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Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

São José Benedito Cottolengo


Fundador das Pequenas Casas da Divina Providência


Origens


José Benedito Cottolengo nasceu no dia 3 de maio de 1786, na cidade de Brá, que fica na província de Cuneo, ao norte da Itália. Foi o primogênito de uma família cristã fervorosa. Com apenas cinco anos sua mãe o viu medir os cômodos da casa com uma pequena vara. Perguntado sobre o porque daquilo, o menino respondeu que queria saber quantos doentes pobres poderiam ser abrigados ali. Numa palavra profética, vivia dizendo que quando crescesse, iria deixar sua casa repleta de doentes e necessitados. Dizia ainda que sua casa seria "seu hospital". Até hoje esta casa é conservada em Brá.


Vida religiosa


Aos dezessete anos, Cottolengo entrou para o seminário. Aos vinte e cinco recebeu a ordenação sacerdotal na diocese de Turim, Itália. Todo o seu ministério teve a marca da compaixão profunda e pelos mais desprotegidos. Porém, ele esperava o momento oportuno para realizar plenamente sua vocação.


É chegada a hora


Em 1837, o Padre José Benedito Cottolengo foi chamado para atender uma mulher grávida e ministrar a ela os sacramentos. A mulher sofria de uma de doença fatal. Estava prestes a morrer. Por isso, os hospitais não quiseram interna-la. A alegação foi a de que não tinham leitos disponíveis para doentes terminais e pobres. O Padre Cottolengo conseguiu somente ministrar a ela os sacramentos. Porém, depois que ela morreu, a misericórdia incomodou mais ainda seu coração. Ele confortou os familiares da mesma e, depois, retirou-se para rezar. Quando terminou a oração, estava mudado. Ordenou que tocassem os sinos da igreja e avisou a os fiéis que a hora de "ajudar a Providência Divina" tinha chegado.


A primeira casa


Padre José Benedito Cottolengo alugou uma casa. Ganhou camas e remédios e colocou tudo nela. Depois, começou a abrigar nessa casa os doentes pobres e marginalizados. Ele mesmo trabalhou ali como enfermeiro. Além disso, incansável, saia atrás de recursos para a manutenção da obra. Tudo isso ele fazia sem deixar suas funções de pároco. Era tão dedicado que celebrava uma missa às três da madrugada. Seu objetivo era que os camponeses fossem para o campo com a Palavra de Deus gravada nos corações.


Perseguição e fundação


Os políticos da cidade ficaram incomodados com a obra do Padre Cottolengo e não tardaram a persegui-lo. Tanto que conseguiram o fechamento da casa. O Padre, porém, não desistiu. Fundou uma Congregação religiosa, a qual chamou de Congregação da Pequena Casa da Divina Providência. Depois, fundou o ramo feminino com o nome de Damas da Caridade ou Cottolenguinas. Ambas as Congregações tinham como carisma servir aos pequeninos, aos deficientes e aos doentes desvalidos.


Caridade e confiança


Os recursos para as duas Congregações, segundo o Padre José Benedito, deveriam vir somente de doações e de ajuda de pessoas simples. Ele tinha um lema, que era: "caridade e confiança". Para ele, isto significava, na prática: “fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus.” Em seguida, adquiriu uma hospedaria que estava abandonada na periferia da cidade. Ajuntou recursos e conseguiu reabri-la. Deu á casa o nome de "Pequena Casa da Divina Providência". Esta primeira casa recebia todos os tipos de rejeitados: portadores de doenças mentais, contagiosas, físicas e aqueles em estado terminal.

O segredo da força


O Padre José Benedito e todos os seus seguidores, tanto leigos quanto religiosos, encontravam forças para prosseguirem nessa experiência humana e divina na oração, Diante do Santíssimo Sacramento. Era aí que eles buscavam toda a força para servir cada vez melhor aos doentes desamparados. Padre Cottolengo vivia dizendo: "Se soubésseis quem são os pobres, vós os serviríeis de joelhos no chão!".


Morte


São José Benedito Cottolengo faleceu de fadiga, consumido pelo amor, no dia 30 de abril de 1842. Tinha apenas cinquenta e seis anos. Sua obra, hoje, abriga cerca de vinte mil pessoas. Estas, são servidas por oitocentas irmãs religiosas e também voluntárias. A congregação hoje, encontra-se instalada nos cinco continentes. Sua obra continua como na primeira casa: não recebe ajuda do Estado nem de outra instituição. Apenas de pessoas simples. O padre José Benedito Cottolengo teve sua canonização celebrada pelo Papa Pio XI, no ano 1934. Sua celebração litúrgica acontece no dia em que ele entregou seu espírito a Deus.


Oração a São José Benedito Cottolengo


“Ó Senhor, pelos méritos de São José Benedito, coloco em Vossas mãos as minhas dificuldades materiais, emocionais e espirituais. Com confiança filial na Vossa Divina Providência, espero as graças que me são necessárias para que eu supere tudo o que me oprime. Amém!


São José Benedito Cottolengo, rogai por nós.”



MARTIROLÓGIO ROMANO

30/04


1. São Pio V, que, elevado da Ordem dos Pregadores à cátedra de Pedro, seguindo os decretos do Concílio de Trento, renovou com grande piedade e vigor apostólico o culto divino, restaurou a doutrina cristã e a disciplina eclesiástica e promoveu a propagação da fé. No dia 1 de Maio, em Roma, adormeceu no Senhor.

(† 1572)

2. Em Fermo, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santa Sofia, virgem e mártir.

(† data inc.)

3. Em Roma, no cemitério de Pretextato, junto à Via Ápia, São Quirino, mártir, que, sendo tribuno, coroou com o martírio o testemunho da sua fé.

(† c. s. III)

4. Em Saintes, na Aquitânia, hoje na França, Santo Eutrópio, primeiro bispo desta cidade, que, segundo a tradição, foi enviado para a Gália pelo Romano Pontífice.

(† s. III)


5. Em Afrodísia, na Cária, na hodierna Turquia, os santos Diodoro e Rodopiano, mártires, que, durante a perseguição do imperador Diocleciano, foram apedrejados até à morte pelos seus concidadãos.

(† s. IV)

6. Em Euria, no Epiro, hoje Paramythi, na Grécia, São Donato, bispo, que viveu com grande fama de santidade no tempo do imperador Teodósio.

(† s. IV)


7. Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Lourenço, presbítero e mártir, que construiu uma sagrada fonte onde batizava as crianças que lhe eram confiadas para a sua educação; mas num dia em que conduziu a Deus um numeroso grupo de crianças pelo baptismo, foi coroado com o martírio juntamente com os pequenos neófitos.

(† s. IV)


8. Em Forli, na Emília-Romanha, também região da Itália, São Mercurial, bispo, que, segundo a tradição, instituiu a sede episcopal nesta cidade.

(† s. IV)


9. Em Nápoles, na Campânia, igualmente região da Itália, São Pompónio, bispo, que construiu na cidade uma igreja dedicada ao Nome de Maria Mãe de Deus e, durante a ocupação militar dos Godos, defendeu da heresia ariana o povo que lhe estava confiado.

(† s. VI)

10*. Em Roma, o Beato Pedro Levita, que, tendo sido monge no monte Célio, por mandato do papa São Gregório Magno administrou com prudência o património da Igreja de Roma e, ordenado diácono, foi ministro fiel do Sumo Pontífice.

(† 605)


11*. Em Viviers-sur-Rhône, na Nêustria, na hodierna França, Santo Augulo, bispo, que, segundo a tradição, construiu o primeiro hospital na cidade e libertou muitos escravos.

(† s. VII)


12. Em Barking, na Inglaterra, o passamento de Santo Erconvaldo, bispo, que fundou dois mosteiros: um para homens, a que ele mesmo presidiu, e outro para mulheres, que foi dirigido por sua irmã, Santa Etelburges.

(† 693)


13. Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, os santos mártires Amador, presbítero, Pedro, monge, e Luís, que, durante a perseguição dos Mouros, por não deixarem de pregar publicamente o Evangelho de Cristo, foram cruelmente assassinados.

(† 855)


14*. Em Verona, no Véneto, região da Itália, São Gualfardo, fabricante de selas oriundo da Germânia, que, depois de passar muitos anos na solidão, foi recebido pelos monges de São Salvador nesta cidade.

(† 1127)


15*. Em Vernon-sur-Seine, na França, Santo Adjutor, que, feito prisioneiro em tempo de guerra, foi torturado por causa da sua fé e, regressando à sua pátria, retirou-se numa cela, onde se entregou à vida penitente.

(† c. 1131)


16*. Em Newcastle-on-Tyne, na Inglaterra, o Beato Guilherme Southerne, presbítero e mártir, que, terminados os estudos na Lituânia, Espanha e Douai, depois de ser ordenado presbítero partiu para a Inglaterra e, por isso, no reinado de Jaime I, foi condenado ao suplício da forca.

(† 1618)

17*. Em Fossombrone, nas Marcas, região da Itália, o Beato Bento de Urbino, presbítero da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, que foi companheiro de São Lourenço de Brindes na pregação frente aos hussitas e luteranos.

(† 1625)

18*. No Québec, província do Canadá, Santa Maria da Encarnação (Maria Guyart Martin), mãe de família, que, depois da morte do esposo, confiou o filho ainda pequeno aos cuidados da sua irmã e, professando a vida religiosa entre as Irmãs Ursulinas, fundou a casa destas Religiosas no Canadá e realizou obras admiráveis.

(† 1672)

19. Em Chiéri, perto de Aosta, no Piemonte, região da Itália, São José Benedito (Bento) Cottolengo, presbítero, que, pondo toda a confiança só no auxílio da divina Providência, abriu uma casa onde recebeu pobres e todo o género de enfermos e marginados.

(† 1842)


20. Em An Bai, localidade do Tonquim, hoje no Vietnam, São José Tuan, presbítero da Ordem dos Pregadores e mártir, que, denunciado por ter administrado os sacramentos à sua mãe enferma, foi condenado à morte no tempo do imperador Tu Duc.

(† 1861)

21*. Em Paderborn, na Alemanha, a Beata Paulina von Mallinckrodt, virgem, fundadora das Irmãs da Caridade Cristã, para instruir crianças pobres e cegas e prestar auxílio aos enfermos e aos necessitados.

(† 1881)






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