- Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa
Santa Rosália de Palermo
Padroeira de Palermo, Itália
Protetora contra pestes e doenças contagiosas
Origens
Rosália nasceu em 1125, na cidade de Palermo, região da Sicília, Itália. Seu pai se chamava Sinibaldo. Era um rico senhor feudal, dono das regiões "da Quisquínia e das Rosas". Sua mãe se chamava Maria Guiscarda. Era sobrinha do rei Rogério II, da Normandia. Rosália, Portanto, era extremamente rica e vivia na alta corte da época. Durante sua adolescência, foi servir de dama da corte de uma rainha chamada Margarida, que era esposa do rei da Sicília, Guilherme I. A rainha gostava muito da companhia amável e bondosa de Rosália. Porém, desde a adolescência, o luxo e os prazeres do corte não atraiam Rosália. Ela sentia e sabia que o chamado de sua vida era para servir a Deus. Seu maior desejo era o de viver a vida monástica.
Uma ermitã de quatorze anos
Com apenas quatorze anos, a adolescente Rosália abandonou a Corte real e refugiou-se, sozinha, numa caverna que ficava perto de Palermo. Na ocasião, levou apenas um crucifixo. O local pertencia às terras de seu pai e se revelava ideal para a vida eremítica, pois ficava perto de um Mosteiro Beneditino, onde havia uma capela. Por isso, mesmo numa vida solitária, Santa Rosália participava das celebrações e recebia direção espiritual.
Presente da rainha
A rainha Margarida, que gostava da companhia de Rosália e tinha percebido a santidade da jovem, resolveu dar de presente a ela uma gleba de terra no alto do Monte Pelegrino. Ali havia uma gruta na qual Santa Rosália passou a se abrigar. Santa Rosália deu à gruta o nome de Gruta de Quisquínia por causa das terras de seu pai. Nos arredores havia já uma capela e, perto, um outro mosteiro beneditino. Santa Rosália passou o resto de sua vida neste local, vivendo solitária, uma vida de oração, sacrifícios, jejuns, penitências. Os monges beneditinos acompanharam e registraram esses dados sobre a vida de Santa Rosália.
Solidão frutuosa
Santa Rosália vivia sozinha, porém não solitária. Quando o povo da região descobriu sua história, seu modo de vida e sua santidade, passou a procurá-la para pedir orações e aconselhamento para a vida. Santa Rosália se abriu ao acolhimento desses peregrinos vendo nisso um chamado de Deus. Sua vida de oração, de busca de Deus frutificava nessa preciosa ajuda às pessoas, muitas aflitas e desorientadas que encontravam em Santa Rosália o amor, o acolhimento e a direção para uma vida melhor.
Morte
Assim Santa Rosália viveu sua vida: na simplicidade, na oração, no silêncio, no sacrifício e no acolhimento dos peregrinos que a procuravam. Até que, com apenas trinta e cinco anos, no dia 4 de setembro de 1160, ela entregou sua alma a Deus. A partir de então, muitos milagres e graças aconteceram por sua intercessão. Um deles se tornou famoso: quando uma terrível peste devastava a Sicília no Século XII, o povo pediu sua intercessão e a peste foi extinta. A partir de então, ela passou a ser invocada como padroeira de Palermo.
Revelações e descobertas
Um estudioso chamado Otávio Gaietani conseguiu encontrar alguns relatos sobre Santa Rosália antes de morrer, no ano 1620. Três anos mais tarde, a própria santa Rosália teria aparecido a uma senhora enferma e descrito onde seriam encontrados seus restos mortais. Essa senhora comunicou a aparição aos freis franciscanos de um convento que ficava perto do monte Pelegrino. Os frades resolveram seguir as indicações da senhora e, de fato, encontraram os ossos da santa exatamente no local indicado. Era o dia 15 de junho de 1624.
Confirmação
Apenas quarenta dias depois da descoberta desses ossos, outra descoberta veio a confirmar a história de Santa Rosália. Dois pedreiros trabalhavam no Convento de Santo Estêvão de Quisquínia, um convento dos dominicanos construído nas terras onde se pensava que Santa Rosália tinha vivido. Ao escavarem uma gruta, encontraram uma antiga inscrição em Latim que dizia: "Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo decidi morar nesta gruta de Quisquínia". Essa descoberta veio a confirmar os dados estudados pelo estudioso Otávio Gaietani. Mais tarde, uma comissão científica comprovou a autenticidade das relíquias e da inscrição. Isso fez reacender a veneração a santa Rosália como Padroeira de Palermo. Mais tarde, o Papa Ubaldo VIII incluiu a festa de Santa Rosália no Martirológio Romano, em 1630. A urna que contém os restos mortais de Santa Rosália pode ser vista no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.
Oração a Santa Rosália
“Ó Santa Rosália, vós, pela penitência e pela oração, alcançastes a santidade e chegastes a uma amizade tão grande com Deus que conseguistes d’Ele o poder de interceder a favor dos homens, especialmente no sentido de afugentar doenças e epidemias. Ó grande Santa, vede a dor e o sofrimento de tantos doentes! Socorrei os pobres que não têm assistência médica e nem dinheiro para comprar remédios. Intercedei junto a Jesus, amigo dos pobres e doentes, para que Ele cure os nossos males, afaste de nós as moléstias e faça voltar a saúde plena e a alegria de viver. Dai-nos uma vida sadia e uma grande disposição de louvor a Deus Pai, autor da vida; de agradecer a Deus Filho, o Divino Médico; de implorar ao Espírito Santo que aquece os corações e de confiar na Virgem Maria Nossa Senhora da Saúde. Santa Rosália, em vossas mãos confio meu bem-estar, minha saúde e a saúde de todos os meus semelhantes. Amém.”
Santa Rosália de Palermo, rogai por nós!
MARTIROLÓGIO ROMANO
04/09
1. Comemoração de São Moisés, profeta, que Deus escolheu para libertar o seu povo do Egipto e conduzi-lo à terra prometida; no monte Sinai revelou-lhe o seu nome, dizendo: «Eu sou o que sou», e deu-lhe a lei que devia reger a vida do povo eleito. Este servo de Deus morreu com avançada idade no monte Nebo, na terra de Moab, diante da terra da promessa.
2. Em Cabillonum, na Gália Lionense, hoje Chalon-sur-Saône, na França, São Marcelo, mártir.
(† s. III/IV)
3. Em Roma, no cemitério de Máximo, junto à Via Salária, o sepultamento de São Bonifácio I, papa, que conseguiu resolver muitas controvérsias sobre a disciplina eclesiástica.
(† 422)
4*. Em Chartres, na Nêustria, atualmente na França, São Calétrico, bispo.
(† a. 573)
5*. Em Heresfeld, na Saxónia, atualmente na Alemanha, Santa Ida, viúva do duque Egberto, insigne pela sua caridade para com os pobres e oração assídua.
(† 825)
6*. Em Mende, na Aquitânia, atualmente na França, São Fredaldo, bispo e mártir.
(† c. s. IX)
7*. Em Colónia, na Lotaríngia, hoje na Alemanha, Santa Irmgarda ou Irmengarda, condessa de Süchteln, que ofereceu todos os seus bens para a construção de igrejas.
(† c. 1089)
8. Em Palermo, na Sicília, região da Itália, Santa Rosália, virgem, de quem se narra ter seguido vida solitária no monte Peregrino.
(† s. XII)
9*. Em Caramagna, no Piemonte, também região da Itália, a Beata Catarina Mattei, virgem, religiosa das Irmãs da Penitência de São Domingos, que suportou com admirável caridade e grande virtude a longa enfermidade, as calúnias e todas as tentações.
(† 1547)
10♦. Em Thúsis, localidade da Récia, hoje na Suíça, o Beato Nicolau Rusca, presbítero e mártir, homem de profunda cultura e generosa dedicação pastoral, que morreu vítima dos conflitos politico-religiosos do seu tempo.
(† 1618)
11*. Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Cipião Jerónimo Brigéat de Lambert, presbítero e mártir, cónego de Avranches, que, na perseguição religiosa durante a Revolução Francesa, por causa do sacerdócio foi aprisionado na galera em condições desumanas e aí morreu de fome e inanição.
(† 1794)
12*. Em Sillery, cidade do Québec, província do Canadá, a Beata Maria de Santa Cecília Romana (Maria Dina Bélanger), virgem da Congregação das Religiosas de Jesus e Maria, que suportou durante vários anos uma grave enfermidade, confiando só em Deus.
(† 1929)
13*. Em Oropesa, próximo de Castellón, no litoral da Espanha, o Beato José Pascoal Carda Saporta, presbítero da Irmandade de Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a violenta perseguição contra a Igreja, em ódio à religião foi conduzido ao glorioso martírio.
(† 1936)
14*. Em Teulada, povoação próxima de Alicante, também na Espanha, o Beato Francisco Sendra Ivars, presbítero e mártir, que padeceu o martírio na mesma perseguição contra a fé.
(† 1936)
15*. Próximo de Genovés, povoação da província de Valência, também na Espanha, o Beato Bernardo de Lugar Nuevo de Fenollet (José Bleda Grau), religioso da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos e mártir, que, na mesma perseguição, venceu gloriosamente o seu combate por Cristo.
(† 1936)
16♦. Em Villanueva del Arzobispo, perto de Jaén, também na Espanha, o Beato José de Jesus Maria (José Vicente Hormaechea y Apoitia), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir.
(† 1936)
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