Santa Maria Bertilla Boscardin
Camponesa, empregada doméstica e religiosa, dedicou sua vida ao cuidado dos doentes. Vítima de um câncer, é também invocada como protetora contra o câncer.
Origens
Seu nome de batismo era Anna Francesca Boscardin. Nasceu na periferia de Brendola, Itália, no dia 6 de outubro de 1888. Filha de pobres camponeses, passou sua infância e adolescência trabalhando nas lavouras, ajudando seus pais. Além disso, trabalhava também como empregada doméstica para ajudar a família. Filha de família católica, desde pequena desenvolveu um grande amor por Nossa Senhora. Sempre que podia, dedicava-se à oração.
Vida religiosa
Ainda adolescente, sentiu-se chamada para a vida religiosa. Por isso, ao completar 16 anos, ingressou na Congregação das Mestras de Santa Dorothea, Filhas do Sagrado Coração, na capital de sua região, cidade chamada Vicenza. Trabalhou por um bom período como cozinheira do convento, ao mesmo tempo em que estudava enfermagem. Assim, viveu uma vida simples, dedicada à oração e ao trabalho. Quando fez seus votos religiosos, assumiu o nome de Irmã Maria Bertilla.
Enfermeira
Terminada sua formação, foi enviada para trabalhar como enfermeira no hospital de Treviso, Itália. Ali, descobriu sua vocação e realizou-se como pessoa dedicando-se a cuidar dos doentes. Cuidou, especialmente, de crianças e de vítimas da primeira guerra mundial, que afetou profundamente a Itália. Cuidando de seus amados doentes, nunca deixava de levar a mensagem de Jesus Cristo.
Frutos da missão
No hospital, logo ficou conhecida como um exemplo de amor cristão, conquistando a simpatia de todos. Sempre tinha uma palavra de conforto e esperança para aqueles que sofriam em seu leito de dor. Sua caridade no trato com os doentes levou muitos à conversão.
Câncer
No ano de 1910, quando tinha apenas 22 anos, foi diagnosticada com um câncer. Submetida a uma cirurgia, passou um bom tempo de se recuperando. A partir desse momento, viveu em sua própria pele os sofrimentos de uma enfermidade e compreendeu mais ainda os enfermos. Por isso, tão logo melhorou, voltou a cuidar de “seus” doentes, dedicando-se a eles com todo amor possível. Assim, trabalhou em Treviso e no hospital de Viggiú. Sua caridade conseguia cada vez mais conversões. Amparava os desenganados e ajudava-os a morrer, proporcionando-lhes a assistência espiritual de um padre. Assim, muitos faleceram em paz, reconciliados com Deus, sob seus cuidados. O hospital era seu grande campo de missão.
Morte
Dedicando-se aos doentes, ela descobriu-se novamente doente. Metástases originárias do câncer anterior apareceram em seu corpo depois de algum tempo. Por causa disso, teve que suportar inúmeros sof