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  • Sérgio Fadul - Arautos do Evangelho

Santa Francisca Romana


Jovem fiel, esposa, mãe de seis filhos, viúva, religiosa e caridosa


Origens


Seu nome de batismo era Francisca Bussa de Buxis de Leoni. Nascida em 1384 numa família nobre e cristã de Roma, desde jovem manifestou-se chamada para uma vida de oração, recolhimento e penitência. Seu desejo era tornar-se freira. Por isso, buscava, cada vez mais, instruir-se na fé e na prática das virtudes cristãs. Desde adolescente, Francisca era vista como um anjo de doçura e delicadeza para com todos.


Casamento


O pai de Francisca, porém, tinha prometido a filha em casamento ao também nobre Lourenço Ponciano. Assim, em obediência ao pai, ela se casou. Felizmente, Lourenço era cristão e procurava viver a fé. Por isso, tiveram um casamento feliz, apesar dos sofrimentos que a vida impôs ao casal. O casal teve seis filhos e viveram a fidelidade, o amor e a paternidade responsável e evangelizadora. Além disso, sempre que possível, praticavam a caridade para com os necessitados. Se Lourenço não podia dedicar-se a essas obras, autorizava Francisca. E a obra se expandiu de tal maneira que a casa rica dos dois foi se transformando num asilo-albergue-hospital para os necessitados.


Sofrimento e amor


Santa Francisca de Roma teve seis filhos com Lourenço. Na época, Roma estava dividida em facções a favor e contra o Papa, e que guerreavam entre si. Era uma verdadeira situação de guerra civil. Além disso, a cidade foi assolada por epidemias, fomes, revoluções. Nestas situações, Santa Francisca assistiu a morte de três de seus filhos. Mais tarde, outro filho foi feito refém, seu marido foi ferido na guerra e, depois, feito prisioneiro. Ainda assim ela prosseguiu com sua obra de caridade. Vendeu quase tudo o que possuía para mantê-la funcionando. Foi nessa época que o povo, agradecido, deu a ela título de “Mãe de Roma”.


Dinamismo para o amor


Santa Francisca de Roma frequentava a abadia de Santa Maria Nova, dos monges Beneditinos. Lá, em contato com as ricas matronas de Roma, convenceu um bom número delas a se unirem para prestar um serviço social aos pobres, doentes e necessitados. Ela fundou uma espécie de “instituto das mães de Roma”. Tratava-se de um organismo sem votos, sem regras, sem hábito, formado por mães romanas. Elas viviam seu cotidiano de mães e esposas, mas procuravam tempo para a oração e para a prática da caridade efetiva para com os necessitados acolhidos na casa de Santa Francisca e em outras paróquias de Roma.


Reconciliação


Terminada a guerra, Lourenço, o marido de Francisca voltou para a casa e teve grande parte de seus bens restituídos. Ele apoiava Santa Francisca na caridade e também participava. A santa esposa conseguiu, com muita oração e conselhos, que seu marido se reconciliasse com inimigos surgidos nas guerras de Roma. E ela conseguiu seu intento. Antes de falecer, seu marido tinha se reconciliado com todos os antigos inimigos e estava em paz.


Nasce uma Ordem nova


Após a morte de seu marido Lourenço, Santa Francisca intensificou seu trabalho junto aos pobres. A essa altura, cinco de seus filhos e filhas tinham falecido. Quando o último filho sobrevivente se casou, ela entregou o governo da casa à sua nora. Esta nora convertera-se à fé cristã por causa de Santa Francisca. Em seguida, santa Francisca e suas companheiras viúvas de Roma, fundaram a Ordem das Irmãs Oblatas Olivetanas de Santa Maria Nova. Em 1433 dez oblatas da nova Ordem receberam o hábito religioso e começaram a viver em comunidade. Daí a poucos meses, o Papa Eugênio IV instituiu a congregação dando-lhe o nome de Congregação das Oblatas da Santíssima Virgem. Mais tarde, após a morte de Santa Francisca, este nome foi mudado para Congregação das Oblatas de Santa Francisca Romana. A congregação continuou bravamente a obra começada por Santa Francisca.


Humildade


Santa Francisca Romana fez questão de ingressar na Congregação que fundara como qualquer outra, sendo uma simples postulante. Em pouco tempo, porém, foi eleita a superiora e exerceu seu ministério com humildade e santidade, procurando sempre descobrir e cumprir a vontade de Deus para a Obra.


Dons sobrenaturais


Santa Francisca Romana teve vários dons sobrenaturais e carismas, que serviram para a edificação da congregação e da Igreja em geral. Ela tinha visões de seu Anjo da Guarda, do combate entre as forças satânicas e as forças celestiais, profecias, êxtases, colóquios com Jesus Cristo e Nossa Senhora. Teve também visões dos sofrimentos do inferno, do purgatório e da felicidade profunda do céu, deixando claro que o maior sofrimento na terra, não tem comparação com a felicidade do céu. Por isso, suportava tudo com amor, paciência e perseverança.


Falecimento


Santa Francisca Romana viveu apenas três anos no convento. Sua última semana de vida foi de muito sofrimento, mas ela permaneceu firme, sabendo que sua hora estava chegando. Assim, conseguiu dar suas últimas orientações às irmãs. Ela faleceu em 09 de março de 1440, aos 56 anos de idade. Seus funerais precisaram ser estendidos por três dias para que toda a cidade de Roma pudesse se despedir dela. Ela foi canonizada em 1608 e recebeu o título de Santa Mística da igreja.


Oração a Santa Francisca Romana


“Ó Deus, que destes a Santa Francisca Romana a graça de viver o sacramento do matrimônio, a maternidade e a vida religiosa com toda fidelidade e perseverança, dai também a nós a graça de vivermos bem nosso estado de vida (casados, solteiros ou consagrados). Que nossa vida seja abençoada pela intercessão de Santa Francisca Romana e que suas visões do céu nos ajudem a desejar e a procurar de todo o coração pátria celestial. Amém."


Santa Francisca Romana, rogai por nós.



MARTIROLÓGIO ROMANO

09/03


1. Santa Francisca Romana, religiosa, que, dada em casamento ainda adolescente, viveu em matrimónio durante quarenta anos como esposa e mãe exemplar, admirável pela sua piedade, humildade e paciência. Nos tempos calamitosos que sobrevieram, distribuiu os seus bens pelos pobres, socorreu os enfermos e, após a morte do esposo, retirou-se para viver com as Oblatas que congregara sob a Regra de São Bento em Roma.

(† 1440)


2. Em Sebaste, na antiga Arménia, hoje Sivas, na Turquia, a paixão dos santos quarenta soldados da Capadócia, que, unidos não pelo sangue mas pela fé e obediência à vontade do Pai celeste, no tempo do imperador Licínio, depois de sofrerem os cárceres e outros cruéis tormentos, foram expostos nus ao ar livre durante um inverno extremamente frio e obrigados a passar a noite num lago gelado; finalmente, foram-lhes quebradas as pernas e assim consumaram o seu glorioso martírio.

(† 320)


3. Em Barcelona, na Hispânia Tarraconense, São Paciano, bispo, que, na pregação da fé, afirmava: «Cristão é o meu nome e católico o meu apelido».

(† c. 390)


4. No território de Rapolla, na Lucânia, atualmente na Basilicata, região da Itália, São Vital de Castronuovo, monge.

(† 993)


5. Na Morávia Oriental, hoje na Alemanha, São Bruno, bispo de Querfurt e mártir, que, enquanto acompanhava na Itália o imperador Otão III, fascinado pelo carisma de São Romualdo, abraçou a vida monástica e recebeu o nome de Bonifácio. Depois, regressando à Alemanha e ordenado bispo pelo papa João X, no decurso de uma missão apostólica foi assassinado por idólatras com dezoito companheiros.

(† 1009)


6. Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, Santa Catarina, virgem da Ordem de Santa Clara, que, sendo ilustre nas artes liberais, mas ainda mais ilustre pelos dons místicos e pelas virtudes da penitência e da humildade, foi mestra das virgens consagradas.

(† 1463)


7. Em Mondónio, no Piemonte, região da Itália, São Domingos Sávio, que, dotado de ânimo afável e jovial já desde a infância, ainda adolescente percorreu velozmente o caminho da perfeição cristã.

(† 1857)


8. Em Nei-Ko-Ri, na Coreia, os santos mártires Pedro Ch’oe Hyong e João Baptista Chon Chang-un, pais de família, que, por terem administrado o Baptismo e editado livros cristãos, foram condenados a vários suplícios e permaneceram de tal modo constantes na fé que causaram admiração aos seus perseguidores.

(† 1866)

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