa Honório, foi o primeiro bispo de Dorchester e difundiu com grande diligência o anúncio da salvação entre os Saxões ocidentais.

(† c. 650)


5. Em Chur, cidade da Récia, na Helvécia, hoje na Suíça, São Lúcio, eremita.

(† s. VI/VII)


6*. Em Londres, na Inglaterra, o Beato Eduardo Coleman, mártir, que, por ter abraçado a fé católica, que falsamente acusado de conspiração contra o rei Carlos II, por ter abraçado a fé católica, foi enforcado em Tyburn e, ainda com vida, esquartejado.

(† 1678)


7*. Em Trento, na região do Véneto, na Itália, o Beato João Nepomuceno De Tschiderer, bispo, que administrou esta Igreja com evangélico ardor de fé e trato cordial e, em tempo de tribulação, deu à sua grei um admirável testemunho de amor.

(† 1860)


8♦. Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, os beatos Francisco Fernández Escosura e Manuel Santiago Santiago, religiosos da Ordem dos Pregadores e mártires, que, durante a perseguição religiosa, foram mortos em ódio à fé cristã.

(† 1936)


9♦. Em Linares, perto de Jaén, na Andaluzia, região da Espanha, o Beato Manuel Lozano Garrido (“Lolo”), fiel leigo, que soube irradiar com o seu exemplo e escritos o amor de Deus e a grandeza de alma, mesmo entre as moléstias que o tiveram sujeito a uma cadeira de rodas durante quase vinte e oito anos e no final da vida também perdeu a vista, mas conseguiu continuar a ganhar os corações para Cristo com alegria serena e inquebrantável. († 1971)

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