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Exaltação da Santa Cruz


No dia 14 de setembro a Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz. Trata-se de uma festa importantíssima instituída no ano 355, quando da inauguração de duas grandes basílicas em Jerusalém, Israel: a Basílica do Calvário e a Basílica do Santo Sepulcro.


O imperador Constantino foi quem ordenou a construção destas duas basílicas, inspirado por uma descoberta arqueológica patrocinada por sua mãe, Santa Helena. A rainha Helena ajudou a sustentar financeiramente escavações na região do Calvário, começadas pelo bispo São Macário. Ali encontraram o túmulo de Jesus Cristo, a Santa Cruz e as cruzes dos dois ladrões. O fato causou enorme comoção no mundo cristão.


Alguns séculos depois a Cruz foi levada para a Pérsia por invasores e, mais tarde, recuperada, voltando para a basílica do Santo Sepulcro. Mais importante, porém, do que a Cruz de madeira é fato que ocorreu nela. Foi na Santa Cruz que o Filho de Deus, o Salvador do mundo, entregou sua vida por amor a cada um de nós. Por isso a Igreja celebra a festa da Exaltação da Santa Cruz.


O próprio Jesus falou na exaltação da Santa Cruz, dizendo: “E quando eu for levantado da terra, atrairei todos os homens a mim”. (Jo 12,32) Jesus está dizendo que quando for crucificado, atrairá todos os homens a Ele. De fato, a cruz se tornou o maior símbolo de todos os tempos. Em todos os cantos da terra as pessoas sabem que a cruz está ligada a Jesus Cristo. E, pela sua bondade, misericórdia e amor, Jesus na cruz atrai todos os homens a ele.


Na passagem citada acima Jesus estava se referindo também à passagem bíblica de Números 21, 4-6, quando o povo hebreu no deserto, ao murmurar contra Moisés, começou a ser atacado por serpentes venenosas. Então, Deus mandou Moisés construir uma haste e colocar nela uma serpente de bronze para que todo aquele que fosse picado por uma serpente, ao olhar para a haste, ficasse curado e não morresse.


A serpente de Bronze é como uma profecia anunciando a salvação que Jesus trouxe pela Cruz. Pois, todo ser humano, picado pela serpente do mal, picado pela serpente do pecado, pode olhar para Jesus Cristo na Cruz e ser salvo por Ele. Este “olhar para a Cruz”, porém, precisa mais que um mero olhar. Precisa ser um “olhar que enxerga” naquele homem pendurado na Cruz, mais que um simples homem, mas sim o Filho de Deus, o Salvador, o Único que tem o poder de salvar, de curar as feridas do coração e de dar uma vida eterna.


Ora, a vida eterna vem até nós por causa da morte de Jesus na Cruz, por causa de sua entrega livre em favor de cada um de nós. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos”. (Jo 15,13) Foi essa prova de amor inquestionável que Jesus deu a mim e a você morrendo na Cruz. Por isso, a festa da Exaltação da Santa Cruz é tão importante.


E, veja que dado interessante: nas igrejas do Oriente, essa festa é conhecida como a Festa do “Triunfo da Santa Cruz”. Isso faz muito sentido porque a cruz era a pena de morte usada pelos romanos. Era o pior castigo, castigo dado aos piores bandidos. A morte na cruz era horrenda e vergonhosa. No entanto, o Justo, o santo, aquele que não tinha nenhum pecado, escolheu morrer na Cruz como um condenado, como um bandido, para que nós pudéssemos ter vida, e vida em abundância. “Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os nomes,” (Fl 2,9)


Festejemos a Santa Cruz. Festejemo-la em nosso coração agradecendo ao Senhor Jesus, o Filho de Deus, por nos amar tanto e tão apaixonadamente a ponto de se entregar e morrer, padecendo da morte mais cruel por causa de nós, para nos livrar das garras do maligno.


E quando você usar uma cruz no peito, lembre-se que ela não é apenas um objeto qualquer. Muito menos um amuleto. Ela é o sinal da nossa Salvação. Foi nela que o sangue do Filho de Deus foi derramado para dar vida ao mundo. Sigamos aquele conselho tão lindo e atual que existe numa das mais lindas canções do Pe. Zezinho: “No peito eu levo uma cruz, no meu coração o que disse Jesus.”

MARTIROLÓGIO ROMANO

14/set

1. Festa da Exaltação da Santa Cruz, que, no dia seguinte à dedicação da basílica da Ressurreição, erigida sobre o sepulcro de Cristo, é exaltada e honrada como o troféu da sua vitória pascal e sinal que há-de aparecer no céu para anunciar a todos a segunda vinda do Senhor.

2. Em Roma, junto à Via Ápia, na cripta de Lucina do cemitério de Calisto, o sepultamento de São Cornélio, papa e mártir, que se opôs tenazmente ao cisma de Novaciano e recebeu com grande caridade na comunhão da Igreja muitos dos que tinham caído no cisma; exilado pelo imperador Galo para Civitavécchia, sofreu, segundo o testemunho de São Cipriano, tudo o que se podia sofrer. A sua memória celebra-se depois de amanhã.

(† 252)


3. Em Cartago, na hodierna Tunísia, a paixão de São Cipriano, bispo, admirável pela sua santidade e doutrina, que dirige excelentemente a Igreja em tempos muito adversos, encorajou os confessores da fé nas suas tribulações e, no tempo dos imperadores Valeriano e Galieno, depois de um atribulado exílio, consumou o seu martírio diante de uma grande multidão, morto ao fio da espada por ordem do procônsul. A sua memória celebra-se depois de amanhã.

(† 258)


4. Em Colónia, na Germânia, hoje na Alemanha, São Materno, bispo, que conduziu à fé de Cristo os habitantes de Tongres, Colónia e Tréveris.

(† d. 314)


5. Em Comana, no Ponto, hoje Gumenek, na Turquia, o dia natal de São João Crisóstomo, cuja memória se celebra na véspera deste dia.

(† 407)


6. No mosteiro de Bellevaux, no território de Besançon, o passamento de São Pedro, bispo, que, sendo abade cisterciense, foi elevado à sede episcopal de Moutiers, que dirigiu com ardente zelo, trabalhando também valorosamente pela concórdia entre os povos.

(† 1174)


7. Em Akko, na Palestina, Santo Alberto, bispo, que, transferido da Igreja de Vercelas para a Igreja de Jerusalém, compôs uma regra para os eremitas do monte Carmelo e, quando celebrava a festa da Exaltação da Santa Cruz, foi passado à espada por um homem ímpio que ele tinha repreendido.

(† 1215)


8*. Em Ében, povoação do Tirol, na hodierna Áustria, Santa Notburga, virgem, que, dedicada à vida doméstica, serviu a Cristo nos pobres, dando aos camponeses um admirável exemplo de santidade.

(† 1313)


9*. Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, no litoral da França, o Beato Cláudio Laplace, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, encerrado na galera por causa do sacerdócio, morreu contagiado por uma grave enfermidade.

(† 1794)


10. Em Chengdu, cidade do Sichuan, província da China, São Gabriel Taurino Dufresse, bispo e mártir, que culminou com o martírio por decapitação a intensa actividade apostólica a que se dedicou durante quarenta anos.

(† 1815)


11♦. Em Madrid, na Espanha, os beatos Sabino Ayastuy Errasti, Joaquim Ochoa Salazar e Florêncio Arnaiz Cejudo, religiosos da Companhia de Maria e mártires, que, durante a perseguição contra a fé, alcançaram a glória celeste.

(† 1936)


12♦. Também em Madrid, São Manuel Álvarez Álvarez, presbítero, e São Teófilo Montes Calvo, religioso, ambos da Ordem dos Pregadores e mártires, que, na mesma perseguição, alcançaram a palma da glória celeste.

(† 1936)

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