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  • Sérgio Fadul - Sanctorum

São Calisto I


A Igreja comemora no dia 14 de outubro, a festa do Papa São Calixto I. Natural de Roma e sucessor de São Zeferino, pertence também ele ao grêmio dos Papas que deram a vida defendendo fé.


Foi escravo de Aurelius Carpoforus, pai da família imperial. Conta-se que Aurelius era cristão e pelas suas convicções acabou concedendo a liberdade a Calixto a quem, inclusive, doou uma soma para que ele pudesse abrir o próprio negócio.


Sucede que Calixto, não aproveitando a oportunidade, acabou fracassando, além do que chegou a apropriar-se de certa quantia de Aurelius e consequentemente acabou fugindo para Roma, onde foi capturado e teve de trabalhar para devolver o dinheiro furtado.


O pai do imperador, porém, deu-lhe uma segunda chance, determinando a sua libertação. Mesmo assim, Calixto envolveu-se em algumas aventuras desonestas, fazendo com que fosse enviado para Sardenha, onde passou um bom período submetido a penas forçadas, em trabalhos realizados junto às minas.


Nesta época reinava o imperador Cômodo e sua esposa Márcia, sendo um período, favorável aos cristãos exilados, pois muitos receberam a liberdade, tendo Calixto sido também beneficiado.


O Papa Zeferino, então, acabou contratando os serviços de Calixto. Desempenhou-se tão bem nas suas atividades, que acabou sendo nomeado secretário e posteriormente, homem de confiança do Papa. Ficou muito famoso pelo empreendimento de grandes feitos administrativos, dentre os quais a organização das catacumbas de Roma, onde estavam depositadas as relíquias dos santos da Igreja primitiva.


Grande parte destas catacumbas ficaram muito conhecidas e levam o seu nome (famosas catacumbas de São Calixto). Ali 46 Papas e milhares de mártires encontram-se enterrados. Possuem quatro pisos sobrepostos e mais de 20 quilômetros de corredores. Construiu também a Basílica de Santa Maria, em Trastevere, cuja primeira Igreja dedicou à Virgem Maria.


Após o martírio de São Zeferino, o clero e o povo de Roma elegeram São Calixto como a pessoa mais preparada para assumir o governo da Igreja.


Era notável sua fama de devoção e piedade. Havia, muito antes, declarado publicamente seus pecados, afirmando que, se um pecador sinceramente contrito, se entregasse à penitência e deixasse para trás suas maldades, poderia voltar a ser admitido entre os fiéis cristãos católicos, e que nenhum bispo o poderia destituir, mesmo que por grave pecado, caso se arrependesse e viesse a levar vida de conversão e penitência.


Ocorreu que um tal Hipólito, baseado no passado e associando nelas as declarações feitas, opôs-se terrivelmente, de forma que investiu de todas as formas para que Calixto fosse deposto do trono pontifício, mas seus argumentos não encontraram eco nem no seio da Igreja, nem junto aos cristãos católicos.


Durante seu pontificado, converteu muitos romanos ao cristianismo e curou a vários doentes que padeciam de graves enfermidades. Também defendeu e consolou a muito cristãos, vítimas de perseguições movidas pelos pagãos.


Costumava penitenciar-se com frequência, inclusive, chegou a submeter-se a 40 dias consecutivos de jejum. Combateu com constância as heresias adocianistas e modalistas.


Foi ele também vítima de uma grande insurreição popular. Havia entre os pagãos, ódio generalizado por causa do tratamento favorável que o imperador Eligobalo estava concedendo aos cristãos. No mesmo ano (222), porém, pouco antes do martírio de São Calixto, Eligobalo e sua mãe seriam assassinados.


Assumindo o imperador Alexandre Severo, não conseguiu deter o ódio popular e mandou prender Calixto, o qual foi enviado ao cárcere, onde deixaram-no por muitos dias sem comida e sem bebida.


Em silêncio, porém, foi encontrado pelos guardas com semblante muito tranquilo. Perguntaram-no se tinha fome ou sede após tanto tempo sem água ou comida, no que respondeu: “Acostumei meu corpo a passar dias e semanas sem comer e nem beber, por amor ao meu amigo Jesus Cristo”.


Foi no cárcere que, com suas orações, curou a esposa do carcereiro quando ela já agonizava. Por este milagre, o carcereiro deixou-se batizar com toda sua família, ingressando na santa religião cristã.


Finalmente, por ordem imperial, São Calixto foi jogado num poço profundo, que foi coberto até a boca com terra e diversos escombros. O poço de Calixto é um local turístico de Roma, e está situado no Tribunal do convento de São Calixto, próximo à Basílica de Santa Maria, em Trastevere, venerado até hoje pelos cristãos. Suas relíquias, porém, descansam no cemitério de Calepódio, em Aurélia.


ORAÇÃO


Concedei-nos, Senhor, pela intercessão de são Calisto, papa e mártir, a graça de sermos sempre muito firmes na defesa da verdade cristã e as graças que ardentemente vos pedimos.

Por Cristo, Nosso Senhor.

Amém


ORAÇÃO:


Atendei benignamente, Senhor, a oração do vosso povo e concedei-nos a proteção do Papa São Calisto, de quem celebramos com alegria o glorioso martírio. Por Nosso Senhor.

Amém


São Calisto I, orai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

14/10


1. São Calisto I, papa e mártir, que, sendo diácono, depois de um longo exílio na ilha da Sardenha, teve a seu cuidado o cemitério da Via Ápia que é designado com o seu nome, onde deixou para veneração da posteridade as memórias dos mártires; depois, eleito papa, promoveu a recta doutrina e reconciliou benignamente os apóstatas, terminando o seu intenso pontificado com a glória do martírio. Neste dia comemora-se a deposição do seu corpo no cemitério de Calepódio, junto à Via Aurélia, em Roma.

(† c. 222)


2. Em Cápua, na Campânia, região da Itália, São Lúpulo, mártir.

(† data inc. )


3. Em Rímini, na Emília, também na Itália, São Gaudêncio, que é venerado como primeiro bispo desta cidade durante o tempo de perseguição.

(† s. IV)


4. Em Bruges, no território da atual Bélgica, a comemoração de São Donaciano, bispo de Reims, cujas relíquias se conservam nesta cidade.

(† 389)


5. Em Tódi, na Úmbria, região da Itália, São Fortunato, bispo, que, como refere o papa São Gregório Magno, manifestou especialmente a sua virtude na assistência aos enfermos.

(† s. V)


6*. No território de Chalons, na Champagne, região da Gália, hoje na França, Santa Manequilde, virgem.

(† s. V)


7*. Em Lúni, na Ligúria, região da Itália, a comemoração de São Venâncio, bispo, que dedicou especial atenção ao clero e aos monges e teve a estima e amizade do papa São Gregório Magno.

(† s. VI)


8*. Em Beauvais, cidade da Nêustria, atualmente na França, Santa Angadrisma, abadessa do mosteiro fundado por Santo Ebrulfo e chamado Oratório, hoje Oroër-des-Vierges, porque tinha vários lugares de oração, onde o Senhor era venerado sem interrupção.

(† c. 695)


9*. Em San Severino, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, São Domingos – chamado Loricato, porque levava cingida ao corpo uma couraça de ferro – presbítero da Ordem Camaldulense, o qual, tendo sido ordenado simoniacamente, depois se fez eremita e, discípulo de São Pedro Damião, levou uma vida de austeridade e rigorosa observância.

(† 1060)


10♦. Em Kokura, no Japão, o Beato Diogo Kagayama Haito, mártir.

(† 1619)


11*. Em Angers, na França, o Beato Tiago Laigneau de Langellerie, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, por ser sacerdote foi decapitado.

(† 1794)


12*. Em Picadero de Paterna, localidade da província de Valência, na Espanha, a Beata Ana Maria Aranda Riera, virgem e mártir, que, em tempo de perseguição contra a fé cristã, derramou o seu sangue por Cristo.

(† 1936)


13*. No campo de concentração de Dachau, próximo de Munique, na Baviera, região da Alemanha, os beatos Estanislau Mysakowski e Francisco Roslaniec, presbíteros e mártires, que, durante a ocupação militar da Polónia por inimigos de Deus e da humanidade, consumaram o martírio na câmara de gás.

(† 1942)


14*. Em L’viv, na Ucrânia, o Beato Romano Lysko, presbítero e mártir, que, em tempo de perseguição contra a fé, seguindo os passos de Cristo, pela sua graça chegou ao reino celeste.

(† 1949)

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