Jacques Hamel, o padre francês que foi degolado por extremistas, é beatificado pelo Papa Francisco.

Em celebração realizada na Casa Santa Marta, no Vaticano, o Papa Francisco dedicou uma missa ao padre francês Jacques Hamel, martirizado por jihadistas, dentro de uma igreja em Saint-Étienne-du-Rouvray, nos arredores de Rouen, na França. . No dia 26 de julho de 2016, dois homens de um grupo extremista invadiram a Igreja onde o padre celebrava uma missa. Alguns fiéis ainda disseram que Padre Jacques, que tinha 85 anos e tinha grande vigor para o serviço, ainda conseguiu que alguns fieis fossem libertos, antes da barbárie. Os homens obrigaram que ele se ajoelhasse e desferiram o golpe, cortando seu pescoço.

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Papa Francisco disse para os 80 peregrinos da diocese de Rouen: "Padre Jacques é um mártir, e os mártires são beatos. Devemos rezar a ele para que nos dê suavidade, fraternidade, paz. E também a coragem de dizer a verdade: matar em nome de Deus é satânico". . O Papa também disse que hoje existem mais mártires do que nos primeiros anos do cristianismo. "Hoje, há cristãos assassinados, torturados, encarcerados, degolados porque não renegam Jesus Cristo. Assim chegamos ao nosso padre Jacques, que faz parte dessa cadeia de mártires". O Papa pediu para o arcebispo de Rouen, Monsenhor Dominique Lebrun, que pendurasse uma foto do sacerdote nas Igrejas da diocese. "Ele é beato agora. Se alguém te disser que você não tens permissão, fale que o papa te deu permissão", afirmou. O processo de beatificação pede a comprovação de um milagre, porém esta condição é dispensada no caso de martírio, e costuma ser considerado o primeiro passo para a canonização. Quando é beatificada, a pessoa passa a ser digna de veneração e de receber orações. Com estas declarações, o Vaticano fará procedimentos formais para beatificar o padre francês. Hamel era sacerdote da Igreja Católica desde 1958. A sua morte marca o primeiro ataque extremista de outra religião contra um símbolo do cristianismo em solo europeu.