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  • Sérgio Fadul - Enciclopédia Católica

São Venceslau da Boêmia


Origens


Wenceslau nasceu em 907 na Boêmia, hoje República Checa. Era filho do Rei Wratislau, da Boêmia. Nasceu num lar dividido. Seu pai, o rei, era um homem de caráter e sábio. Sua mãe, chamada Draomira, já era uma mulher sem escrúpulos e queria ser a governante com plenos poderes. Wenceslau tinha um irmão chamado Boleslau. Este, herdou a maldade da mãe.


Educação cristã


Wenceslau herdou a fé e a bondade do pai. Além disso, foi criado por sua avó paterna chamada Ludmila. Esta avó era profundamente cristã e soube educar o neto no conhecimento de Deus e nas virtudes cristãs. Por isso, Wenceslau se tornou um homem reto com formação e caráter cristãos. Isso foi decisivo para o rumo que sua vida tomou.


Mãe anticristã


Antes de falecer, o rei Wratislau, sabendo da retidão de Wenceslau, transferiu para ele a herança do trono. Isto enfureceu a rainha Draomira, que almejava o poder. Ou, então, que o poder passasse para seu filho Boleslau, sem escrúpulos como ela. Como nada do que ela queria aconteceu, ela tomou o poder e começou a perseguir violentamente os cristãos com seus poderes de rainha. Seu primeiro ato foi fazer com que o cristianismo não fosse mais a religião oficial do reino.


Wenceslau assume


Os representantes provinciais do reino, porém, fizeram valer a vontade do rei. Eles depuseram a rainha Ludmila e elevaram Wenceslau ao trono. Seu primeiro ato como rei foi restabelecer o cristianismo como religião oficial do reino, alegrando o coração da avó Ludmila. Quando a rainha Draomira soube disso, ficou enlouquecida e tramou a morte da sogra. Contratou assassinos que a mataram estrangulada enquanto rezava. Depois disso, ela começou a tramar a morte de seu filho, o agora rei Wenceslau.


Wenceslau e o reinado cristão


Como rei, São Wenceslau se destacou pela bondade e pelas virtudes cristãs. Em pouco tempo o povo passou a vê-lo como verdadeiro líder e um exemplo de vida. Ele pessoalmente se dedicava ao cuidado dos pobres, doentes e necessitados, levando a eles não só ajuda material, como também palavra de fé e esperança. Sua fama cresceu mais ainda quando, para evitar uma guerra e grande mortandade, ele propôs duelar pessoalmente com um duque chamado Radislau, opositor ferrenho de seu governo cristão.


Duelo


Os dois marcaram dia e hora e compareceram no campo de duelo. Radislau era um guerreiro mais experiente e atacou com sua lança. Os relatos narram que o duque iria ferir São Wenceslau de morte, dois anjos apareceram e ordenaram que ele parasse o ataque. O momento foi tão forte que o duque caiu do cavalo. Ao se levantar, já era um homem transformado. Naquele mesmo instante, pediu que o rei o perdoasse e jurou ser fiel a ele. São Wenceslau perdoou e o reino entrou numa era de paz. O povo passou a amar mais ainda ao rei Wenceslau.


Vingança da mãe e do irmão


Inconformados com o carisma e o sucesso de Wenceslau, Draomira e Boleslau planejaram mata-lo. Quando chegou o dia 28 de setembro de 929, ocorreu o batizado de um filho de Wenceslau. Num dado momento, quanto todos festejavam, o rei São Wenceslau foi à capela para rezar e agradecer. Foi, então, que Draomira avisou a Boleslau que a hora tinha chegado. Boleslau dirigiu-se à capela e matou o irmão a punhaladas no altar da capela. Foi uma tragédia que consternou todo o reino e países vizinhos.


Castigo


A rainha Draomira, porém, não teve tempo de aproveitar o trono roubado do filho, pois, dali a poucos dias, o trágico acidente tirou sua vida. E o irmão Boleslau não teve melhor sorte. Ele foi julgado e condenado por um imperador chamado Oton I.


Culto


O Corpo de São Wenceslau foi enterrado na Igreja de São Vito, na cidade de Praga. Desde tnão, o povo passou a venerá-lo como santo. Tanto que a Boêmia, a Polônia e a Hungria o adotaram como padroeiro. No Século XVIII aconteceu sua canonização e o dia 28 de setembro, dia de sua morte, ficou marcado como o dia de sua festa.


Oração a São Wenceslau


“Ó Deus, que destes a São Wenceslau a graça de seguir e viver vossa doutrina mesmo ocupando a posição de rei, dai a todos os que desempenham função de governo e liderança a mesma graça, para que o vosso povo possa viver em paz, praticando as virtudes cristãs e vivendo já neste mundo, a justiça do Reino dos Céus. Por nosso Senhor Jesus cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém.


São Wenceslau, rogai opor nós.”


MARTIROLÓGIO ROMANO

28/09


1. São Venceslau, mártir, duque da Boémia, que, educado pela sua avó Santa Ludmila na sabedoria humana e divina, foi rigoroso consigo, mas pacífico na administração do reino e misericordioso para com os pobres; redimiu um grupo inumerável de escravos pagãos que estavam à venda em Praga, para que fossem batizados; e depois de enfrentar muitas dificuldades em governar os seus súbditos e formá-los na fé, foi atraiçoado por seu irmão Boleslau e assassinado por alguns sicários na igreja de Stara Boleslav, na Boémia, na atual Chéquia.

(† 929/935)


2. Santos Lourenço Ruiz (de Manila) e quinze companheiros[1], mártires – presbíteros, religiosos e leigos – que, depois de terem espalhado a semente da fé cristã nas Filipinas, na Formosa e no Japão, por decreto do supremo chefe Tokugawa Yemitsu, em dias diversos consumaram em Nagasáki o seu martírio por amor a Cristo, mas são celebrados na mesma comemoração.

[1] São estes os seus nomes: Domingos Ibáñez de Erquicia, Tiago Kyuhei Gorobioye Tomonaga, António González, Miguel de Aozaraza, Guilherme Courtet, Vicente Shiwozuka, Lucas Alfonso Gorda, Jordão (Jacinto) Ansalone y Tomás Hioji Rokuzayemon Nishi, presbíteros da Ordem dos Pregadores; Francisco Shoyemon, Miguel Kurobioye e Mateus Kohioye, religiosos da mesma Ordem; Madalena de Nagasáki, virgem da Ordem Terceira de Santo Agostinho; Marina de Omura, virgem da Ordem Terceira dos Pregadores; Lázaro de Kyoto, leigo.

(† 1633-1637)


3. Em Calidone, na Pisídia, na hodierna Turquia, os santos Alfeu, Alexandre e Zósimo, mártires.

(† s. IV)


4. Na laura de Souka, perto de Belém, na Palestina, São Caritão, abade, assíduo na oração e nos jejuns e fundador de muitas lauras no deserto da Judeia.

(† c. 350)


5. Em Bolonha, na Emília-Romanha, atual região da Itália, São Zama, considerado o primeiro bispo desta cidade.

(† c. s. IV)


6. Em Toulouse, na Aquitânia, atualmente na França, Santo Exupério, bispo, que dedicou uma basílica em honra de São Saturnino, defendeu acerrimamente a sua cidade ante a invasão dos bárbaros e, como refere São Jerónimo, foi tão rigoroso consigo mesmo como benevolente para com os outros.

(† d. 411)


7. Em Belém da Judeia, a comemoração de Santa Eustóquio, virgem, que, com sua mãe Santa Paula, partiu de Roma para ir viver junto do presépio do Senhor e não ficar privada dos conselhos do seu mestre São Jerónimo, e ali, enriquecida com insignes méritos, foi ao encontro do Senhor.

(† c. 419)


8. Em Genebra, no território dos Helvécios, na atual Suíça, São Salónio, bispo, que tinha sido monge na ilha de Lérins e, durante o seu episcopado, confirmou a doutrina de São Leão Magno e explicou em sentido místico a Sagrada Escritura.

(† d. 450)


9. Em Riez, na Provença, região da Gália, na atual França, São Fausto, bispo, anteriormente abade do mosteiro de Lérins, que foi mandado para o exílio pelo rei Eurico, por ter escrito, contra o arianismo, sobre o Verbo Encarnado e o Espírito Santo consubstancial ao Pai e eterno com o Filho.

(† d. 485)


10*. Em Lião, na Gália, também na atual França, Santo Anemundo, bispo e mártir.

(† c. 658)


11*. Em Salzburgo, na Baviera, na hodierna Áustria, os santos Cunialdo e Gisilário, presbíteros, colaboradores do bispo São Ruperto.

(† s. VIII)


12. Perto de Mogúncia, na Renânia da Austrásia, atualmente na Alemanha, Santa Léoba, virgem, que, chamada da Inglaterra para a Germânia por São Bonifácio, seu parente, foi nomeada abadessa do mosteiro de Tauberbischoffsheim, onde conduziu as servas de Deus pelo caminho da perfeição com a palavra e o exemplo.

(† c. 782)


13*. Em Pavia, na Lombardia, região da Itália, o Beato Bernardino de Feltre (Martinho Tomitano), presbítero da Ordem dos Menores, que obteve em toda a parte bons frutos no ministério da sua pregação, combateu a usura fundando o chamado Monte de Piedade e, como homem de paz, foi chamado pelo papa Sixto IV para conciliar discórdias civis.

(†1494)


14. Em Madrid, na Espanha, São Simão de Rojas, presbítero da Ordem da Santíssima Trindade para a Redenção dos Cativos, que, adjudicado à corte da rainha da Espanha, nunca aceitou cargo nem retribuição, mas entre os fastos régios sempre permaneceu humilde, pobre, misericordioso para com os necessitados e fervorosamente devoto para com Deus.

(†1624)


15*. Em Nagasáki, no Japão, os beatos João Shozaburo, catequista, Mâncio Ichizayemon, Miguel Taiemon Kinoshi, Lourenço Hachizo, Pedro Terai Kuhioye e Tomás Terai Kahioye, mártires, degolados por causa da sua fé em Cristo.

(†1630)


16*. Em San Feliú de Codines, localidade da Catalunha, na Espanha, o Beato Francisco Xavier Ponsa Casallarch, religioso da Ordem de São João de Deus e mártir, que, na cruel perseguição religiosa, alcançou a palma do martírio por Cristo e pela Igreja.

(†1936)


17*. Em Benillup, povoação da província de Alicante, também na Espanha, a Beata Amália Abad Casasempere, mártir, mãe de família, que, em tempo de perseguição contra a fé cristã, recebeu a coroa de glória por dar testemunho de Cristo.

(†1936)


18*. Em Valência, também na Espanha, o Beato José Tarrats Comaposada, religioso da Companhia de Jesus e mártir, que, durante a mesma perseguição religiosa, foi ao encontro de Cristo na glória celeste.

(†1936)


19♦. Em Moiá, perto de Barcelona, também na Espanha, os beatos mártires Joaquim de São José (José Casas Juliá), religioso da Ordem dos Carmelitas Descalços, e José Casas Rós, seminarista de Barcelona, que na mesma perseguição e no mesmo dia, receberam a coroa de glória.

(† 1936)


20*. Em Karadzar, cidade próxima de Karaganda, no Cazaquistão, o Beato Nicetas Budka, bispo, o primeiro a exercer o ministério episcopal no Canadá entre os fiéis católicos do Rito Bizantino, o qual, depois de ter regressado à sua pátria, na Ucrânia, em tempo de um regime hostil a Deus, foi deportado para um campo de concentração, onde suportou por amor de Cristo todas as adversidades e perseverou firmemente na fé até à morte.

(†1949)

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