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  • Sérgio Fadul - Heroínas da Cristandade

Santa Inês de Monte Pulciano


Origens


Inês nasceu no dia 28 de janeiro de 1268, numa aldeia chamada Graciano, vizinha da cidade de Monte Pulciano. Por isso, ela é chamada de Santa Inês de Monte Pulciano. Filha de uma família riquíssima chamada Segni, desde muito pequena manifestou vocação para a vida religiosa. Aos seis anos disse a seus pais que queria se tornar freira. Por isso, quando completou nove anos seus pais a entregaram aos cuidados das freiras de São Domingos, onde ela passou a viver.


Precocidade


No convento, Santa Inês de Monte Pulciano abraçou a vida religiosa e fez desabrochar seu espírito de santidade e sabedoria. Tanto que, com apenas quinze anos, foi eleita superiora. Esta decisão foi estudada e aprovada pelo Papa Nicolau VI através de documento oficial. E, apesar da pouca idade e de ter vivido grande parte de sua vida no convento, Santa Inês de Montepulciano demonstrou grande percepção da realidade para além dos muros do convento.


Um prostíbulo se torna o alvo de Santa Inês de Monte Pulciano


Havia na cidade de Monte Pulciano um prostíbulo famoso, frequentado por um grande número de mulheres. A partir de determinada época, Madre Inês começou a dizer para as freiras que, um dia, aquela casa seria transformada num convento. As irmãs não estranharam, pois já conheciam a determinação, o dom da profecia e a santidade da jovem Madre Inês. E assim aconteceu. Ela mesma começou a visitar as mulheres do prostíbulo apresentando a elas o Evangelho de Jesus, um sentido novo para a vida e a misericórdia de Deus, que deseja que todos cheguem ao conhecimento da verdade. Ela percebeu no prostíbulo almas generosas, que estavam ali por ignorância, por falta de oportunidades e pelas tragédias da vida.


Transforma o prostíbulo num convento


Quando as prostitutas começaram conhecer a fé, a esperança e a caridade vividas por Santa Inês de Monte Pulciano, a prostituição começou a perder o sentido para elas. E aquelas mulheres marcadas, marginalizadas e sem horizonte, foram recuperando a dignidade e se transformando em pessoas cheias de vida e amor. Conhecedoras da miséria humana como ninguém, elas passaram a ser conhecedoras da misericórdia de Deus que cura e que transforma os corações. Assim, depois de algum tempo, aquele prostíbulo famoso tinha se transformado num convento habitado por ex-prostitutas. E este convento em especial, se tornou modelo de virtude, de ordem, de amor, de oração e de fraternidade entre as irmãs. Todos reconheciam a presença de Deus agindo e recuperando pessoas que não tinham mais nenhuma esperança.


Morte


A precocidade de Santa Inês de Monte Pulciano ocorreu em todos os aspectos, inclusive na sua morte. Com efeito, ela tinha menos de cinquenta anos quando foi acometida por uma dolorosa enfermidade. Pressentindo sua morte, ela bendisse a Deus, sabendo que tinha deixado discípulas fiéis, inclusive entre as ex-prostitutas. Assim, faleceu na paz do Senhor em 20 de abril do ano 1317. Sua sepultura passou a ser alvo de peregrinações e grandes milagres aconteceram ali por sua intercessão. Os maiores dentre eles, foram conversões de pecadores conhecidos e famosos, que mudaram suas vidas ao conhecerem a história de Santa Inês de Monte Pulciano e pedirem sua intercessão.


Corpo incorrupto


Por causa do grande movimento de fiéis no túmulo, decidiram traslada-lo para uma igreja dominicana. Quando abriram sua tumba, vários anos após sua morte, viram que seu corpo estava incorrupto, em perfeito estado de conservação. Assim, seu corpo foi levado para uma bela Igreja Dominicana em Orvieto, onde se encontra até hoje. Ela foi canonizada em 1726 pelo Papa bento XIII e brilha nos altares como uma luz da sabedoria, da misericórdia e do amor de Deus especialmente para com os pecadores.


Oração a Santa Inês de Monte Pulciano


“Santa Inês, exemplo de humildade, caridade, vigilância, vida de intensa oração, abençoai-me e olhai para mim. Pois vos olho como a uma mãe misericordiosa, que intercederá junto a Deus por mim e minha família, já que necessitamos de tantas virtudes e graças. Que esta fome de Deus em nós seja saciada, que a perseverança na oração, conceda-nos tudo o que nosso coração tanto deseja e precisa. Concedei-nos a vossa fé, vossa beleza interior, o vosso amor.

Que assim seja. Amém.”


Santa Inês, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

20/04


1. Em Roma, Santo Aniceto, papa, que recebeu fraternalmente o hóspede insigne São Policarpo, para dialogar com ele sobre o dia da Páscoa.

(† c.166)


2. Também em Roma, a comemoração dos santos Sulpício e Serviciano, mártires, cujos corpos foram sepultados na Via Latina a três milhas da cidade.

( † data inc.)


3. Em Córdova, na Hispânia Bética, São Secundino, mártir.

(† s. IV)


4. Em Embrun, na Gália, hoje na França, São Marcelino, primeiro bispo desta cidade, que, tendo vindo da África, converteu à fé de Cristo a maior parte desta região dos Alpes Marítimos e foi ordenado para esta sede episcopal por Santo Eusébio de Vercelas.

(† c.374)


5. Em Auxerre, na Gália Lionense, também na atual França, São Marciano, monge.

(† c. 488)


6. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São Teodoro, que, chamado Triquinas por causa do áspero cilício de crinas que usava sempre, levou uma vida de grande virtude na solidão.

(† s. V)


7. Em Antioquia, na Síria, hoje Antakya, na Turquia, Santo Anastásio, bispo e mártir, que, no tempo do imperador Focas, foi cruelmente assassinado por sicários.

(† 609)


8*. No território de Laurino, perto de Paéstum, na Campânia, região da Itália, Santa Heliena, virgem, que, firmemente animada pelas obras de Cristo, retirando-se para um lugar deserto, se consagrou total e incansavelmente a Deus no serviço dos religiosos e dos enfermos.

(† s. VII)


9*. Em Osnabrück, na Saxónia, na actual Alemanha, São Vião, bispo, natural da Frísia, que foi enviado como abade pelo imperador Carlos Magno para evangelizar os Saxões e depois, eleito bispo da Igreja de Osnabruck, suportou por Cristo muitas tribulações.

(† 804)


10*. No mosteiro de Châteliers, no território de Poitiers, região da França, o Beato Geraldo de Sales, que, vivendo pobre como cónego regrante e mais pobre ainda como eremita e entregue a árduas penitências, a muitos inflamou no amor de Deus, atraindo-os à vida eremítica, e fundou numerosas casas de cónegos regrantes.

(† 1120)


11*. Em Pisa, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Domingos Vernagálli, presbítero da Ordem Camaldulense, que construiu um hospício para órfãos.

(† 1218)


12. Em Montepulciano, também na Etrúria e hoje na Toscana, Santa Inês, virgem, que aos nove anos tomou as vestes das virgens sagradas e ainda com quinze anos foi eleita, contra a sua vontade, superiora das monjas de Proceno; depois fundou um mosteiro em Montepulciano segundo a observância de São Domingos, onde deu exemplo admirável de verdadeira humildade.

(† 1317)


13*. Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Simão de Tódi Rinaldúcci, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que instruiu os jovens estudantes e o povo de Deus com a palavra da sua pregação e o exemplo da sua vida.

(† 1322)


14*. Em Lencastre, na Inglaterra, os beatos Jaime Bell e João Finch, mártires: o primeiro, presbítero, depois de ter passado vinte anos noutra confissão, orientado pela exortação de uma piedosa mulher reconciliou-se com a Igreja católica; o segundo, pai de família, agricultor e catequista, pela sua fé suportou durante muitos anos o cárcere, a fome e outros tormentos; no reinado de Isabel I, ambos alcançaram ao mesmo tempo a felicidade eterna.

(† 1584)


15*. Em Londres, também na Inglaterra, os beatos Ricardo Sargeant e Guilherme Thomson, presbíteros e mártires, que, condenados à morte por terem entrado como sacerdotes na Inglaterra e aí permanecerem, padeceram no patíbulo de Tyburn o extremo suplício.

(† 1584)


16*. Em Clonmel, na Irlanda, o Beato Maurício MacKenraghty, presbítero e mártir, que, depois de dois anos de cativeiro, recusando sempre a autoridade da rainha Isabel I nos assuntos espirituais, foi condenado ao suplício do patíbulo.

(† 1585)


17*. Em York, na Inglaterra, o Beato António Page, presbítero e mártir, homem pacífico e honrado, que foi condenado a cruéis torturas em ódio ao sacerdócio.

(† 1593)


18*. Em Londres, também na Inglaterra, os beatos Francisco Page, da Companhia de Jesus, e Roberto Watkinson, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, em ódio ao sacerdócio – o segundo ordenado presbítero apenas um mês antes – foram ambos obrigados a subir simultaneamente ao patíbulo de Tyburn.

(† 1602)


19*. Em Pianello, junto ao lago Como, na Itália, a Beata Clara Bossatta (Dina Bossatta), virgem, que, com o auxílio de São Luís Guanella, fundou o Instituto das Filhas de Santa Maria da Providência.

(† 1887)


20*. No percurso do campo de concentração de Dachau para Hutheim, localidade próxima de Linz, na Áustria, o Beato Anastásio Pankiewicz, presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, que, contra um regime opressor da dignidade cristã, deu testemunho da sua fé até à morte.

(† 1942)

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