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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

Santa Cristiana (Nina) da Geórgia


Origens


Santa Cristiana, também conhecida como Santa Nina, nasceu no Século IV, na Capadócia, hoje Turquia. Foi capturada pelos bárbaros que invadiram o extremo Oriente do império romano. Foi levada para as terras pagãs da atual Geórgia, entre os mares Negro e Cáspio e lá viveu. Seu nome original era Nuné, ou Nina, e ela passou a ser uma jovem escrava do palácio real.


De Nuné para Cristiana


Mesmo na condição de escrava, Nuné demonstrava fé em Jesus Cristo pela alegria e esperança com que enfrentava as inúmeras dificuldades e os grandes sofrimentos. Este exemplo de vida despertava o interesse dos pagãos que faziam parte de seu convívio. Assim, ela tinha a oportunidade de ministrar a eles a alegria da fé e a Palavra de Deus. Por isso, ela passou a ser chamada de “Cristiana”, que significa “a serva cristã”.


Curas por sua intercessão


A tradição católica da Rússia conta que, certa vez, Cristiana foi procurada por uma senhora cujo filho estava à beira da morte. Esta insistia que a Santa pedisse a Deus pelo filho. Cristiana, então, foi à casa da mulher, ajoelhou-se ao lado da cama onde estava o menino e pediu por ele com grande fé. Logo o menino abriu os olhos, deu um sorriso e ficou em pé, curado, diante de todos os que ali estavam. O fato espalhou-se por toda a região e todos quiseram conhecer a religião de Cristiana. Isso foi para ela ocasião de evangelizar e converter os pagãos. Outras curas aconteceram e ela pôde evangelizar ainda mais o povo da região mesmo na condição de escrava.


Rezando pela rainha


Aconteceu que a rainha local, chamada Nana, caiu gravemente enferma de tal forma que nenhum médico conseguia curá-la. Foi, então, que alguém lembrou de pedir ajuda à escrava Cristiana. Falaram dos milagres operador por sua intercessão à rainha, e esta mandou chamá-la. Cristiana, a humilde escrava, dirigiu-se ao palácio real. Levou consigo apenas a fé e a confiança inabalável no poder de Deus. Rezou pela rainha esta ficou curada. Todos na corte ficaram impressionados e despertaram o interesse pela fé cristã.


O rei se encontra com a fé


O rei Mirian, que tinha presenciado a cura de sua esposa, saiu com um grupo de amigos para uma caçada. Porém, acabaram presos na mata por causa de uma terrível tempestade. A situação ficou bastante grave, com raios derrubando e incendiando árvores, pedras rolando e ferindo pessoas. Apavorados, todos clamaram a seus deuses, mas a tempestade só se agravava. Então, o rei lembrou-se da cura da rainha e rezou ao Deus de Cristiana. Nesse momento, uma luz foi vista vindo do céu, a tempestade simplesmente cessou e todos voltaram em segurança para o palácio. Este fato fez o rei sentir a fé arder em seu coração.


O rei se converte


No palácio o rei procurou Cristiana, a escrava, pediu que ela falasse tudo o que pudesse sobre a fé cristã. Ao ouvi-la, foi sendo evangelizado e se convertendo. Concedeu a liberdade a Santa Cristiana e pediu que ela permanecesse na corte, como orientadora espiritual. Seguindo as orientações de Santa Cristiana, o rei pediu ao imperador Constantino que enviasse um bispo para aquela região. Enquanto isso, mandou que fosse construída a primeira igreja em seu reino, seguindo à risca uma planta desenhada sob total orientação de Santa Cristina.


Evangelização da Geórgia


Finalmente, chegou o primeiro e tão esperado bispo da Geórgia. Ele chegou acompanhado de vários padres missionários. Estes, encontraram um povo de coração aberto por causa da obra de Santa Cristiana. Assim, a nação inteira, começando pelo rei e a rinha, foi batizada e abraçou a fé.


Missão cumprida


Com as orientações do bispo, o rei Mirian construiu Mosteiro Samtavro, que ficou anexo à primeira igreja construída. Ali, mais tarde, o casal real foi sepultado. Nesse mesmo mosteiro Santa Cristiana foi viver até o dia de sua morte, que aconteceu no ano 330.


Ela passou a ser venerada pelos cristãos como a santa padroeira da Geórgia. Seus restos mortais passaram a ser guardadas na bela Catedral da Metiskreta, a velha capital do país.


Sua festa passou a ser celebrada em dias diferentes: no Oriente, é festejada em 14 de janeiro. Já na Igreja de Roma sua festa acontece em 15 de dezembro.


Oração a Santa Cristiana


Deus de amor, guia-nos pelos caminhos da fé e concedei-nos, pela intercessão de Santa Cristiana, as virtudes necessárias para o cuidado com os mais necessitados, sobretudo os enfermos e enfraquecidos.

Por Cristo nosso Senhor. Amém.


Santa Cristiana, rogai por nós.



MARTIROLÓGIO ROMANO

15/12


1. Comemoração de São Valeriano, bispo de Avensa, na África setentrional, que, já com mais de oitenta anos de idade, na perseguição dos Vândalos foi intimado pelo rei ariano Genserico a entregar os utensílios da Igreja e, como ele recusou firmemente, foi expulso sozinho da cidade, com a ordem de que ninguém lhe desse acolhimento em sua casa ou herdade; e assim viveu muito tempo a céu aberto na via pública, terminando o curso da sua vida santa como confessor da verdadeira fé.

(† d. 460)


2. No território de Orleães, na Gália Lionense, atualmente na França, São Maximino, presbítero, considerado o primeiro abade de Micy.

(† s. VI)


3*. No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, região da Itália, o Beato Marino, abade, admirável pela sua fidelidade ao Romano Pontífice.

(† 1170)


4*. Em Génova, na Ligúria, também região da Itália, a Beata Maria Vitória Fornári, que, tendo ficado viúva, fundou a Ordem da Anunciação.

(† 1617)

5. Também em Génova, Santa Virgínia Centurione Bracélli, viúva, que, dedicando-se ao serviço do Senhor, socorreu de muitos modos os pobres, ajudou as igrejas rurais e fundou e dirigiu as Damas da Misericórdia, Protetoras dos Pobres.

(† 1651)


6. Em Bréscia, na Lombardia, também região da Itália, Santa Maria Crucificada (Paula Francisca Di Rosa), virgem, que despendeu todas as suas riquezas e se entregou a si mesma pela salvação espiritual e material do próximo e fundou o Instituto das Escravas da Caridade.

(† 1855 )


7*. Em Verona, na região do Véneto, na Itália, o Beato Carlos Steeb, presbítero, que, nascido em Tubinga, abraçou a fé católica em Verona e, ordenado presbítero, fundou o Instituto das Irmãs da Misericórdia, para auxílio dos atribulados, dos pobres e dos enfermos.

(† 1856)


8♦. Em Madrid, na Espanha, os beatos Paulo Garcia Sánchez e Raimundo Eirin Mayo, religiosos da Sociedade Salesiana e mártires, que, durante a guerra civil, foram mortos em ódio à religião cristã.

(† 1936)

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