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  • Foto do escritorSérgio Fadul / Vatican.va

São João XXIII


Vamos conhecer a história de São João XXIII, papa e exemplo da Igreja, canonizado no dia 27 de abril de 2014, um dos grandes exemplos de fé para nós católicos.


Nascido em 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, na diocese de Bérgamo na Itália, João XXIII já foi batizado no dia de seu nascimento com o nome de Ângelo Giuseppe, sendo o quarto filho de treze irmãos em uma família de camponeses humilde, porém muito fiel às tradições católicas.


O Jovem Angelo Giuseppe ainda muito jovem foi instruído por seu tio Xavier, ao qual ele mesmo atribuía suas primeiras formações religiosas, já que sua família era muito fervorosa.


São João XXIII ingressou logo que possível no Seminário de Bérgamo, estudando dois anos de teologia, sendo que durante esse período escreveu inúmeros escritos espirituais que foram compilados no "Diário da Alma".


O jovem Ângelo era muito aplicado, e no dia 1 de março de 1896 foi admitido por seu diretor na ordem franciscana secular.


Eis que nos anos de 1901 e 1905 Ângelo foi aluno do Pontifício Seminário Romano, por conta de uma bolsa que ganhou da diocese de Bérgamo que reconhecia seu esforço e capacidade, além de neste mesmo período ter prestado 1 ano de serviço militar.


São João XXIII foi ordenado sacerdote no dia 10 de agosto de 194 na cidade de Roma, e no ano seguinte já era secretário do novo Bispo de Bérgamo, Dom Giacomo Maria R. Tedeschi, sempre o acompanhando em visitas pastorais, além do empenho nas iniciativas apostólicas como: sínodo, redação do boletim diocesano, além das peregrinações e obras sociais.


Por muito tempo também São João XXIII lecionou patrologia, apologética e história eclesiástica. Além de assistente da Ação Católica Feminina, e grande colaborador do diário católico de Bérgamo, além de um pregador solicitado por sua eloquência elegante, eficaz e profunda.


A vida de Ângelo mudaria bastante quando a Itália adentrou na Primeira Grande Guerra, sendo chamado como sargento sanitário e capelão militar dos soldados que voltavam seriamente feridos da linha de frente. Visto a devastação ocorrida na Europa naquele período São João XXIII fundou a "Casa do Estudante" na pastoral dos jovens e estudantes, sendo nomeado diretor espiritual do Seminário naquele período de 1919.


Porém a vida de Angelo passaria por mais uma grande mudança, no ano de 1921 com 40 anos de idade se dedicava arduamente a serviço da Igreja, inclusive foi chamado pelo Papa Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para Propagação da Fé, percorrendo inúmeras dioceses de Roma organizando inúmeros círculos missionários, já em 1925 durante o pontificado de Pio XI foi nomeado Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou à dignidade episcopal da Sede titular de Areiópolis.


Ainda no ano de 1925 São João XXIII iniciou seu ministério na Bulgária, onde permaneceu durante 10 anos, visitando inúmeras comunidades católicas, cultivando relações de respeito com todas as outras comunidade, pois atuava com caridade e solicitude se destacando pelo trabalho realizado no ano de 1928 quando trabalhou fortemente para aliviar os sofrimentos causados por um terremoto que assolou a região da qual se encontrava.


Após seu trabalho na Bulgária, no ano de 1935 São João XXIII foi nomeado Delegado Apostólico da Turquia e Grécia, e tinha um árduo trabalho nessa região que passava por fortes renovações e organizações, nessa época realizou um trabalho intenso para auxiliar os católicos, e se destacava pelo diálogo respeitoso para com os ortodoxos e muçulmanos, até o início da Segunda Guerra Mundial.


No período da Segunda Guerra Monsenhor Roncalli teve um trabalho mais árduo pois a Grécia foi devastada pelos combates brutais, nessa época salvou inúmeros judeus utilizando de sua "permissão de trânsito" da Delegação Apostólica.


1 ano antes do fim da guerra, em 1944 foi nomeado por Pio XII Núncio Apostólico em Paris, trabalhou para reestabelecer a paz na França ajudando inúmeros prisioneiros de guerra e trabalhando para trazer a vida eclesial a normalidade na França que ainda sentia os efeitos do conflito. Para se aproximar da população São João XXIII visitou inúmeros santuários do país e participou das festas e manifestações religiosas mais significativas.


Nesse Período Monsenhor Roncalli trabalhou fortemente com novas iniciativas pastorais, se destacando pela busca da simplicidade do evangelho, mesmo nos assuntos diplomáticos mais complexos, agindo sempre com o seu posto de sacerdote independente da situação, era dotado de grande piedade, e muito ligado às orações dedicando grande parte do seu tempo diário a esta tarefa.


Em 1953 foi eleito Cardeal de Veneza, e após a morte do Papa Pio XII foi eleito Papa no dia 28 de Outubro de 1958 com o nome de João XXIII, permanecendo como líder da Igreja durante 5 anos, apresentando-se ao mundo como um autêntico bom Pastor, Manso porém atento, empreendedor e corajoso. Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canônico e convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o “o Papa da bondade”. Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de junho de 1963.


Foi canonizado pelo Papa Francisco em 27 de abril de 2014, mesma data da canonização de São João Paulo II.


São João XXIII, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

11/10


1. São João XXIII, papa, homem dotado de extraordinária humanidade, que, com a sua vida, as suas obras e o seu grande zelo pastoral, procurou manifestar a todos a abundância da caridade cristã e fomentar a união fraterna dos povos; especialmente solícito pela eficácia da missão da Igreja de Cristo em todo o orbe da terra, convocou o Concílio Vaticano II. Descansou piedosamente no Senhor no dia 3 de Junho.

(† 1963)


2. Comemoração de São Filipe, um dos sete diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que converteu a Samaria à fé de Cristo, baptizou o eunuco da rainha Candace da Etiópia, e evangelizou todas as cidades por onde passava, até chegar a Cesareia, onde, segundo a tradição, descansou no Senhor.


3. Em Anazarbo, na Cilícia, na hodierna Turquia, os santos Táraco, Probo e Andrónico, mártires, que na perseguição do imperador Diocleciano deram a vida pela profissão da fé em Cristo.

(† c. 304)


4. No território de Vexin, na Gália Lionense, na atual França, a comemoração dos santos Nicásio, Quirino, Escubículo e Piência, mártires.

(† data inc.)


5. Em Verdun, também na Gália, hoje na França, São Santino, bispo, que, segundo consta, foi o primeiro a pregar o Evangelho nesta região.

(† s. IV)


6. Comemoração de São Sármata, abade na Tebaida, no Egipto, que foi discípulo de Santo Antão e morreu assassinado pelos Sarracenos.

(† 357)


7. Em Uzés, na Gália Narbonense, na hodierna França, São Firmino, bispo, discípulo de São Cesário de Arles, que ensinou ao seu povo o caminho da verdade.

(† d. 552)


8. Em Ossory, região da Irlanda, São Cánico, abade do mosteiro de Achad-bó, um dos muitos que fundou.

(† 599)


9. Perto da fortaleza de Schemárin, nas montanhas do Cáucaso, na Geórgia, o dia natal de Santo Anastásio, presbítero, apocrisiário da Igreja Romana e companheiro de São Máximo Confessor na confissão da fé católica e no exílio, que entregou a alma a Deus quando pronunciava na santa Sináxis: «As coisas santas para os santos».

(† 666)


10. Em Lier, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Gumário, um soldado dedicado a Deus, que neste lugar com os seus bens construiu um oratório, onde foi sepultado.

(† c. 775)


11*. Em Colónia, na Lotaríngia, na Germânia, hoje na Alemanha, São Bruno, bispo, que, sendo irmão do imperador Otão I, recebeu conjuntamente o governo e o episcopado da Lotaríngia, e exerceu o ministério sacerdotal com grande fidelidade e as funções de governante com grande magnaminidade.

(† 965)


12*. Em Gniezno, na Polónia, São Gaudêncio ou Radzim, bispo, irmão de Santo Adalberto, bispo de Praga, segundo a carne e o espírito, que foi seu fiel companheiro nas viagens apostólicas, assistiu ao seu martírio e depois também ele foi vítima de cativeiro.

(† c. 1011)


13*. Em Riga, hoje na Letónia, junto ao mar Báltico, a comemoração de São Meinardo, bispo, que era monge na Alemanha quando, já em avançada idade, partiu para evangelizar a Letónia; ali construiu a igreja de Ikskile e, ordenado bispo, lançou os fundamentos da fé cristã nesta região.

(† 1196)


14*. Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Tiago de Ulm Griesinger, religioso da Ordem dos Pregadores, que, embora iletrado, era competentíssimo pintor de vitrais e durante cinquenta anos foi para todos exemplo ilustre de trabalho e oração.

(† 1491)


15. Em Calosso d’Ásti, na Lombardia, também região da Itália, o passamento de Santo Alexandre Sáuli, bispo de Aleria, na ilha da Córsega, depois bispo de Pavia, que, sendo membro da Congregação dos Clérigos Regrantes de São Paulo, socorreu os pobres com admirável caridade.

(† 1592)


16. Em Hanoi, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Pedro Lê Tuy, presbítero e mártir, que, pela sua fé em Cristo, foi degolado no tempo do imperador Minh Mang.

(† 1833)


17. Em Madrid na Espanha, Santa Maria da Soledade (Bibiana Antónia Manuela Torres Acosta), virgem, que, desde a juventude demonstrou admirável solicitude pelos enfermos pobres, aos quais socorreu com incansável abnegação, especialmente na Congregação das Servas de Maria, Ministras dos Enfermos por ela fundada.

(† 1887)


18*. Em Barcelona, também na Espanha, o Beato Ângelo Ramos Velázquez, religioso da Sociedade Salesiana, que, em tempo de perseguição contra a Igreja, consumou o bom combate da fé.

(† 1936)

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