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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

Os Santos Inocentes


Origens


Os chamados Santos Inocentes são aqueles meninos com menos de dois anos nascidos no vilarejo de Belém, na mesma época do nascimento de Jesus. Eles foram mortos por ordens do rei Herodes. Este, temia que o Messias vivesse, chegasse à idade adulta e lhe roubasse o trono. Não se sabe o número desses pequeninos, mas sabe-se que eles morreram por causa de Jesus.


Uma estrela guia


A história dos Santo Inocentes é contada no Capítulo 2 do Evangelho de São Mateus. Tudo começou com a chegada dos reis magos na cidade de Jerusalém. Eles chegaram lá seguindo a estrela que anunciava o nascimento do Messias. Os magos procuraram, a princípio, o rei Herodes, que vivia em Jerusalém, pensando encontrar o menino no palácio real. Mal sabiam eles, porém, que estavam se dirigindo a um grande inimigo do Messias.


A astúcia de Herodes


Herodes acolheu os magos fingindo interesse pelo Messias recém-nascido. E mandou chamar alguns escribas e doutores da lei para que estes informassem onde nasceria o Salvador. E estes sábios de Israel dizem que, segundo uma profecia, o Messias deveria nascer no vilarejo de Belém, a seis quilômetros de Jerusalém. Herodes, então, envia os magos a Belém para descobrirem tudo sobre o Messias, mas pede que eles voltem para informá-lo e mente dizendo que ele também (Herodes) queria ir prestar homenagens ao menino.


Deus protege o Messias.


Os magos do Oriente chegam a Belém e, guiados pela estrela, encontram o menino juntamente com Maria e José. Oferecem presentes a ele, prestam-lhe culto de adoração e se preparam para partir, passando a noite em Belém. Nessa noite, um anjo adverte-os, em sonho, dizendo para não voltarem a Herodes, pois este pretendia matar Jesus. Os magos obedecem e voltam por outro caminho.


Um tirano e os Santos Inocentes


Quando Herodes percebeu que tinha sido enganado pelos magos, ficou furioso e temeu perder o trono para o Messias. Por isso, enviou soldados a Belém com a missão expressa de matar todos os meninos com até dois anos de idade nascidos em Belém e região. E assim foi feito. A dor e o luto inundaram o vilarejo que perdeu seu bem mais precioso. Santinhos, inocentes e puros perderam suas vidas por causa de Jesus.


Mártires e inocentes


Eles são chamados inocentes porque não tinham ainda o uso da razão quando foram mortos. Mesmo assim, foram mortos por Jesus. Por isso, a Igreja concede a eles o título de mártires. Inocentes, sim. Mas também mártires. A festa em homenagem a eles é celebrada desde o Século IV. O culto aos Santos Inocentes foi confirmado pelo papa São Pio V. A triste morte que tiveram também confirma uma profecia de Jeremias, que diz: “Ouviu-se um choro em Ramá, grito e grande lamentação. É Raquel que chora por seus filhos, e ela não quer ser consolada, porque eles já não existem mais.” (Jeremias 31,15) Ramá é a região onde fica o vilarejo de Belém, em Israel.


Glória


Esses Santos Inocentes, de alma pura, que deram suas vidas por Jesus são, na verdade, os primeiros mártires cristãos. Por isso, receberam a glória dos mártires. A Igreja dedicou a eles o dia 28 de dezembro pelo fato de essa data ser próxima ao nascimento de Jesus, já que tudo aconteceu depois da visita dos reis magos ao Menino Jesus.


Oração aos Santos Inocentes


“Meu Senhor, pelos Santos Inocentes, quero Vos rogar hoje por todos aqueles que são injustiçados, sofrem ameaças, são marginalizados e incompreendidos. Olhai pelos pequeninos, abandonados e assassinados pelas estrutura de morte de nossa sociedade. Que convosco eles alcancem dignidade e paz. Amém.”



MARTIROLÓGIO ROMANO

28/12


1. Festa dos Santos Inocentes mártires, os meninos que foram mortos em Belém de Judá pelo ímpio rei Herodes, para que perecesse com eles o Menino Jesus que os Magos tinham adorado. Foram honrados como mártires desde os primeiros séculos da Igreja e primícias de todos os que derramariam o sangue por Deus e o Cordeiro.

2. Em Alexandria, no Egito, São Teonas, bispo, que foi mestre e predecessor de São Pedro mártir.

(† 300)


3. Comemoração de Santo António, monge, que levou vida solitária e, sendo já ancião, se recolheu no mosteiro de Lérins, na Provença, onde mostrou a sua afabilidade e sabedoria e adormeceu piedosamente no Senhor.

(† c. 520)


4*. Em Matélica, nas Marcas, região da Itália, a Beata Matias Nazzaréni, abadessa da Ordem das Clarissas.

(† c. 1326)


5. Em Lião, na França, o dia natal de São Francisco de Sales, bispo de Genebra, cuja memória se celebra no dia do seu sepultamento em Annecy, a vinte e quatro de Janeiro.

(† 1622)


6. Em Roma, São Gaspar del Búfalo, presbítero, que lutou denodadamente pela liberdade da Igreja e, encarcerado, não cessou de conduzir os pecadores ao caminho reto, especialmente pela devoção ao Preciosíssimo Sangue de Cristo, em cuja honra fundou as Congregações de Missionários e das Irmãs Missionárias.

(† 1837)


7*. Em Nápoles, na Itália, Santa Catarina Volpicélli, virgem, que, sempre dedicada à assistência dos pobres e dos enfermos, fundou o Instituto das Escravas do Sagrado Coração, no qual procurou manifestar a caridade cristã sempre ativa, adaptada às necessidades dos tempos.

(† 1894)


8*. Em Kiev, na Ucrânia, o Beato Gregório Khomysyn, bispo de Ivano-Frankivsk e mártir, que, em tempo de perseguição contra a fé, mereceu sentar-se à mesa celeste do Cordeiro.

(† 1945)

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