top of page
  • Sérgio Fadul - Basílica Santa Teresinha

Santo Estevão da Hungria


SANTO ESTEVÃO - O APÓSTOLO DOS HÚNGAROS - PADROEIRO DA HUNGRIA, DOS PEDREIROS E CONSTRUTORES


O Rei Estêvão, o Grande, ou Santo Estêvão da Hungria (Szent István király em húngaro), c. 975 - 15/08/1038, foi o primeiro rei da Hungria. Seu pai foi o chefe tribal magiar Géza; sua mãe chamava-se Sarolt, e Estêvão recebeu ao nascer o nome de Vajk (que significa "herói").


Nascido na cidade de Esztergom, Vajk foi batizado aos 10 anos de idade por Santo Adalberto de Praga, como pré-condição para receber de Roma a coroa da Hungria, e então renomeado Estêvão, em homenagem ao mártir da igreja primitiva, Santo Estêvão protomártir.


Casou-se, ao que parece em 995, com a beata Gisela da Baviera, filha do Henrique II da Baviera e de Gisela da Borgonha.


Estêvão e Gisela tiveram ao menos três filhos, cujos nomes a história registrou: os varões Américo (Imre) e Otão (Ottó) e a filha Edviges (Hedvig).


Ao que parece, Estêvão sobreviveu a todos os seus filhos, de modo que, após a sua morte, a coroa foi disputada por seus sobrinhos e primos.


A COROA DE SANTO ESTEVÃO DA HUNGRIA, PRESENTE DO PAPA SILVESTRE II.


Após derrotar os nobres pagãos que se lhe opunham e unificar as tribos magiares, reza a tradição que Estêvão recebeu do Papa Silvestre II uma coroa de ouro e pedras preciosas (a qual, denominada "Santa Coroa", tornou-se o símbolo do país), juntamente com uma cruz apostólica e uma carta de bênção em janeiro de 1001, com o que o papado o reconhecia como um rei cristão na Europa.


Santo Estevão, rei da Hungria, é indubitavelmente quem deu ao povo nômade dos magyares, procedente da Ásia, e que no final do século IX se haviam assentado ao longo do Danúbio, a estabilidade política definitiva, sobretudo, no catolicismo. Povo guerreiro e feroz, foi durante algum tempo o terror dos vizinhos territórios cristãos; porém, convertido ao cristianismo, foi posteriormente o mais decidido campeão na fé.


Geza, o terceiro de seus duques depois de seu estabelecimento no centro da Europa, compreendeu a necessidade de orientar seu povo ao cristianismo, que professavam os povos circunvizinhos e, sob o influxo de São Alberto de Praga, recebeu o batismo. Seu exemplo foi seguido por um bom número da nobreza; porém, evidentemente se tratava, em sua maioria, de conversões nominais.


O que deu o passo definitivo e logrou enraizar definitivamente o cristianismo no povo magyar foi o filho de Geza, chamado Vaik, batizado juntamente com seu pai quando só contava dez anos, e que recebeu o nome de Estevão.


No ano de 995, aos vinte anos de idade, recebeu por esposa Gisela, irmã do santo imperador Henrique II, e pouco depois sucedeu a seu pai no governo de seu povo.


Em momento tão decisivo, certamente experimentou os atrativos de uma vida de liberdade e independência de todo jugo religioso, conforme os antecedentes de seu povo nômade e guerreiro; porém, preparado já pelo batismo e pela primeira educação recebida de seu pai e atraído depois pelo afeto e pelas razões de sua esposa cristã, Gisela, decidiu-se pelo cristianismo e se propôs desde o início fazer de seu povo um povo profundamente cristão.


Nos primeiros anos de seu governo deu as mais claras provas de seu espírito guerreiro e do indomável valor de seu braço, pois em uma série de guerras com rivais de sua própria tribo e com alguns povos vizinhos, assegurou definitivamente sua posição e sua independência.


Isto foi de extraordinária importância em todos os passos que foi dando sucessivamente, assegurando-lhe o prestígio militar que necessitava, cortando pela raiz todo princípio de rebelião contra a evidente superioridade que todos lhe reconheceram.


Uma vez assegurada sua posição, dedicou-se plenamente à consolidação do cristianismo em seus territórios, para o qual lhe serviu de instrumento o monge Ascherik ou Astrik. Nomeado primeiro arcebispo dos magyares com o nome de Anastácio, Astrick se dirigiu a Roma, com a dupla comissão de Santo Estevão, de obter do Papa São Silvestre II (999-1003), antes de tudo, a organização de uma hierarquia completa na Hungria e, em segundo lugar, a concessão do título de rei para Estevão, segundo lhe instava a nobreza e a parte mais saudável de seu povo.


O Papa São Silvestre II viu claramente a importância de ambas comissões, destinadas à consolidação definitiva do cristianismo em um grande povo e, assim, com entendimentos com o jovem imperador Otão III, que se encontrava então em Roma, redigiu uma bula, na qual aprovava os bispos propostos por Estevão e lhe concedia com toda solenidade o título de rei, enviando para ele uma coroa real juntamente com sua bênção apostólica.


Santo Estevão saiu ao encontro do embaixador de Roma, escutou de pé e com grande respeito a leitura da bula pontifícia, e no Natal do ano 1000 foi solenemente coroado rei.


Desde este momento se pode dizer que o novo rei Santo Estevão da Hungria entregou-se totalmente à rude tarefa de converter o povo dos magyares em um dos povos mais profundamente cristãos da Europa medieval. Antes de tudo, era necessário instruir convenientemente a maior parte de seus súditos, que não conheciam o Evangelho e que, pelo contrário, estavam imbuídos nas práticas pagãs.


Para este trabalho de evangelização de seu povo, Estevão pediu ajuda aos monges cluniacenses, então em grande fervor e apogeu, e, efetivamente, seu célebre abade Santo Odilon, que lhe concedeu grande quantidade de missionários.


Por outro lado, organizou o rei uma série de novas dioceses. Seu primeiro plano foi estabelecer os doze projetos, porém, logo viu que devia proceder gradualmente, à medida que o clero ia capacitando-se para isso e as circunstâncias o permitiam. A primeira foi a de Vesprem. Não muito depois da Esztergom, que foi constituída em sede primada, e assim foram seguindo outras. Paralelamente, Santo Estevão foi o grande construtor de igrejas. Assim, construiu a catedral metropolitana de Esztergom, outra em honra à Santíssima Virgem em Szekesfehervar, onde posteriormente eram coroados e enterrados os reis da Hungria. Santo Estevão estabeleceu neste lugar sua residência, pelo qual foi denominado Alba Regalis.


Desta forma continuou avançando rapidamente a cristianização da Hungria, que constitui a grande obra de Santo Estevão. Os principais instrumentos foram os monges de São Bento.


Estevão completou a construção do grande mosteiro de São Martinho, começado por seu pai. Este mosteiro, existente todavia em nossos dias, conhecido com os nomes de Martinsberg ou Pannonhalma, foi sempre o centro da Congregação beneditina na Hungria.


Em seu empenho, de cristianizar seu reino, protegeu a vida de piedade do povo em todas suas manifestações. Por isto, além de construir igrejas e mosteiros, organizou santuários dedicados à Santíssima Virgem, cuja devoção favoreceu e fomentou, ajudou e protegeu as peregrinações a Jerusalém e a Roma e, em geral, tudo o que significava fervor e vida cristã.


Ao contrário, perseguiu e procurou abolir, às vezes com excessivo rigor os costumes bárbaros ou supersticiosos do povo: reprimiu com severos castigos a blasfêmia, o adultério, o assassinato e outros crimes ou pecados públicos. Enquanto por um lado se mostrava humilde, simples e acessível aos pobres e necessitados, era intransigente com os degenerados e rebeldes para com a religião.


Uma de suas ocupações favoritas era distribuir esmolas aos pobres, com os que se mostrava indulgente e paternal. Refere-se que, em certa ocasião, um grupo de mendigos caíram sobre ele, o maltrataram e roubaram o dinheiro que tinha destinado para os demais. O rei tomou com mansidão e bom humor este atropelo, porém, os nobres trataram de impedir que se expusesse de novo sua pessoa a outro ato semelhante. Sem embargo, a despeito de todos, ele renovou sua promessa de não negar nunca esmola a quem se lhe pedisse. Precisamente, este insigne exemplo de virtude, era o que mais influxo exercia sobre todos os que entravam em contato com ele.


Sobre esta base da mais profunda religiosidade, Santo Estevão deu uma nova legislação e organizou definitivamente a seu povo. Com o objeto de obter a mais perfeita unidade, aboliu as divisões de tribos e dividiu o reino em trinta e nove condados, correspondentes às divisões eclesiásticas. Além disso, introduzindo com algumas limitações o sistema feudal, uniu fortemente a sua causa à nobreza. Por isto, Santo Estevão deve ser considerado como o fundador da verdadeira unidade da Hungria.


Certamente teve opositores e descontentes dentro e fora de seu território. Por isso, ainda que tão decidido amigo da paz, teve que fechar mão de seus extraordinários dotes de guerreiro para manter a unidade e defender seus direitos.


Assim, venceu a Gyula de Transilvânia, e quando em 1030 o imperador Cornado II da Alemanha invadiu a Hungria, Santo Estevão ordenou penitências e orações em todo o reino e com tanto valor se opôs com seu exército às forças invasoras, que Conrado II teve que abandonar todo o território com incalculáveis perdas.


Por outro lado, teve que manter seus direitos frente à Polônia, ajudou nos Balcanes aos bizantinos e realizou constantemente uma política de defesa dos interesses de seu território.


Os últimos anos de sua vida foram perturbados por infelicidades domésticas e dificuldades internas. Seu filho e sucessor, Santo Emerico, a quem Estevão tratava já de entregar parte do governo, morreu inesperadamente em 1031.


As crônicas referem que, ao ter notícia desta tragédia, o santo rei exclamou: "Deus o amava muito, e por isto o levou consigo", porém, de fato, caiu em grande desalento. Mas as consequências desta tragédia foram sumamente lamentáveis. Os últimos anos de vida de Santo Estevão foram uma verdadeira teia de intrigas com relação à sucessão, que foram constantemente crescendo à medida que piorava a saúde de Estevão.


Entre os quatro pretendentes que se apresentaram o que mais distúrbios ocasionou foi o filho de Gisela, irmã do rei, mulher ambiciosa e cruel, que vivia na corte húngara e se propôs a todo custo apoderar-se do trono da Hungria. As constantes tristezas que todas estas coisas ocasionavam ao santo rei foram minando sua saúde, até que, no ano de 1038, na festa da Assunção, entregou sua alma a Deus. foi enterrado em Szekesfehervar, ao lado de seu filho Emerico, enquanto sua esposa, Gisela, se retirava para o convento das beneditinas de Passau.


Rapidamente Estevão foi objeto da mais entusiasta veneração, pois o povo cristão mantinha a mais viva recordação de suas extraordinárias qualidades como guerreiro, como governante, como pai de seus súditos e como rei ideal cristão, mas sobretudo, estimava e louvava sua extraordinária piedade e espírito religioso, sua submissão à hierarquia e, particularmente ao Romano Pontífice, a quem se declarava devedor da coroa e de quem se declarou súdito feudal, e seu entranhável amor aos pobres.


Já no ano 1083, suas relíquias, juntamente com as de seu filho Emerico, foram postas à veneração pública durante o governo de São Gregório VII, o qual equivalia à canonização dos nossos tempos. Rapidamente Santo estevão se fez popular em toda a Europa cristã.


Na Alemanha mantiveram-se-se verdadeiras correntes de devoção até às peregrinações húngaras, que ao longo da Idade Média acorriam grandes massas à Colônia ou ao Aquisgrão. Em territórios sumamente distantes se encontram pegadas desta veneração crescente por Santo Estevão da Hungria. Assim, se encontrou na Bélgica, na região de Namur, na Itália, em Montecassino e na própria Rússia.


Este fenômeno se deve, indubitavelmente, à predileção que Santo estevão mostrou sempre pelas peregrinações e o favor que sempre prestou aos peregrinos. Assim se explica quão salutar a Igreja lhe dedicar um ofício litúrgico na Hungria, que Inocêncio XI (1676-1689) estendeu à toda Igreja.


É curioso o antigo costume de apresentar a Santo Estevão extremamente ancião, sendo assim que morreu contando somente uns sessenta e três anos e com um manto de coroação, na forma de casula, de que ele mesmo havia feito donativo à igreja de Alba Regalis (Szekesfehervar).


Tendo presente, por um lado, como favoreceu constantemente á obra dos beneditinos e, por outro, como seu espírito profundamente religioso, sua piedade eminentemente litúrgica, sua hospotalidade e amor aos pobres o assemleham tanto ao espírito de São Bento, observa-se que Santo Estevão da Hungria foi um rei beneditino e levou ao trono o espírito da regra beneditina.


Mais ainda. De certa maneira, se chegou a dizer, é mais beneditino que São Bento e seus filhos. Pois é conhecido que ele tinha o piedoso costume de entregar cada ano seu cargo na igreja de São Martinho. de fato, a regra de São Bento, não pede tanto de seus abades.


DEVOTO DE NOSSA SENHORA


De todo o coração, alma e espírito, estreitou cada vez mais a comunhão com o Papa e a Igreja de Roma, isto sem esquecer de ajudar na formação de uma hierarquia eclesiástica húngara, assim como na construção de igrejas, mosteiros e na propagação da Sã Doutrina Católica e devoção a Nossa Senhora.


Santo Estevão, por ser “o primeiro Rei que consagrou a sua nação a Nossa Senhora”, tem uma estátua na Basílica de Nossa Senhora de Fátima e um vitral na capela do Calvário húngaro.


Santo Estevão da Hungria, rogai por nós!




Santo Estevão da Hungria é venerado como o padroeiro da Hungria, e considerado como o protetor dos reis, pedreiros , escultores e também de crianças que sofrem de doenças graves.


Reflexão Bíblica:


"Nós sabemos que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam, dos que são chamados segundo o seu desígnio. Porque os que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, para que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos. E aqueles que predestinou, também os chamou; e aqueles que chamou, também os justificou; e aqueles que justificou, também os glorificou." Romanos 8, 28-30


ORAÇÃO


Deus todo-poderoso, concedei à vossa Igreja que, assim como teve em Santo Estêvão um generoso defensor enquanto reinava na terra, assim encontre nele agora um eficaz protector no Céu. Por Nosso Senhor.


Ó Santo Estêvão, possamos todos nós nos apaixonar pelo cristianismo, com os pés na realidade em que vivemos! Queira abençoar, não só a sua Hungria, mas, também, o Brasil, para que ele possa, unido a outros países, construir a ordem e o progresso! Amém.


Ínclito servo de Deus,

Luzeiro da santidade,

Que levantaste no tempo

Construção de eternidade!


Como o discípulo ao Mestre,

Foste seguindo a Jesus:

Assim, por onde passaste,

Ficou um rasto de luz.


As glórias vãs deste mundo,

Bem as soubeste deixar,

Para lá cima alto nome

Com letras de oiro gravar.


Foste bom e fiel servo,

Pondo a render o talento:

E o Senhor, em boa paga,

Deu-te em prémio cem por cento.


A Deus Pai e a seu Filho

E ao Espírito de amor,

Com os Anjos e os Santos,

Honra, glória e louvor.


Senhor, só Vós sois santo e ninguém pode ser bom sem a vossa graça: concedei-nos, por intercessão de Santo Estevão da Hungria, a graça de viver de tal modo que mereçamos ser vossa morada. Por Nosso Senhor.


Deus de misericórdia, que nos fortaleceis com o exemplo e a proteção dos vossos Santos para avançarmos no caminho da salvação, humildemente Vos pedimos que, celebrando a memória de Santo Estevão da Hungria, imitemos as suas virtudes para chegarmos à glória do vosso reino. Por Nosso Senhor.


Dos Conselhos de Santo Estêvão a seu filho:

(Cap. 1, 2.10: PL 151, 1236-1237.1242-1244) (Sec. XI)


Escuta, meu filho, os ensinamentos de teu pai


Em primeiro lugar, eu te ordeno, aconselho e recomendo, filho caríssimo, que, se desejas honrar a coroa real, conserves a fé católica e apostólica com tal diligência e fidelidade que sirvas de exemplo a todos os súbditos que Deus te confiou, e todos os homens da Igreja te considerem, com razão, um verdadeiro homem de fé cristã, sem a qual, bem o sabes, não te podes chamar cristão ou filho da Igreja. No palácio real, a seguir à fé, a Igreja ocupa o segundo lugar, ela que foi fundada por Cristo, nossa Cabeça, e depois foi transplantada e firmemente edificada pelos seus membros, os Apóstolos e os Santos Padres, e difundida por todo o mundo. E embora ela continue sempre a formar novos filhos, em certos lugares já se considera antiga.


Na nossa monarquia, filho caríssimo, ela é ainda jovem e recente, e por isso necessita de maior vigilância e proteção, a fim de que este dom, que a divina clemência nos concedeu sem o merecermos, não seja destruído e aniquilado por teu desleixo, preguiça e negligência.


Querido filho, doçura do meu coração, esperança da minha futura descendência, eu te peço e mando que, por todos os meios e em todas as circunstâncias, sejas benevolente não só para com os familiares e parentes, os príncipes, os nobres e os ricos, os vizinhos e os habitantes do país, mas também para com os estrangeiros e todos quantos recorrem a ti. Porque o fruto da piedade será a tua suprema felicidade. Sê misericordioso para com todos os que sofrem violência, recordando sempre no íntimo do teu coração o exemplo do Senhor: Eu quero a misericórdia, mais que o sacrifício. Sê paciente para com todos os homens, não só os poderosos, mas também os que o não são.


Finalmente, sê forte, para que nem a prosperidade te ensoberbeça nem a adversidade te desanime. Sê também humilde, para que Deus te exalte, agora e no futuro. Sê moderado e não castigues nem condenes ninguém excessivamente. Sê manso e nunca te oponhas ao sentido da justiça. Sê honrado, para que ninguém venha a sofrer qualquer desonra por tua causa. Sê nobre de sentimentos, evitando como veneno mortal toda a pestilência da sensualidade.


Tudo isto é o ornamento da coroa real; sem isto ninguém pode reinar neste mundo nem alcançar o reino eterno.


Concedei-nos, ó Deus, seguir o exemplo de santo Estêvão, que vos serviu com filial constância e se dedicou ao vosso povo com imensa caridade. Por Cristo, nosso Senhor.


Santo Estevão da Hungria, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

16/08


1. Santo Estêvão, rei da Hungria, que, renascido pelo Batismo e tendo recebido do papa Silvestre II a coroa do reino, impulsionou a propagação da fé cristã entre os Húngaros, organizou a Igreja no seu reino e dotou-a de bens e mosteiros, foi justo e pacífico no governo dos seus súbditos, até que, em Alba Regia, hoje Szekesfehérvar, no dia da Assunção, a sua alma subiu ao Céu.

(†1038)


2. Comemoração de Santo Arsácio, que, no tempo do imperador Licínio, professou a fé cristã e, deixando a vida militar, se retirou para a solidão em Nicomédia; finalmente, vaticinando a iminente destruição da cidade, enquanto orava entregou o seu espírito a Deus.

(† c. 358)


3. Em Sion, no território de Valais, na Helvécia, hoje na Suíça, São Teodoro, primeiro bispo desta cidade, que, seguindo o exemplo de Santo Ambrósio, defendeu a fé católica contra os arianos e recebeu com honras solenes as relíquias dos mártires de Agauno.

(† s. IV)


4*. Na Bretanha Menor, na hodierna França, Santo Armagilo, eremita.

(† s. VI)


5*. No território de Le Mans, na Gália, hoje também na França, São Frambaldo, monge, que seguiu ora a vida solitária ora a vida cenobítica.

(† c. 650)


6*. Na floresta de Rennes, na Bretanha Menor, também na França, o Beato Rodolfo de la Fustaie, presbítero, fundador do mosteiro de São Sulpício.

(† 1129)


7*. Em Subiaco, no Lácio, região da Itália, o Beato Lourenço, chamado Lorigado, que, tendo matado um homem acidentalmente, decidiu expiar a sua pena com extrema austeridade e penitência, vivendo solitariamente na caverna de um monte.

(† 1243)


8. Na Lombardia, também na Itália, São Roque, que, nascido em Montpellier, no Languedoc, região da França, adquiriu fama de santidade com a sua piedosa peregrinação através da Itália, cuidando os afetados pela peste.

(† c. 1379)


9*. Em Florença, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Ângelo Agostinho Mazzinghi, presbítero da Ordem dos Carmelitas.

(† 1438)


10♦. Em Hagi, no Japão, o Beato Melchior Kumagai Motonao, pai de família e mártir.

(† 1605)


11*. Em Kioto, no Japão, o Beato João de Santa Marta, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, enquanto ia conduzido ao suplício, pregava ao povo e cantava o salmo “Laudate Dóminum, omnes gentes” (Louvai o Senhor, todas as nações).

(† 1618)


12*. Em Kokura, também no Japão, os beatos mártires Simão Bokusai Kyota, catequista, e Madalena Bokusai Kyota, esposos, Tomé Gengoro e Maria, também esposos, e Tiago seu filho, ainda criança, que, por ordem do governador Yetsundo, foram todos crucificados de cabeça para baixo em ódio ao nome de Cristo.

(† 1620)


13*. Num sórdido barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato João Baptista Ménestrel, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, foi condenado à galera por causa do seu sacerdócio e, infectado por chagas putrefactas, consumou o seu martírio.

(† 1794)


14. Em Fanjiazhuang, povoação próxima de Wujiao, no Hebei, província da China, Santa Rosa Fan Hui, virgem e mártir, que, na perseguição desencadeada pelos sequazes da seita dos “Yihetuan”, espancada e cheia de feridas, foi lançada ao rio ainda com vida.

(† 1900)


15*. Em Barcelona, na Espanha, a Beata Petra de São José (Ana Josefa Pérez Florido), virgem, que se dedicou diligentemente à assistência dos anciãos abandonados e fundou a Congregação das Irmãs Mães dos Desamparados.

(† 1906)


16*. Em Dénia, na província de Alicante, também na Espanha, o Beato Plácido Garcia Gilaber, religioso da Ordem dos Frades Menores e mártir, que consumou egregiamente o seu combate por Cristo.

(† 1936)


17*. Em Benicassim, localidade próxima de Castellón, também na Espanha, o Beato Henrique Garcia Beltran, diácono da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que pelo martírio se tornou participante na vitória de Cristo.

(† 1936)


18*. Em Picassent, localidade da província de Valência, também na Espanha, o Beato Gabriel María de Benifayó (José Maria Sanchis Mompó), religioso da Congregação dos Terciários Capuchinhos de Nossa Senhora das Dores, que, oprimido pela violência dos inimigos da Igreja, foi ao encontro do Senhor.

(† 1936)


19♦. Em Pozoblanco, perto de Córdova, também na Espanha, o Beato António Rodríguez Blanco, presbítero da diocese de Córdova e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé.

(† 1936)


20♦. Em Fuente el Fresno, localidade da província de Ciudad Real, também na Espanha, os beatos mártires Vítor Chumillas Fernández, presbítero, e dezanove companheiros[1] da Ordem dos Frades Menores, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, em ódio à religião foram conduzidos à glória celeste.

[1] São estes os seus nomes: Martinho Lozano Tello, Julião Navio Colado, Domingos Alonso de Frutos, Benigno Prieto del Pozo, Ângelo Hernández-Ranera de Diego, presbíteros; Vicente Majadas Málaga, Valentim Díez Serna, Tiago Maté Calzada, Saturnino Rio Rojo, Raimundo Tejado Librado, Marcelino Ovejero Gómez, José de Vega Pedraza, José Álvarez Rodríguez, Frederico Herrera Bermejo, Félix Maroto Moreno, António Rodrigo Antón, André Majadas Málaga, Anastásio González Rodríguez, Afonso Sánchez Hernández-Ranera, religiosos.


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page