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  • Sérgio Fadul - Basílica Santa Teresinha

São João Eudes


Fundador de duas Congregações: a Congregação de Jesus e Maria e a Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, conhecida como "Irmãs do Bom Pastor"


Origens


João Eudes nasceu no dia 14 de novembro de 1601, no vilarejo de Ri, perto de Argentan, norte da França. Seus pais se chamavam Isaac e Marta e eram profundamente religiosos. João Eudes foi o primogênito de sete filhos. Estudou com os jesuítas em Caen. No recreio, preferia ir à capela rezar. Quando adolescente, consagrou-se secretamente à Virgem Maria. Depois, sentiu o chamado de Deus para a vida religiosa. Antes de iniciar, porém, completou os estudos.


Torna-se padre


No ano 1623, formado e com a permissão de seus pais, João Eudes mudou-se para Paris, a fim de ingressar na Congregação do Oratório. Dois anos depois foi ordenado sacerdote, por que já tinha estudado. A partir de então, dedicou-se totalmente à pregação da Palavra de Deus entre o povo. Neste ministério, visitou cidades e vilarejos de várias regiões como Ile de França, Bretanha, Bolonha, e a Normandia.


Amor e fé


Estando na Normandia, região onde nascera, padre João Eudes presenciou a epidemia da peste negra, em 1627. Incansável, São João Eudes visitou quase todos os lugares atingidos, principalmente os vilarejos mais longínquos e esquecidos. Religioso sensível, levou a Palavra de Deus, conforto espiritual e assistência física aos doentes e suas respectivas famílias. Ao contrário de todos, São João Eudes Nunca teve medo de contrair a peste. Dizia brincando que “até a peste tinha medo de sua pele”. Mas tinha medo que os que estavam à sua volta pegassem a doença. Por isso, durante todo o tempo da peste, ele evitava entrar em casa. À noite, ia dormir dentro de um barril velho, deixado ao lado de um paiol.


Nasce a Congregação de Jesus e Maria


Interpretando os sinais dos tempos e inconformado com o rumo que os intelectuais vinham dando à sociedade, sobrepondo a razão em detrimento da fé, em 1643, São João Eudes fundou a Congregação de Jesus e Maria. Para isso, contou com a ajuda de alguns padres de Caen.


A missão principal da Congregação assumiu duas faces. Primeira: a formação doutrinal e espiritual dos sacerdotes e seminaristas. E a segunda, a pregação do Evangelho de acordo com as necessidades materiais e espirituais do povo. Além disso, eles difundiam a devoção aos sagrados corações de Jesus e Maria.


Nasce a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio


Seguindo o mesmo objetivo de chegar cada vez mais próximo das necessidades reais do povo, São João Eudes fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, destinada às mulheres, cujo carisma era atender e auxiliar moças que se prostituíam por causa da pobreza e também crianças abandonadas, para que não se perdessem no futuro. No século XIX, a Congregação passou a ser chamada de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, e as irmãs passaram a ser conhecidas “Irmãs do Bom Pastor”.


Missionários na revolução francesa


Junto com os missionários da Congregação de Jesus e Maria, São João Eudes, incansável, pregou milhares de missões populares. Os lugares por onde eles passaram, foram os que mais tiveram forças para resistir à tempestade antirreligiosa realizada pela revolução francesa. Além disso, São João Eudes foi o criador da devoção aos sagrados corações de Jesus e de Maria. Ele foi o primeiro a celebrar através de um culto litúrgico aprovado pela Igreja a festa do Imaculado Coração de Maria no ano 1648, e a do Sagrado Coração de Jesus no ano 1672. Hoje, essas celebrações integram o calendário litúrgico da Igreja.


Morte


São João Eudes faleceu na cidade de Caen, no norte da França. Era o dia 19 de agosto de 1680. Como legado, deixou para a Igreja as duas Congregações que fundou, milhares de religiosos e um extensa obra escrita que se destaca pelo grande valor teológico, pela profundidade e clareza. Sua canonização aconteceu em 1925 celebrada pelo Papa Pio II.


Oração a São João Eudes


“Dai-nos, Senhor, pela intercessão de São João Eudes, a graça da devoção aos Santos Corações de Jesus e Maria. Concedei-nos, por sua intercessão, o auxílio de que necessitamos. Amém. São João Eudes, rogai por nós!”

MARTIROLÓGIO ROMANO

19/08


1. São João Eudes, presbítero, que se dedicou durante muitos anos à pregação nas paróquias e fundou depois a Congregação de Jesus e Maria, para a formação dos sacerdotes nos seminários, e a das monjas de Nossa Senhora da Caridade, para fortalecer na vida cristã as mulheres penitentes; fomentou com grande ardor a devoção aos Sagrados Corações de Jesus e de Maria, até que, em Caen, na Normandia, região da França, adormeceu piedosamente no Senhor.

(† 1680)


2. Em Ceccano, no Lácio, região da Itália, São Magno, mártir.

(† data inc.)


3. No território de Tarragona, na Hispânia, São Magino, mártir.

(† data inc.)


4. Em Gaza, na Palestina, São Timóteo, mártir, que, durante a perseguição do imperador Diocleciano e o governador Urbano, depois de superar muitos suplícios, foi queimado a fogo lento.

(† c. 305)


5. Na Cilícia, na hodierna Turquia, Santo André, tribuno, e companheiros soldados, que, segundo conta a tradição, depois de uma batalha miraculosamente conseguida sobre os Persas, se converteram à fé em Cristo e, acusados por este motivo, no tempo do imperador Maximiano foram massacrados pelo exército do governador Seleuco, nos desfiladeiros dos montes Tauro.

(† s. IV)


6. Em Roma, junto à Via Tiburtina, perto de São Lourenço, o sepultamento de São Sisto III, papa, que conciliou as dissenções entre os patriarcados de Antioquia e de Alexandria e construiu em Roma para o povo de Deus a basílica de Santa Maria no Esquilino.

(† 440)


7. No território de Sisteron, na Gália, atualmente na França, São Donato, presbítero, que, segundo a tradição, passou muitos anos de vida anacorética.

(† s. VI)

8*. No mosteiro de Bóbbio, na Ligúria, hoje na Emília-Romanha, São Bertolfo, abade, sucessor de Santo Atala no mesmo cenóbio.

(† 639)


9. Em Nuremberga, na Francónia, hoje na Alemanha, o Sebaldo, eremita.

(† s. IX-X)


10*. Na Calábria, região da Itália, São Bartolomeu de Símeri, presbítero e abade, que, depois de algum tempo de vida eremítica, fundou o mosteiro dos Gregos.

(† 1130)


11*. No mosteiro de Igny, na França, o Beato Guerrico, abade, que, como verdadeiro discípulo de São Bernardo, não podendo dar aos seus confrades um exemplo de trabalho por causa da sua debilidade corporal, com grande humildade e caridade os ajudava muito com assíduas exortações espirituais.

(† 1151/1157)


12*. No mosteiro de Cava de’ Tirréni, na Campânia, região da Itália, o Beato Leão II, abade.

(† 1295)


13. Em Brignoles, na Provença, região da França, o passamento de São Luís, bispo, sobrinho do rei São Luís, que procurou mais a pobreza evangélica que as honras e louvores do mundo e, ainda jovem na idade mas maduro na virtude, foi elevado à sede episcopal de Toulouse; e, passado pouco tempo, consumido pela precária saúde, adormeceu piedosamente no Senhor.

(† 1297)


14*. Em Piacenza, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Jordão de Pisa, presbítero da Ordem dos Pregadores, que explicava ao povo em língua vulgar a mais profunda doutrina com grande simplicidade.

(† c. 1311)


15*. Em Acquapagana, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Ângelo, eremita, da Ordem dos Camaldulenses.

(† 1313)


16♦. Em Hagi, no Japão, o Beato Damião, catequista e mártir.

(† 1605)


17*. Em Nagasáki, no Japão, os beatos mártires Luís Flores, presbítero da Ordem dos Pregadores, Pedro de Zuñiga, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, e treze companheiros[1], marinheiros japoneses, que, ao chegarem ao porto foram imediatamente presos por causa da fé cristã e, depois de vários suplícios, todos receberam a mesma coroa do martírio.

[1] São estes os seus nomes: Joaquim Hirayama, Leão Sukeyemon, João Soyemon, Miguel Díaz, António Yamada, Marcos Takenoshima Shinyemon, Tomé Koyanagi, Tiago Matsuo Denshi, Lourenço Rokuyemon, Paulo Sankichi, João Yago, João Nagata Matakichi, Bartolomeu Mohioye.

(† 1622)


18*. Em Dorchester, na Inglaterra, o Beato Hugo Green, presbítero e mártir, que, depois de ordenado em Douai, exerceu o ministério durante trinta anos na pátria, até que, no reinado de Carlos I, longa e cruelmente dilacerado, mereceu associar-se à paixão de Cristo.

(† 1642)


19. Em Monteagudo, na região de Navarra, na Espanha, Santo Ezequiel Moreno Díaz, bispo de Pasto, na Colômbia, da Ordem dos Recoletos de Santo Agostinho, que passou a vida a anunciar o Evangelho, tanto nas Filipinas como na América do Sul.

(† 1906)


20*. Em Llosa de Ranes, localidade da província de Valência, também na Espanha, o Beato Francisco Ibáñez Ibáñez, presbítero e mártir, que, durante a perseguição contra a fé, terminou a sua vida seguindo a Cristo até à morte.

(† 1936)


21*. Em Gandia, também na Espanha, o Beato Tomás Sitjar Fortiá, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, na mesma perseguição, derramou o seu sangue por Cristo.

(† 1936)


22*. No lugar chamado El Saler, também na região de Valência, as beatas Elvira da Natividade de Nossa Senhora (Elvira Torrentallé Paraire) e companheiras[2], virgens do Instituto das Irmãs Carmelitas da Caridade e mártires, que, também na mesma perseguição, combatendo pela fé em Cristo Esposo, alcançaram a recompensa eterna.

[2] São estes os seus nomes: Rosa de Nossa Senhora do Bom Conselho (Rosa Pedret Rull), Maria de Nossa Senhora da Providência (Maria Calaf Miracle), Francisca de Santa Teresa (Francisca de Amesúa Ibaibarriaga), Maria dos Desamparados do Santíssimo Sacramento (Maria Giner Lister), Teresa da Mãe do Divino Pastor (Teresa Chambó Palés), Águeda de Nossa Senhora das Virtudes (Águeda Hernández Amorós), Maria das Dores de São Francisco Xavier (Maria das Dores Vidal Cervera) e Maria das Neves da Santíssima Trindade (Maria das Neves Crespo López).

(† 1936)

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