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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

Santa Ângela de Mérici


Origens


Ângela Mérici nasceu em Desenzano del Garda, Norte da Itália, em 1470. Foi no período da Reforma da Igreja, no combate à doutrina luterana, e do Renascimento. Seus pais eram camponeses e muito religiosos. Desde pequena ela demonstrava inclinação à vida religiosa, dando preferência a leituras sobre a vida de santos.


Provações


Ângela foi provada na vida desde a infância, ao ficar órfã de pai e mãe, e também perder sua irmãzinha, com quem tinha muita ligação. Foi adotada por um tio, que vivia em outra cidade, mas que também acabou falecendo. Assim, ela volta à sua terra natal. Aos treze anos de idade, passando ainda por muito sofrimento, ingressou num convento da Ordem Terceira de São Francisco de Assis.


Experiência de vida e vida religiosa


Conhecendo bem os males que a Renascença estava fazendo às famílias, funda a congregação das Irmãs Ursulinas, sob inspiração de Nossa Senhora. O nome era para homenagear Santa Úrsula, martirizada no século IV, que com um pequeno grupo de moças, foi morta defendendo a virgindade, a castidade e a religião católica. As irmãs da nova Comunidade se dedicavam à educação, principalmente das jovens, preparando-as para se tornarem mães de família com raízes e fortes bases cristãs.


Sensibilidade humana


Ângela começa a perceber que, naquele momento da vida local, as meninas estavam perdidas, sem ter alguém para educá-las e orientá-las sobre os perigos morais, intelectuais, e sobre as novas ideias que faziam com que as pessoas se afastassem de Deus, da fé e da Igreja. Para derrotar as ideias pagãs era necessário restaurar as famílias. Desta forma, Ângela se torna portadora de mensagens inovadoras para a época.


Sábia conselheira


Apesar de ter somente o curso primário, Ângela foi conselheira de bispos, sacerdotes, governadores e doutores. Os conhecimentos adquiridos através dos seus sofrimentos, de sua total entrega à Deus e da vida de penitência meditativa lhe proporcionaram, pela graça do Divino Espírito Santo, o dom do conselho.


Trabalho revolucionário de evangelização


Ângela e mais vinte e oito moças começam a ensinar o catecismo em toda a região. As Ursulinas, como eram chamadas, desenvolveram uma nova concepção, revolucionária, numa época em que todos acreditavam que para uma moça obter uma boa formação cristã, ela deveria estar numa clausura.


Acontecimentos extraordinários


Ângela discerniu que as Ursulinas deveriam se tornar uma Congregação Religiosa. Conta-se que, antes de dar início a esse projeto, indo à Roma, ela quis realizar uma peregrinação em Jerusalém. Porém, logo que chegou ficou cega e só conseguia ver espiritualmente os lugares sagrados que visitou. Na volta, ao parar numa cidade onde havia um crucifixo milagroso, rezou e recuperou a visão.


A congregação e a morte de Ângela


Em 1525, depois de um encontro com o Papa Clemente VII, Ângela deu início oficial no processo de fundação da Congregação, que foi implantada definitivamente na Brescia, em 1535.


Neste mesmo local, Ângela morreu em janeiro de 1540, aos 75 anos de idade. Foi canonizada em 1807. Santa Ângela de Mérici é a protetora dos doentes, das pessoas com deficiência, dos males do corpo e da perda dos pais.


Oração à Santa Ângela de Mérici


“Ó Deus, que por meio de nossa Mãe Santa abençoou Santa Ângela, a fundar uma nova Ordem de Santas Virgens para florescer na tua Igreja, conceda, por sua intercessão, que possamos imitar suas virtudes angelicais e, abandonando todas as coisas terrenas, possamos ser considerados dignos da bem-aventurança eterna. Por Jesus Cristo, Nosso Senhor. Amém. ”


Santa Ângela de Mérici, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

27/01


1. Santa Ângela Mérici, virgem, que tomou o hábito da Ordem Terceira de São Francisco e reuniu várias jovens para as orientar nas obras de caridade. Depois fundou uma Ordem feminina sob a invocação de Santa Úrsula, destinada a cultivar a vida perfeita no mundo e educar as adolescentes nos caminhos do Senhor. Finalmente em Bréscia, na Lombardia, na atual Itália, entregou a alma a Deus.

(† 1540)


2. Em Sora, no Lácio, região da Itália, a comemoração de São Julião, mártir, que, segundo a tradição, sofreu o martírio no tempo do imperador Antonino.

(† c. s. II)


3. Em Le Mans, na Gália Lionense, hoje na França, São Julião, considerado o primeiro bispo desta cidade.

(† s. III)


4*. Em Mariana, na ilha da Córsega, região da França, a comemoração de Santa Devota, virgem e mártir.

(† c. 300)


5. No mosteiro de Bodon, na região de Sisteron, atualmente na França, São Mário, abade.

(† c. 550)


6. Em Roma, junto de São Pedro, o sepultamento de São Vitaliano, papa, que se empenhou com especial zelo na salvação dos Anglos.

(† 672)


7*. Em Tonerre, na Borgonha, atualmente na França, o passamento de São Teodorico, bispo de Orleães, que morreu quando se dirigia em peregrinação às basílicas dos Apóstolos.

(† 1022)


8*. Em Chartres, também na França, o passamento de São Gilduíno, diácono de Dol, na Bretanha Menor, que, eleito bispo ainda jovem, alcançou do papa Gregório VII dispensa desta função por se julgar indigno de tal honra, e no regresso de Roma, acometido de altas febres, terminou nesta região de Chartres a sua peregrinação terrena.

(† 1077)


9*. Em Thérouanne, na região de Nord-Pas-de-Calais, também na França, o beato João, bispo, que, sendo cónego regular, ocupou a sede episcopal de Maurienne, na qual, durante mais de trinta anos, se opôs aos simoníacos e fundou oito mosteiros de cónegos e de monges.

(† 1130)


10*. Em Riva San Vitale, perto de Como, na Lombardia, região da Itália, o beato Manfredo Séttala, presbítero e eremita.

(† 1217)


11*. Em Angers, na França, a beata Rosália du Verdier de la Sorinière, virgem no mosteiro do Calvário da mesma cidade e mártir, que, durante a Revolução Francesa, foi decapitada em ódio à religião cristã.

(† 1794)


12♦. Em Pirmasens, na Renânia, região da Alemanha, o Beato Paulo José Nardíni, presbítero da diocese de Speyer, fundador da Congregação das Irmãs Fransciscanas da Sagrada Família.

(† 1862)


13*. Perto de Mengo, no Uganda, a paixão de São João Maria, chamado Muzei ou Ancião por causa da sua maturidade espiritual, que, sendo fâmulo do rei, quando professou a fé cristã não quis fugir à perseguição, mas espontaneamente declarou a sua fé em Cristo diante de Mwenga, primeiro ministro do rei, e por isso morreu degolado, como última vítima desta perseguição.

(† 1887)


14. Em Gilet, localidade da província de Valência, na Espanha, Santo Henrique de Ossó y Cervelló, presbítero, que, para promover a educação das jovens, fundou a Companhia de Santa Teresa; mas obrigado a deixar esta instituição, passou os restantes anos da sua vida num convento dos Frades Menores.

(† 1896)


15*. Em Kaunas, na Lituânia, o beato Jorge Matulaitis, bispo de Vilna e depois Visitador Apostólico na Lituânia, que fundou a Congregação dos Clérigos Marianos e a Congregação das Irmãs Pobres da Imaculada Virgem Maria.

(† 1927)



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