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  • Foto do escritorSérgio Fadul / Santos e Beatos Católicos

Beata Imelda Lambertini


Imelda Lambertini nasceu na cidade de Bolonha, Itália, no ano de 1322, num ambiente de muita fé e piedade. Desde tenra idade, assimilou com especial afeição a primorosa educação recebida. Seu amor a Deus, sua conduta incomum no dia a dia chamava muito a atenção dos pais. Era de fato, uma menina muito especial. Os jogos infantis não lhe agradavam como a oração. Costumava esconder-se nos locais mais ocultos da casa para aplicar-se a ela. Sua mãe, sempre a encontrava ajoelhada e rezando, quando sentia falta da filha em casa.

Ao completar nove anos de idade a menina pede insistentemente para ingressar no Convento das Irmãs Dominicanas, porém, a Madre superiora de todas as formas tentou persuadi-la a esperar, pois que a idade ainda não permitia que fosse admitida entre as irmãs do convento.

Como a insistência de Imelda tornou-se constante, a Madre, que conhecia seus pais, indagou se não estava feliz por ter pais maravilhosos e boas condições de vida em casa, tendo ela prontamente respondido que estava sim, muito feliz, que amava sua família, mas que as irmãs tinham algo a mais que lhe atraía muito: "Nosso Senhor". Era a devoção à Santíssima Eucaristia que verdadeiramente lhe encantava e lhe enchia a alma de amor e devoção. Finalmente, a Madre chamou seus pais e lhes pediu permissão para que Imelda fosse admitida, pelo menos a título de experiência, já que o desejo ardente de ingressar no convento era já notório também para seus pais. Apesar de entristecidos, percebiam que Deus reservara algo de extraordinário para a pequena filha. Por isso, acabaram aceitando a proposta da Reverenda e consagraram-na a Deus.

Consumado seu ingresso, tudo lhe era motivo de encanto, os momentos de oração, o hábito das Irmãs, o silêncio. Era muito amada por elas que tentavam privá-la dos serviços e da rigidez da regra, mas nada adiantava, pois queria acompanhar as irmãs em tudo, participando plenamente e auxiliando nos trabalhos monásticos no convento. A Madre pedia que não a acordassem durante as orações noturnas, mas Imelda levantava-se no meio da noite e percorria os grandes salões do convento, caminhando e rezando silenciosamente as matinas.

A visita ao Tabernáculo fazia sua alma transbordar de alegria. Só a pronúncia de qualquer assunto relacionado à Eucaristia, fazia com que seu rosto se transfigurasse instantaneamente. Ela desejava ardentemente receber a Santa Comunhão. Nessa época, as crianças não podiam receber a Primeira Comunhão com idade inferior a 12 anos. Tal qual sua insistência para ingressar no convento, Imelda pede a graça de receber Jesus, mesmo que não tivesse completado a idade. Pedia isso com fervor tão intenso, que as irmãs comoviam-se pelo desejo que a pequenina nutria em receber o Senhor na Eucaristia. Mas isto ainda não lhe era possível, conforme as normas da Igreja.

Assim, aceitou com resignação os argumentos das Irmãs. Porém, à medida que o tempo passava, crescia mais e mais nela o desejo de receber Jesus Sacramentado. No ano de 1333, tinha ela completado 11 anos de idade quando, depois da Santa Missa, a última freira que saiu da capela observou que a pequena Imelda, como de costume, lá permaneceu sozinha rezando mais um pouco. Só que desta vez, a freira percebeu algo extraordinário: uma Hóstia flutuava acima dela e lhe projetava uma luz branca. Rapidamente esta irmã chamou as outras monjas e todas se prostraram diante deste milagre. A Madre, constatando que se tratava de manifestação real de Deus para que a menina recebesse a Primeira Comunhão, chamou o pároco. Ao chegar com a patena de ouro nas mãos, o padre admirado, dirigiu-se até à Hóstia. Assim que se aproximou da menina ajoelhada, a Hóstia pousou sobre a patena. Assim, foi-lhe administrada a Primeira Comunhão. Em seguida, vagarosamente, Imelda baixou a cabeça em oração.


Imelda permaneceu assim, diante das irmãs por um tempo demasiadamente longo. Isto fez com que a Madre fosse até ela, que a nada respondia. Tentando levantá-la cuidadosamente pelos ombros, a menina caiu em seus braços, trazendo no rosto uma expressão delicada, de inexplicável alegria. Havia partido para o Céu naquele sublime momento. A alegria de receber Nosso Senhor foi demais para o pequeno coração que ardia pela presença real de Cristo na Eucaristia. Certa vez, Imelda já havia dito às Irmãs: "Eu não sei por que as pessoas que recebem Nosso Senhor não morrem de alegria".


Até hoje, seu pequeno corpo virginal se encontra intacto, depois de mais de 680 anos, numa redoma de cristal, na Igreja de São Sigismundo, em Bolonha.


Em 1826 o Papa Leão XII confirmou e estendeu para toda a Igreja o culto que havia séculos se prestava a ela em Bolonha. E São Pio X a proclamou, em 1908, Padroeira das Crianças que vão fazer a Primeira Comunhão. Sua memória litúrgica é celebrada no dia 12 de maio.








Orações à Beata Imelda Lambertini: Senhor Jesus, que havendo abrasado com o fogo do vosso amor e recriado milagrosamente com o alimento da Imaculada Hóstia, a Bem Aventurada Imelda, a recebestes no céu, concedendo-nos por sua intercessão aproximar-nos da Sagrada Mesa com o mesmo amor de caridade que ela, de tal maneira que ansiamos separarmos do corpo para unirmos a Vós, que viveis e reinais com o Pai e o Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém. Menina querida do Menino Jesus, vós morrestes de amor na mesma hora em que recebestes a sua Primeira Comunhão, seja vós minha intercessora para com o divino Menino. Apresenta a Ele o meu coração, que fornece o que me falta para agradá-lo; alcança-me a graça de comungar com as devidas disposições; traga-o ao meu lado na hora de minha morte para que minha alma expire abrasada a Ele e que em companhia de ambos, viva e reine nos céus por todos os séculos dos séculos. Amém.

Reflexões:

A meditação da história da pequena Imelda traduz o pleno conhecimento, o cristalino panorama que uma menina de apenas 11 anos tinha sobre as verdades divinas. Visão tão clara que Imelda não entendia como as pessoas não morriam ao receber Jesus na Eucaristia. São Tomás de Aquino, a respeito desse amor eucarístico, certa vez declarou:

"O Martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem oferece a Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse mistério, morreria de amor".


Amolece, Senhor, o nosso coração petrificado. Aclara, Senhor, nossa visão, obscurecida pelas ilusões mundanas. Abre nossa mente, Senhor, para que possamos compreender a sublimidade da Eucaristia. Tende piedade de nós, Senhor, pela nossa indiferença na fila da Comunhão. Aproxima-nos, Senhor, do sacramento da Penitência, para que possamos Te receber com a casa limpa, livre das imundícies que todos os dias deixamos agregar à alma. Não permitais, jamais, Senhor, que Te recebamos indignamente. Piedade, Senhor, piedade de nós e da humanidade inteira. Adoramos-te na Eucaristia e imploramos, por intercessão de Maria, que o Pão do Céu seja para nós SEMPRE: alimento espiritual, remédio para a alma, força na luta contra o mal, consolo nas tribulações e proteção constante na caminhada terrena. Amém!


Beata Imelda Lambertini, rogai por nós!


Fonte: Santos e beatos catolicos



MARTIROLÓGIO ROMANO

12/05


1. São Nereu e Santo Aquileu, mártires, que, como narra o papa São Dâmaso, se tinham alistado como soldados e, constrangidos pelo temor, se preparavam para obedecer às ímpias ordens do magistrado; mas, convertidos ao verdadeiro Deus, deitaram fora os escudos, armaduras e dardos, abandonaram o acampamento e, confessando a fé de Cristo, gozaram o seu triunfo. Neste dia foram sepultados os seus corpos no cemitério de Domitila, junto à Via Ardeatina de Roma.

(† s. III f.)


2. São Pancrácio, mártir, que, segundo a tradição, ainda adolescente morreu por Cristo, também em Roma, a duas milhas na Via Aurélia. Sobre o seu sepulcro, o papa São Símaco levantou uma célebre basílica, e o papa São Gregório Magno reuniu frequentemente o povo nesse lugar, para que ali compreendesse o testemunho do verdadeiro amor cristão. Comemora-se neste dia o seu sepultamento.

(† s. IV in.)


3. Beata Joana de Portugal, virgem, filha do rei Afonso V, que, recusando repetidamente as núpcias, preferiu servir na Ordem dos Pregadores, tornando-se refúgio dos pobres, dos órfãos e das viúvas e, depois de uma vida de extraordinária piedade, morreu no mosteiro dominicano de Aveiro, cidade de Portugal.

(† 1490)


4. Em Axiópolis, na Mésia, hoje Cernavoda, na Roménia, São Cirilo, que consumou o martírio juntamente com seis companheiros.

(† c. s. III)


5. Em Salamina, na ilha de Chipre, Santo Epifânio, bispo, que, dotado de excelente erudição e conhecimento da literatura sagrada, foi também admirável na santidade de vida, zelo pela fé católica, liberalidade para com os pobres e dom de milagres.

(† 403)


6. Em Agira, na Sicília, região da Itália, São Filipe, presbítero, oriundo da Trácia.

(† s. V)


7. Em Tréveris, na Renânia, região da Austrásia, atualmente na Alemanha, São Modoaldo, bispo, que construiu e favoreceu igrejas e mosteiros, instituiu várias comunidades de virgens e foi sepultado junto da sua irmã Severa.

(† c. 647)


8*. No mosteiro de Marchiennes, no território de Cambrai da Austrásia, atualmente na França, Santa Rictrudes, abadessa, que, depois da morte violenta do seu esposo Adabaldo, aconselhada por Santo Amando tomou o sagrado véu e com admirável sabedoria dirigiu as virgens sagradas.

(† c. 688)


9. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Germano, bispo, insigne pela sua virtude e sabedoria, que refutou com grande firmeza o edito promulgado pelo imperador Leão, o Isáurico, contra as sagradas imagens.

(† 733)


10. Em Castela, região da Espanha, no lugar posteriormente designado com o seu nome, São Domingos da Calçada, presbítero, que construiu pontes e caminhos para uso dos peregrinos que se dirigiam a São Tiago de Compostela e providenciou com grande piedade às suas necessidades nas celas e estalagens por ele preparadas.

(† 1060/1109)


11*. Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, a Beata Imelda Lambertíni, virgem, que, recebida desde tenra idade entre as monjas da Ordem dos Pregadores, ainda muito jovem, depois de ter comungado com extraordinária devoção a Eucaristia, imediatamente entregou o seu espírito a Deus.

(† 1333)

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