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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

São Domingos de Gusmão


Fundador da Ordem dos frades Pregadores ou Dominicanos

Padroeiro Perpétuo e Defensor de Bolonha, Itália


Origens


Domingos nasceu numa pequena vila chamada Caleruega, na região da Velha Castela, hoje Espanha. Era o dia 24 de junho de 1170. Filho de Félix de Gusmão e Joana d'Aza, pertencia a uma família rica, nobre e muito católica. Tanto que sua mãe e um de seus irmãos mais velhos chamado Manes foram beatificados. Outro irmão chamado Antônio faleceu com fama de santidade. O nome Domingos foi escolhido por sua mãe durante a gravidez, em homenagem a São Domingos de Silos a quem ela fez uma novena. No sétimo dia da novena este santo apareceu a ela e anunciou que o futuro filho viria a ser um santo.


Inteligência, sabedoria e caridade


Domingos sempre foi dedicado aos estudos. Destacou-se pela inteligência e veio a se tornar um jovem muito culto. Porém, nunca deixou de praticar a caridade para com os pobres. Na cidade de Calência, onde se formou, vendeu seus pertences, até mesmo os pergaminhos (objetos caros usados em sua formação), para conseguir uma pequena quantia destinada a alimentar doentes e pobres.


Sacerdote


Na juventude sentiu-se chamado para o sacerdócio. Assim, ao completar vinte e quatro anos, foi ordenado padre. Foi trabalhar na diocese de Osma. Lá, distinguiu-se pela inteligência e pela competência no exercício do ministério. Por isso, foi convidado pelo rei Afonso VII para ajudar na diplomacia de seu governo. Também foi convidado para representar a Santa Sé, em missões difíceis que precisavam de diplomacia e da sabedoria que vem de Deus.


Combatendo a doutrina reencarnacionista


No tempo de são Domingos surgiu uma heresia conhecida como “heresia dos albigenses, ou cátaros”, cujas raízes grassavam o sul da França. A heresia consistia em disseminar a doutrina da reencarnação entre os católicos. Por isso, o papa da época, Inocêncio III, enviou São domingos para lá, acompanhado de Diego de Aceber. Seu companheiro, porém, faleceu repentinamente e São Domingos enfrentou sozinho a difícil missão na França. Inspirado pelo Espírito de Deus, ele cumpriu a missão com máxima eficiência. Usou, para isso, a verdadeira pregação da Palavra de Deus e o seu testemunho de vida.


Fundador


No ano 1207, São Domingos procedeu a fundação do primeiro mosteiro da Ordem Segunda, destinado às mulheres. Foi na cidade de Santa Maria de Prouille. O mosteiro era destinado a moças que, sem horizontes, estavam fadadas a uma vida de prostituição por causa da crise econômica reinante na região. Na igreja desse Mosteiro a Virgem Maria apareceu a São Domingos, pedindo-lhe que difundisse a devoção e a oração do Santo Rosário, prometendo que, com isto, a conversão dos hereges teria início, além de ajudar na salvação dos fiéis. Por esta razão os dominicanos são conhecidos como os “Guardiões do santo Rosário”. E eles vem cumprindo esta missão através dos tempos.


Embrião da Ordem


A fama de santidade de São Domingos se espalhava pela Europa e ele começou a atrair pessoas que almejavam seguir seu carisma e apostolado. Assim nasceu um pequeno grupo de jovens liderados por ele. O grupo foi chamado de "Irmãos Pregadores". O bem-aventurado Manes, seu irmão de sangue juntou-se a eles. O movimento cresceu e São Domingos sentiu no coração que era preciso fundar uma Ordem Religiosa que oferecesse uma proposta nova de anúncio e vivência do Evangelho, adequada à sua época.


Nasce a Ordem dos Dominicanos


São Domingos apresentou o projeto da Ordem dos Dominicanos ao Papa Inocêncio III. No mesmo ano o Papa deu a ela sua primeira aprovação. Isso aconteceu durante o IV Concílio de Latrão. Um ano depois, o Papa Honório III deu à Ordem dos Dominicanos a aprovação definitiva. Na ocasião, o papa deu a ela o nome de Ordem dos Frades Pregadores. Depois, por causa de São Domingos, eles passaram a ser chamados de Dominicanos. Os membros da Ordem passaram a ser vistos como homens sábios, austeros e pobres. Entre seus carismas distinguiam-se competência científica, o espírito de oração e temor de Deus e a pregação muito bem fundamentada nas Sagradas Escrituras. Por isso, “Ordem dos Pregadores” ou “Predicadores”. E, de fato, os Dominicanos se destacavam pelo poder da pregação.


Atraindo jovens universitários


Em 1217, São Domingos emitiu uma determinação: que se criassem novas Casas dos Dominicanos nos principais centros universitários da Europa. Na época, esses centros estavam eram Paris e Bolonha. Seu objetivo era atrair jovens acadêmicos para a vida religiosa. E ele conseguiu. O próprio São Domingos decidiu viver em Bolonha, Itália. Lá, além de atrair os jovens por sua santidade, sabedoria e inteligência, ele se dedicou ao desenvolvimento da sua magnífica obra. Ali, presidiu os dois primeiros capítulos gerais da Ordem, nos anos 1220 e 1221. Nesses capítulos os frades dominicanos concluíram a redação final da chamada "carta magna" da Ordem.


Morte


São Domingos de Gusmão viu a Ordem dos Dominicanos florescer na Europa, trazendo um novo alento à Igreja: a ciência unida à fé e à piedade. Os dominicanos se tornaram grandes pregadores que arrebatavam multidões e defendiam a fé católica contra heresias e desvios perigosos. Vendo sua Obra no caminho certo, ele faleceu quando tinha apenas cinquenta e um anos, em 8 de agosto de 1221. A fama de sua santidade, os testemunhos dos que conviveram com ele e os milagres atribuídos à sua intercessão fizeram com que ele fosse canonizado apenas treze anos após sua morte, através do Papa Gregório IX, que tinha sido seu amigo pessoal. Ele foi enterrado no interior da catedral de Bolonha, onde é venerado no dia de seu falecimento. Após sua canonização, foi aclamado Padroeiro Perpétuo e Defensor de Bolonha.


Oração a São Domingos de Gusmão


“Ó Deus, que os méritos e ensinamentos de São Domingos venham em socorro da vossa Igreja, para que o grande pregador da vossa verdade seja agora nosso fiel intercessor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.”


São Domingos de Gusmão, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

08/08


1. Memória de São Domingos de Gusmão, presbítero, cónego de Osma, cidade da província de Sória, na Espanha, que humildemente se dedicou ao ministério da pregação nas regiões perturbadas pela heresia dos Albigenses e viveu voluntariamente nas privações da pobreza, falando sempre com Deus ou de Deus. Desejoso de encontrar uma nova forma de propagar a fé, fundou a Ordem dos Pregadores, para renovar na Igreja a forma de vida apostólica, mandando aos seus irmãos que se dedicassem ao serviço do próximo com a oração, o estudo e o ministério da palavra. Morreu em Bolonha, cidade da Itália, no dia seis de Agosto.

(† 1221)


2. Em Albano, na Via Ápia, a quinze milhas da cidade de Roma, os santos Segundo, Carpóforo, Vitorino e Severiano, mártires.

(† s. III f.-IV in.)


3. Em Roma, na milha sétima da Via Ostiense, os santos Ciríaco, Largo, Crescenciano, Mémia, Juliana e Esmeraldo, mártires.

(† s. IV in.)


4. Em Tarso, na Cilícia, na atual Turquia, a paixão de São Marinho, ancião de Anazarbo, que, no tempo do imperador Diocleciano e do governador Lísias, foi degolado, e o seu corpo, por ordem do prefeito, lançado ao pasto das feras.

(† c. 303-311)


5. Em Milão, na Ligúria, hoje na Lombardia, região da Itália, Santo Eusébio, bispo, que trabalhou assiduamente para manter a verdadeira fé e reconstruiu a igreja catedral destruída pelos Hunos.

(† c. 462)


6. Em Vienne, na Gália Lionense, hoje na França, São Severo, presbítero.

(† c. s. V)


7*. Em Bordéus, na Aquitânia, também na atual França, São Múmulo, abade de Fleury.

(† 678)


8. Em Cízico, no Helesponto, na atual Turquia, Santo Emiliano, bispo, que por defender o culto das sagradas imagens suportou muitos tormentos da parte do imperador Leão e morreu no exílio.

(† s. IX)


9*. No mosteiro de Götweig, na Áustria, Santo Altmano, bispo de Passau, que fundou numerosas comunidades de clérigos com a regra de Santo Agostinho, restaurou a disciplina do clero e por defender a liberdade da Igreja morreu no exílio, expulso da sua sede pelo imperador Henrique IV.

(† 1091)


10*. Em Gallese, próximo de Viterbo, na Toscana, hoje no Lácio, região da Itália, São Famião, eremita, natural de Colónia, que distribuiu os seus bens pelos pobres e, depois de várias peregrinações, morreu neste lugar com o hábito cisterciense.

(† c. 1150)


11*. Em Londres, na Inglaterra, o Beato João Felton, mártir, que, por ter afixado publicamente a bula de excomunhão proclamada pelo papa São Pio V contra a rainha Isabel I, foi cruelmente esquartejado junto à catedral de São Paulo e, invocando o nome de Jesus, consumou gloriosamente o seu martírio.

(† 1570)


12*. Em York, também na Inglaterra, o Beato João Fingley, presbítero e mártir, que, no mesmo reinado de Isabel I, foi condenado à morte e enforcado por ser sacerdote. Com ele comemora-se também o Beato Roberto Bidkendike, mártir, que, no mesmo tempo mas em dia e ano incertos, padeceu os mesmos tormentos por se ter reconciliado com a Igreja católica.

(† 1586)


13. Em Xixiaodun, perto de Xinhexian, no Hebei, província da China, São Paulo Ke Tingzhu, mártir, que, sendo dirigente de uma aldeia de cristãos, durante a perseguição desencadeada pelos sequazes da seita dos “Yihetuan”, foi esquartejado, membro após membro, dando aos outros cristãos um luminoso exemplo de constância na profissão da fé.

(† 1900)


14*. Em Zamora, na Espanha, Santa Bonifácia Rodríguez de Castro, virgem, que, ardentemente empenhada na promoção cristã e social das mulheres através da oração e do trabalho, fundou a Congregação das Servas de São José, segundo o modelo da Sagrada Família de Nazaré.

(† 1905)


15*. Em Sydney, na Austrália, Santa Maria da Cruz (Maria Helena MacKillop), virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de São José e do Sagrado Coração e a dirigiu entre muitas tribulações e adversidades.

(† 1909)


16*. Em Póggio a Caiano, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Maria Margarida (Maria Ana Rosa Caiáni), virgem, que fundou o Instituto Franciscano das Irmãs Mínimas do Sagrado Coração, para a instrução da juventude e a assistência aos enfermos.

(† 1921)


17*. No lugar chamado El Saler, perto de Valência, na Espanha, o Beato António Silvestre Moya, presbítero e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, pelo seu inquebrantável testemunho de Cristo alcançou vitoriosamente o reino celeste.

(† 1936)


18*. Em Valência, também na Espanha, as beatas Maria do Menino Jesus (María Josefa Antonia Baldillou y Bullit) e companheiras[1], virgens do Instituto das Filhas de Maria das Escolas Pias e mártires, que, na mesma perseguição, depois de sofrer a violência dos inimigos da Igreja, foram gloriosamente ao encontro de Cristo, seu Esposo.

[1] São estes os seus nomes: Apresentação da Sagrada Família (Pascoalina Gallén y Marti), Maria Luísa de Jesus (Maria Luísa Giron y Romera), Carmela de São Filipe Néri (Nazária Gómez y Lezaun) e Clemência de São João Baptista (Antónia Riba y Mestres).

(† 1936)


19♦. Em San Andréu de Palomar, na Catalunha, também na Espanha, o Beato Antero Mateo Garcia, pai de família e mártir, que, sendo pai de família, durante a mesma perseguição foi recebido na glória do Senhor.

(† 1936)


20♦. Em Villat de Olalla, localidade da província de Cuenca, também na Espanha, os beatos e mártires Cruz Laplana y Laguna, bispo de Cuenca e Fernando Español Berdié, presbítero da mesma diocese, que, na mesma perseguição, mereceu receber a sublime palma do martírio.

(† 1936)


21♦. Em Traverseras, na Catalunha, também na Espanha, os beatos Dionísio Luís (Mateus Molinos Coloma) e Leonardo José (José Maria Aragonês Mateu), religiosos, religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires na mesma perseguição contra a fé cristã.

(† 1936)


22♦. Em Fuente el Fresno, perto de Ciudad Real, também na Espanha, o Beato Filipe José (Pedro João Álvarez Pérez), da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires, que consumou egregiamente o seu combate por Cristo.

(† 1936)


23♦. Em Vallirana, localidade da província de Barcelona, também Espanha, as beatas Maria do Carmo Zaragoza Zaragoza e Maria Rosa Adrover Marti (Antónia Adrover Marti), virgens da Congregação das Dominicanas de Santa Catarina de Sena e mártires, que, na mesma perseguição, combatendo pela fé em Cristo Esposo, alcançaram a recompensa eterna.

(† 1936)


24♦. Em Madrid, também na Espanha, o Beato Nicolau de la Torre Merino, religioso da Sociedade Salesiana e mártir.

(† 1936)


25*. Em Gusen, localidade da Alemanha, o Beato Vladimiro Laskowski, presbítero e mártir, que, em tempo da guerra, foi deportado por causa da sua fé para este campo de concentração e, atrozmente torturado, alcançou a glória do martírio.

(† 1940)

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