- Sérgio Fadul - Cruz Terra Santa
Santo Apolônio
Filósofo, Apologeta e Mártir
Origens
Apolônio era um romano ilustre e pertencente à nobreza. Mais precisamente, foi senador romano no tempo do imperador Cômodo, que reinou entre 161-192 dC. Destacou-se no senado como homem cheio de talentos, pautado por uma ética irrepreensível, extremamente culto e educado. Versado na filosofia grega e romana, ele encontrou no Cristianismo a consumação da verdadeira ética e da sabedoria que vem de Deus. Ele encontrou em Jesus Cristo a verdade suprema que ilumina todo homem que vem a este mundo. Por isso, converteu-se e foi batizado.
Um senador cristão no tempo da perseguição
Apolônio assumiu a fé cristã sem receios no senado romano. Por algum tempo, ele foi respeitado por causa de seu passado ilustre e sem mancha. Muitos se perguntavam “Porque um homem da envergadura do Senador Apolônio abraçou a fé cristã, uma fé proibida pelo imperador? E ele respondia dizendo que a verdade mais profunda e o verdadeiro sentido da vida só se encontra em Jesus Cristo. Dizia ainda como filósofo que a ética perfeita só será encontrada no cristianismo. Como Apolônio era um orador excepcional, conquistava o coração de muitos, que se convertiam à nova fé.
Senador denunciado
O comportamento de Santo Apolônio, porém, ao mesmo tempo que agradava a alguns, desagradava a outros. E não demorou muito até que ele fosse denunciado a Perennuius, prefeito pretoriano de Roma, como cristão e disseminador do cristianismo. Como era senador, Santo Apolônio teve a possibilidade de apresentar sua defesa diante do senado romano. Lá, leu um volume admirável de escritos que defendiam a fé cristã e a colocavam como a única esperança para a humanidade e para o império romano.
Apologeta
Santo Apolônio defendeu a fé cristã brilhantemente, com argumentos irrefutáveis diante da lógica, ciência na qual era um expert. Por esta razão, Santo Apolônio é chamado de “Apologeta”, uma palavra de origem latina que significa “aquele que defende sua fé” com argumentação lógica e contundente.
Condenação
Diante toda a força da argumentação de Santo Apolônio no senado romano, muitos se tornaram simpatizantes da fé cristã e, mais tarde, muitos se converteram. Porém, mesmo assim Apolônio foi condenado pela prática e disseminação do cristianismo. A acusação teve como base não uma argumentação à altura, ou que refutasse seus argumentos, mas sim a breve citação da lei outorgada por Trajano, imperador romano, que proibia a prática do cristianismo.
Coragem
Santo Apolônio disse, diante de sua condenação, que não tinha medo de morrer e afirmou: "Há algo melhor esperando por mim: vida eterna, dada à quem viveu bem na terra". Além disso, não deixou de argumentar sobre a superioridade da Doutrina Cristã no que diz respeito à vida, à morte, à ética, ao amor, à justiça e à verdade. Muitos se convenceram ao ouvirem seus argumentos, mas não tiveram força política para evitarem sua condenação.
Morte
Como senador e cidadão romano, Santo Apolônio tinha direito à pena de morte aplicada aos romanos: a decapitação. Era uma morte “honrosa”, que não infringia ao condenado as torturas terríveis destinadas aos que não eram cidadãos romanos. Antes da aplicação da pena, ele teve ainda a oportunidade de renegar a fé cristã e escapar da morte, mas ao invés de renega-la, fez uma bela e solene profissão de fé. Preferiu morrer a negar Jesus Cristo, seu Senhor. Assim, foi decapitado no dia 18 de abril do ano 185. Seu testemunho de fé entrou para a história do cristianismo e muitos se converteram por causa de seu exemplo. Como mártir, passou a ser venerado como santo no dia de sua morte, 18 de abril.
Oração a Santo Apolônio
“Ó Deus, que destes a Santo Apolônio a graça de conhecer-vos profundamente e de conhecer e propagar a Doutrina Cristã, dai-nos a graça deste conhecimento para que possamos defender a fé onde quer que estejamos com coragem e sabedoria. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo, amém.”
Santo Apolônio, rogai por nós!
MARTIROLÓGIO ROMANO
18/04
1. Em Melitene, na antiga Arménia, hoje na Turquia, os santos Hermógenes e Elpídio, mártires.
(† data inc.)
2. Na Pérsia, atualmente no Iraque, São Pusício, mártir, que, sendo superintendente dos artesãos do rei Sapor II, por ter encorajado o presbítero Ananias que parecia hesitar, foi trespassado no pescoço e morreu no Sábado Santo, alcançando um lugar insigne entre a multidão dos mártires trucidados depois de São Simeão.
(† 341)
3*. Em Fano, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, Santo Eusébio, bispo, que acompanhou o papa São João I, enviado pelo rei Teodorico a Constantinopla, seguindo-o também, depois do regressso, no cárcere em que foram encerrados.
(† c. 526)
4*. Em Leighlin, na Irlanda, São Lariano ou Molássio, abade, que difundiu pacificamente na ilha a celebração da Páscoa segundo o costume romano.
(† 638)
5. No cenóbio de Lobbes, no Hainaut, hoje na Bélgica, Santo Usmaro, bispo e abade, que propagou a regra de São Bento e conduziu o povo da região à fé cristã.
(† 713)
6. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, Santa Antusa, virgem, filha do imperador Constantino Coprónimo, que empregou todos os seus bens para ajudar os pobres, redimir os escravos, restaurar igrejas e construir mosteiros, e recebeu do bispo São Tarásio o hábito religioso.
(† fin. s. VIII)
7. Na ilha Egina, na Grécia, Santa Atanásia, viúva, depois eremita e hegúmena, ilustre pela sua observância da disciplina monástica e grandes virtudes.
(† s. IX)
8. Também na ilha Egina, São João Isauro, monge, que foi discípulo de São Gregório Decapolita e, no tempo do imperador Leão o Arménio, combateu valorosamente em defesa das sagradas imagens.
(† d. 842)
9. Em Córdova, na Andaluzia, região da Espanha, São Perfeito, presbítero e mártir, que, por ter combatido a doutrina de Maomé e professado firmemente a fé em Cristo, foi encerrado no cárcere e depois passado ao fio da espada pelos Mouros.
(† 850)
10*. Em Bruges, na Flandres, atualmente na Bélgica, o beato Idesbaldo, abade, que, depois de ter ficado viúvo e ter exercido funções no palácio condal durante trinta anos, ingressou no mosteiro de Dune, que dirigiu santamente como terceiro abade durante doze anos.
(† 1167)
11. Em Milão, na Lombardia, região da Itália, São Galdino, bispo, que trabalhou diligentemente para restaurar a cidade devastada pela guerra e, depois de uma pregação contra os hereges, entregou o espírito a Deus.
(† 1176)
12*. Em Montereale, nos Abruzos, região da Itália, o Beato André, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, que se dedicou à pregação na Itália e na França.
(† 1479)
13*. Em Gandia, cidade da província de Valência, na Espanha, o Beato André Hibernon, religioso da Ordem dos Frades Menores, que, tendo sido na sua juventude espoliado de todo os bens pelos ladrões, cultivou de modo admirável a pobreza.
(† 1602)
14*. Em Pontoise, próximo de Paris, na França, a Beata Maria da Encarnação (Bárbara Avrillot), exemplar mãe de família e mulher de admirável piedade, que introduziu o Carmelo na França e fundou cinco mosteiros, até que, após a morte do esposo, ela própria professou a vida religiosa.
(† 1618)
15*. Em Angers, na França, o Beato José Moreau, presbítero e mártir, que, durante a Revolução Francesa, foi degolado em ódio à fé cristã na Sexta-Feira da Paixão do Senhor.
(† 1794)
16♦. Em Veneza, cidade da Itália, Beato Lucas Passi, presbítero e fundador da Congregação das Irmãs Mesras de Santa Doroteia.
(† 1866)
17*. Em Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, a Beata Sabina Petrílli, virgem, que fundou a Congregação das Irmãs de Santa Catarina de Sena, para socorrer as jovens indigentes e os pobres mais necessitados.
(† 1923)
18*. Em Majdanek, localidade próxima de Lublin, na Polónia, o Beato Romano Archutowski, presbítero e mártir, que, por causa da fé cristã, foi encerrado no cárcere pelos soldados estrangeiros e, exausto pela fome e pela enfermidade, alcançou a glória eterna.
(† 1943)
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