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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

Santo André Apóstolo


Santo André


Origens

André era irmão de Simão (posteriormente chamado de Pedro por Jesus). Ambos eram filhos de um pescador chamado Jonas e nasceram na cidade de Betsaida, às margens do Lago de Genesaré, também conhecido como Mar da Galiléia. André e Pedro eram pescadores como o pai, sócios de João e Tiago (também discípulos de Jesus) numa comunidade de pesca e moravam em Cafarnaum no tempo em que o Mestre apareceu. Às margens do Mar da Galileia, Cafarnaum era bem maior que Betsaida, recebia gente de todo lugar e era bem mais promissora.


Discípulo de João Batista

Antes de serem discípulos de Jesus, André e João, irmão de Tiago, foram discípulos de João Batista. Foi João Batista, aliás, quem apresentou Jesus a esses dois, dizendo: “Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo.” Os dois foram atrás de Jesus. O encontro com o Mestre deve ter sido maravilhoso porque, João, depois de mais de 60 anos, quando escreveu seu Evangelho, lembrou-se até da hora em que ele e André encontraram o Mestre: “Eram quatro horas da tarde”. (Jo 1, 35-40)


Primeiro discípulo de Jesus

André, juntamente com João, foram os primeiros a se tornarem discípulos de Jesus. O fato de ter sido discípulo de João Batista mostra que Santo André era um homem ligado à religião e estava em busca de algo mais. Depois de encontrar Jesus ele faz questão de levar seu irmão Pedro até o Mestre afirmando "Encontramos o Messias". Ele não guardou para si a graça de ter encontrado o Senhor. Por isso, foi o primeiro discípulo a apresentar futuros discípulos a Jesus.


Santo André no grupo dos doze

André era indicado pelos próprios discípulos como o "segundo na hierarquia", estando abaixo somente de Pedro, o líder escolhido por Jesus. Nas listas dos Apóstolos citadas nos Evangelhos, André figura entre os quatro primeiros. A Tradição diz que Santo André era mais velho que Pedro. Porém, não se sabe era casado, como o irmão, ou se teve filhos. Sabe-se que, após seu encontro com Jesus, deixou tudo para seguir o Mestre.


Santo André nos Evangelhos

Santo André é mencionado doze vezes no Novo testamento. Além de ser descrito como primeiro discípulo, Santo André é citado no milagre da multiplicação dos pães. É ele quem apresenta o menino que tem cinco pães e dois peixes. (Jo 6, 8-14). Quando gregos pedem para ver Jesus, Filipe vai falar com André e André fala com Jesus. O fato evidencia a autoridade de André. Santo André participou de toda a vida pública de Jesus, viu todos os milagres que o Mestre realizou, ouviu todas as suas pregações e ensinamentos. Experimentou a própria fraqueza fugindo quando Jesus foi preso, mas experimentou também a alegria do perdão vindo de Jesus ressuscitado e a força do Espírito Santo no dia de Pentecostes. Tudo isso moldou para sempre sua personalidade e ele se tornou um grande Apóstolo.


O apostolado de Santo André

Logo após a Vinda do Espírito Santo, Santo André ajudou a fortalecer a Igreja nascente na Palestina. Depois, porém, partiu para anunciar o Evangelho em vários lugares da região, fixando-se em Patras, na Grécia. Lá, formou uma comunidade cristã forte, modelo para outras comunidades. Ali surgiu uma igreja viva, rica em discípulos e missionários. Vários milagres aconteceram pela oração de Santo André.


Martírio

Porém, ali também foi o local do seu martírio. Por causa do crescimento da comunidade cristã, o governador local chamado Egéas, subordinado ao imperador Nero, prendeu Santo André porque o santo afirmava que Jesus era um juiz mais importante e acima dele (Egéas). O governador exigiu depois que Santo André adorasse os deuses pagão da região. O santo negou e ainda afirmou que aqueles deuses eram demônios. Por isso, Egéas condenou-o à crucificação. Santo André aceitou a sentença com alegria, pois sempre pregou a grandeza da cruz de Cristo. Antes de morrer, doou seus bens e suas roupas a seus carrascos e resistiu dois dias de grande sofrimento pregado numa cruz em forma de “X”. Antes de sua morte, uma forte luz envolveu todo o seu corpo e depois se apagou. Era o dia 30 de novembro de 60. Em 357, o imperador Constantino, convertido ao cristianismo, trasladou os restos mortais de santo André para Constantinopla. Depois, essas relíquias foram trasladadas para Roma, onde estão até hoje, guardadas na Catedral de Amalfi.


Oração a Santo André

“Santo André, Apóstolo de Jesus Cristo, que conheceste a exigência e a alegria de seu primeiro pelo, dá-nos a graça de responder-lhe com a mesma fidelidade, de O servir cada dia no lugar que Ele para nós escolheu. Tu que distribuíste à multidão faminta o pão que o Senhor multiplicava em tuas mãos, obtém para nossa pobreza o mesmo milagre. Faze que esperemos o socorro de Deus com a invencível esperança do amor, preocupados unicamente com o advento de seu Reino. Testemunha da boa-nova que tua voz levou até as extremidades da terra, conserva nos apóstolos de nosso tempo esta fé viva que transporta montanhas e constrói o Reino. Mártir de teu testemunho, concede-nos a graça de união à Cruz de Jesus Cristo; que ela seja a alegria de nossa vida e o penhor de nossa ressurreição na claridade de Deus. Amém!”



MARTIROLÓGIO ROMANO

30/11


1, Festa de Santo André, Apóstolo, natural de Betsaida, irmão de Simão Pedro e pescador como ele. Foi o primeiro dos discípulos de João Baptista a ser chamado pelo Senhor junto ao Jordão e que O seguiu, apresentando-Lhe também seu irmão; depois do Pentecostes, segundo a tradição, pregou o Evangelho na região da Acaia, na Grécia, e foi crucificado em Patras. A Igreja de Constantinopla venera-o como seu mais insigne patrono.

2. Em Milão, na Ligúria, agora na Lombardia, região da Itália, São Mirocletes, bispo, que Santo Ambrósio menciona entre os bispos fiéis que o precederam.

(† d. 314)


3*. Na Bretanha Menor, na hodierna França, São Tudual, apelidado Pabu, abade e bispo, que construiu um mosteiro no território de Tréguier.

(† s. VI)


4. No monte Siépi, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, São Galgano Guidotti, eremita, que se converteu a Deus depois de uma juventude dissipada e viveu o resto da sua vida em voluntária mortificação corporal.

(† 1181)


5*. Em Montpellier, na Provença, atualmente na França, o Beato João de Vercelas Garbella, presbítero, mestre geral da Ordem dos Pregadores, que na sua pregação recomendou intensamente a devoção ao nome de Jesus.

(† 1283)


6*. Em Ratisbona, na Baviera, região da Alemanha, o Beato Frederico, religioso da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que, sendo hábil carpinteiro, se distinguiu pelo fervor na oração, obediência e caridade.

(† 1329)


7. Em Lanceston, na Inglaterra, São Cutberto Mayne, presbítero e mártir, que, convertido à fé católica e ordenado sacerdote, exerceu o ministério na Cornualha, até que, no reinado de Isabel I, condenado à pena capital por ter dado a conhecer publicamente uma Bula Apostólica, foi conduzido ao suplício do patíbulo, sendo o primeiro mártir dos alunos do Colégio dos Ingleses de Douai.

(† 1577)


8*. Em York, também na Inglaterra, o Beato Alexandre Crow, presbítero e mártir, que, tendo passado de humilde costureiro ao ministério sacerdotal, no mesmo reinado de Isabel I, por ser sacerdote foi condenado ao patíbulo e consumou o seu glorioso martírio.

(† 1586)


9. Em Quixan, localidade do Sichuan, província da China, São Tadeu Liu Ruiting, presbítero e mártir, que foi estrangulado em ódio à fé.

(† 1823)


10. Em Hué, no Anam, agora no Vietnam, São José Marchand, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris e mártir, que, no tempo do imperador Minh Mang, foi condenado ao suplício dos cem açoites.

(† 1875)


11*. Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, na Espanha, o Beato Miguel Francisco Ruedas Mejias e seis companheiros[1], mártires, religiosos da Ordem de São João de Deus, homens insignes pelo seu testemunho de fé cristã, que, durante a cruel perseguição religiosa, foram vítimas da violência dos inimigos da Igreja e partiram ao encontro do Senhor.

[1] São estes os seus nomes: Diogo de Cádiz (Tiago García Molina), Nicéforo Salvador del Río, Romão (Rafael Touceda Fernández), religiosos; Artur Donoso Murillo, Jesus Gesta de Piquer e António Martínez Gil-Leonis, professos.

(† 1936)


12*. Em Valência, também na Espanha, o Beato José Otin Aquilué, presbítero da Sociedade Salesiana e mártir, que, na mesma perseguição, pela sua invencível constância na fé alcançou o reino celeste.

(† 1936)


13♦. Em Paracuellos del Jarama, localidade próxima de Madrid, os beatos Agostinho Renedo Martino, presbítero da Ordem de Santo Agostinho e quarenta e nove companheiros[2] mártires, que, durante a perseguição contra a Igreja, pelo seu testemunho de Cristo receberam a coroa do martírio.

[2] São estes os seus nomes: Artur Garcia de la Fuente, Bento Rodríguez González, Conrado Rodríguez Gutiérrez, Constantino Malumbres Francês, Dâmaso Arconada Merino, Gerardo Gil Leal, Estêvão Garcia Suárez, Francisco Marcos del Rio, Jesus Largo Manrique, João Monedero Fernández, João Sánchez Sánchez, Joaquim Garcia Ferrero, Alfredo Fernando Fariña Castro (José Agostinho), Julião Zarco Cuevas, Luís Suárez-Valdés Díaz de Miranda, Mariano Revilla Rico, Matias Espeso Cuevas, Melchior Martínez Altuña, Miguel Cerezal Calvo, Pedro de la Varga Delgado, Pedro Martínez Ramos, presbíteros da Ordem de Santo Agostinho; Dionísio Terceño Vicente, José Gando Uña, José López Piteira, Nemésio Garcia Rúbio, diáconos da mesma Ordem; Bernardino Calle Franco, Francisco Fuente Puebla, Gerardo Pascual Mata, Heliodoro Merino Merino, Isidro Mediavilla Campo, José António Pérez Garcia, José Dalmau Regas, José Noriega González, Júlio Marcos Rodríguez, Júlio Maria Fíncias, Luís Ábia Melendro, Macário Sánchez López, Máximo Valle Garcia, Miguel Iturrarán Laucirica, Nemésio Díez Fernández, Pedro José Carbajal Pereda, Pedro Simón Ferrero, Ramiro Alonso López, Ricardo Marcos Reguero, Romão Martin Mata, Tomás Sánchez López, Vítor Cuesta Villalba, religiosos da mesma Ordem; Amado Cubeñas Diego-Madrazo e Vicente Peña Ruiz, presbíteros da Ordem dos Pregadores.

(† 1936)


14*. Perto de Munique, na Baviera, região da Alemanha, no campo de concentração de Dachau, o Beato Luís Roque Gientyngier, presbítero e mártir, que, no tempo da ocupação militar da Polónia durante a guerra, foi vítima dos crimes cometidos pelo regime inimigo da fé e entregou o seu espírito a Deus.

(† 1941)

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