São João Bosco
Dom Bosco, também chamado de São João Bosco, foi aclamado pelo Papa João Paulo II como o Pai e Mestre da Juventude, nasceu em 16 de agosto de 1815 em uma comuna italiana chamada Colle dos Becchi, na região de Piemonte, Itália, perto da cidade de Castelnuovo de Asti. Hoje a cidade se chama Castelnuovo Dom Bosco em homenagem a ele e contam com apenas 3.036 habitantes.
Dom Bosco foi padre, educador e criador do sistema preventivo em educação. Dedicou toda sua vida a educação e a religião, além de se empenhar no desenvolvimento da imprensa católica.
Morreu no ano de 1888, na cidade de Turim, Itália, com 72 anos. A beatificação de João Bosco, aconteceu em 1929, pelo então Papa Pio XI.
A infância difícil de Dom Bosco
Filho de camponeses pobres e analfabetos, o pequeno João Bosco ficou órfão de pai aos dois anos de idade. Por isso, sua infância e juventude transcorreram em meio a grandes dificuldades, tanto financeiras quanto familiares. Uma grande marca de sua personalidade era a persistência na busca dos objetivos. Quando menino, era muito determinado nos estudos, mas sem ter meios para tanto, chegou a mendigar para continuar estudando. João Bosco trabalhou como sapateiro, ferreiro, carpinteiro, alfaiate e, quando conseguia um tempo livre, estudava música, uma de suas grandes aptidões.
A influência da mãe
Sua mãe era analfabeta, mas cheia de fé e sabedoria. Era ela a principal fonte de incentivo de Dom Bosco, ela o ajudou a crescer no amor de Deus e na ética cristã. Isto o auxiliou em todos os momentos e fez com que não desistisse, mesmo diante de tantas dificuldades.
Dom Bosco, apóstolo desde pequeno
Desde menino, João Bosco se sentia chamado a falar de Deus a seus amigos, pois ele enxergava a realidade à sua volta: muitas crianças vindas do campo, na maioria órfãs como ele, em busca de emprego, mas que acabavam na rua passando fome, convivendo com o crime ou explorados por aqueles que buscavam mão-de-obra barata. Quando podia, João Bosco atraía um grupo de meninos e apresentando-lhes uma performance de teatro, de mágica ou de música e, logo depois, dava uma mensagem de fé, de amor, de catequese.
Entende-se que tal vocação tenha surgido de um sonho, onde Dom Bosco estava brigando com outros meninos e um homem, alguns acreditam ser Jesus Cristo, se aproximou e disse para educar, não com pancadas, mas com carinho.
Com sua missão em mente o menino manifestou sua vocação sacerdotal. João Bosco dizia: Quando crescer quero ser padre para cuidar dos meninos. Todo menino é bom; se há meninos maus é porque não há quem cuide deles.
Padre Dom Bosco a serviço dos meninos de rua
Em 1835, com 20 anos, entrou para o seminário. Tornou-se padre seis anos depois, em 5 de junho de 1841, quando passou a ser chamado de Dom Bosco. Logo começou seu trabalho com meninos de rua, evangelizando-os e ensinando a eles uma profissão.
O trabalho frutificou e em 1846, Dom Bosco pensava em organizar uma associação religiosa, contudo, a disputa pela separação entre Estado e Igreja na Itália não permitia uma ordem em moldes religiosos. A solução veio com a ideia de se criar uma organização de cidadãos que se dedicavam às atividades educativas, tudo em moldes civis que serviriam como uma associação de cidadãos aos olhos do Estado e como uma associação de religiosos perante a Igreja.
Dom Bosco então conseguiu um terreno no bairro de Valdocco, em Turim. Mudou-se para lá e fundou a obra que mudaria a vida de muitos meninos, oferecendo a eles moradia, segurança, diversão, catequese e profissionalização. Chamou este local de Oratório São Francisco de Sales. Assim começou a maravilhosa obra dos oratórios festivos de Dom Bosco.
A grande obra dos Salesianos
Vendo os frutos desse trabalho, muitos colaboradores se juntaram a ele para trabalhar na missão de evangelizar e dar um futuro a adolescentes e jovens desamparados. Em 1855 Dom Bosco deu o nome de Salesianos a seus colaboradores. Os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em 1859 fundou a Congregação Salesiana, com a missão de cuidar dos meninos. O nome Salesiano foi uma homenagem a São Francisco de Sales, o santo da delicadeza no trato com as pessoas.
Salesianas para cuidar das meninas
Maria Mazzarello, juntamente com sua amiga Petronilla, fundou uma oficina de costura para meninas. O projeto deu certo e logo em 1863 a organização passou a acolher meninas órfãs. Vendo o trabalho de Maria, Dom Bosco fundou em 1972 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que teriam a missão de cuidar das meninas. Maria Domingas Mazzarello, mais tarde, foi canonizada e passou a ser chamada de Santa Maria Domingas Mazzarello. Sua obra, em conjunto com o Oratório São Francisco de Sales, socorreu milhares de crianças meninas carentes e proporcionaram formas de educação e aprendizado profissional.
A obra de Dom Bosco se espalha pelo mundo
A obra de Dom Bosco não se conteve apenas na Itália, em 1875 foram enviados os primeiros Missionários Salesianos para a América do Sul. Em seguida, enviou salesianos ao Brasil para fundar o Colégio Santa Rosa em Niterói, RJ, e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo. Ambos com a mesma missão de resgatar e formar adolescentes, nos moldes do Orátorio São Francisco de Sales. A congregação se espalhou pelo mundo e se tornou uma das maiores da Igreja Católica.
Dom Bosco vai para o céu
Dom Bosco faleceu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888. Deixou a Congregação Salesiana espalhada por vários países. Logo sua fama de taumaturgo (intercessor de milagres), de educador da juventude, de defensor da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo. Com tantos atributos o Papa Pio XI, que era amigo de Dom Bosco, canonizou-o na Páscoa de 1934 e consagrou sua celebração anual no dia 31 de Janeiro.
Legado para a humanidade
Hoje, no Século 21, a herança de Dom Bosco continua atual. Seu amor pelos jovens e sua sabedoria pedagógica ainda não foram superados. Dom Bosco é o grande santo Mestre e Pai da Juventude. Sua obra salvou milhares de jovens e seu pedido de que Os jovens sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados, ainda é levado por todo o mundo.
A medalha de Dom Bosco
Por tudo isso, usar uma medalha de Dom Bosco significa mostrar um grande ideal: o do amor à juventude, e de esperança por mundo melhor. Veja como o pensamento dele ainda condiz com a realidade do mundo atual:
"Basta que sejam jovens para que eu os ame.
Prometi a Deus que até meu último suspiro
seria para os jovens.
O que somos é presente de Deus;
no que nos transformamos é o nosso presente a Ele.
Ganhem o coração dos jovens por meio do amor.
A música dos jovens se escuta com o coração,
não com os ouvidos."
Oração a São João Bosco
Oh! Pai e mestre da juventude, São João Bosco, que tanto trabalhastes pela salvação das almas, sede nossa guia em buscar o bem da nossa e a salvação do próximo, ajudai-nos a vencer as paixões e o respeito humano, ensinai-nos a amar a Jesus Sacramentado, a Maria Santíssima Auxiliadora e ao Papa, e obtende-nos de Deus uma santa morte, para que possamos um dia achar-nos juntos no Céu.
Assim seja.
MARTIROLÓGIO ROMANO
31/01
1. Memória de São João Bosco, presbítero, que, tendo passado uma infância difícil, foi ordenado sacerdote e trabalhou com todas as suas forças na educação dos jovens e adolescentes. Fundou a Sociedade Salesiana e, com o auxílio de Santa Maria Domingas Mazzarello, o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, para a formação da juventude no trabalho e na vida cristã. Neste dia, em Turim, na Itália, depois de tantas obras realizadas, partiu piedosamente para a ceia eterna.
(† 1888)
2. Em Corinto, na Acaia, na atual Grécia, os santos mártires Vitorino, Vítor, Nicéforo, Cláudio, Diodoro, Serapião e Papias, que, no tempo do imperador Décio, como consta, com vários suplícios consumaram o seu martírio.
(† c. 250)
3. Comemoração de São Metrano, mártir de Alexandria, no Egito, que, no tempo do imperador Décio, por se recusar a proferir palavras ímpias, como lhe mandavam os pagãos, foi ferozmente espancado e levado para fora da cidade, onde morreu apedrejado.
(† c. 249)
4. Também em Alexandria, os santos mártires Ciro e João, que, pela fé em Cristo, depois de muitos tormentos, foram decapitados.
(† s. IV)
5. Em Módena, na Emília, atualmente Emília-Romanha, região da Itália, São Geminiano, bispo, que conduziu a sua Igreja do arianismo à fé ortodoxa.
(† s. IV)
6. Na Pérsia, em território do atual Iraque, a paixão de Santo Abraão, bispo de Arbela, que, no tempo de Sapor, rei dos Persas, foi degolado porque se recusou a adorar o sol.
(† 345)
7. Em Novara, na Ligúria, hoje no Piemonte, região da Itália, São Júlio, presbítero.
(† s. IV in.)
8. Em Roma, a comemoração de Santa Marcela, viúva, que, como escreve São Jerónimo, desprezando a fortuna e a nobreza, se tornou mais nobre pela pobreza e humildade.
(† 410)
9*. Em Ferns, na Irlanda, São Maidoc ou Aidano, bispo, que neste lugar fundou um cenóbio e resplandeceu pela sua grande austeridade.
(† c. 626)
10*. No território de Coutances, na Nêustria, atualmente na França, São Valdo, bispo de Évreux.
(† s. VII)
11*. Em Viktorsberg, perto de Rankweil, na Baviera meridional, hoje na Áustria, Santo Eusébio, que, natural da Irlanda, se fez peregrino por Cristo, depois foi monge no mosteiro de São Galo e por fim abraçou a vida eremítica.
(† 884)
12*. Em Roma, a Beata Luísa Albertóni, que, tendo educado os filhos na vida cristã, depois da morte do esposo entrou na Ordem Terceira de São Francisco e, no serviço de auxílio aos pobres, passou da riqueza à extrema pobreza.
(† 1533)
13. Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, São Francisco Xavier Maria Biánchi, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes de São Paulo, que foi dotado de dons místicos e conduziu muitos à vida da graça segundo o Evangelho.
(† 1815)
14. Na Coreia, os santos mártires Agostinho Pak Chong-won, catequista, e cinco companheiros[1], que, suportando muitos suplícios, com impassível fortaleza professaram a sua fé cristã e glorificaram a Deus morrendo decapitados.
[1] São estes os seus nomes: Pedro Hong Pyong-ju, catequista; Maria Yi In-dog, virgem; Madalena Son So-byog, Águeda Yi Kyong-i, Águeda Hwon Chin-i.
(† 1840)
15♦. Em Cumaná, na Venezuela, a Beata Candelária de São José (Susana Paz Castillo Ramírez), virgem, que, em tempo de turbulência política, económica e social, fundou a Congregação das Religiosas Carmelitas da Terceira Ordem Regular, hoje Religiosas Carmelitas da Madre Candelária, especialmente destinada ao cuidados das crianças e dos indigentes.
(† 1940)
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