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  • Sérgio Fadul / Paullus e Cruz Terra Santa

São Mateus


Mateus, coletor de impostos, apóstolo e evangelista: foge do dinheiro para um serviço de perfeita pobreza: a proclamação da mensagem cristã.


O evangelho a ele atribuído nos fala mais amplamente que os outros três do uso certo do dinheiro: “Não ajunteis para vós tesouros na terra, onde a traça e o caruncho os destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam, mas ajuntai para vós tesouros nos céus”. “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro”.


Foi Judas, porém, e não Mateus que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Mateus deixa o dinheiro para seguir o Mestre, enquanto Judas o trai por trinta dinheiros.


Quando falam do episódio do coletor de impostos chamado a seguir Jesus, os outros evangelistas, Marcos e Lucas, falam de Levi. Mateus ao contrário prefere denominar-se com o nome mais conhecido de Mateus e usa o apelido de publicano, que soa como usurário ou avarento, “para demonstrar aos leitores — observa são Jerônimo — que ninguém deve desesperar da salvação, se houver conversão para vida melhor”.


Mateus, o rico coletor, respondeu ao chamado do Mestre com entusiasmo. No seu evangelho ele esconde humildemente este alegre particular, mas a informação foi divulgada por Lucas: “Levi preparou ao Mestre uma grande festa na própria casa; numerosa multidão de publicanos e outra gente sentavam-se à mesa com eles”. Depois, no silêncio e com discrição, livrou-se do dinheiro, fazendo o bem.


É dele de fato que nos refere a admoestação do Mestre: “Quando deres esmola, não saiba a tua esquerda o que faz a tua direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”.


Após o episódio do chamado, o evangelho lembra Mateus uma única vez, falando da eleição dos apóstolos. Da atividade de Mateus após o Pentecostes, conhecemos somente as admiráveis páginas do seu evangelho, dirigido particularmente aos judeus e que é caracterizado por cinco grandes discursos de Jesus sobre o reino de Deus. Foi escrito com toda a certeza antes da destruição de Jerusalém, ocorrida no ano 70.


Uma tradição antiga recorda que Mateus, como chefe missionário, não teria comparecido diante dos juízes para dar testemunho. Outras fontes, ao invés, menos verídicas, difundem-se na narração dos sofrimentos e do martírio de Mateus, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do santo teriam sido transportadas, primeiro para Paestum, no Golfo de Salerno, e no século X para Salerno, onde até hoje são honradas.


A imagem de São Mateus é simples, porém rica em elementos simbólicos de grande significado. Compreendendo cada um destes símbolos, saberemos muito sobre a vida deste grande santo.


A Túnica azul clara de São Mateus


A túnica azul clara de São Mateus simboliza sua pureza de coração e a glória celestial. Isto é muito interessante levando em consideração que, segundo os Evangelhos narram, Mateus, que antes se chamava Levi, era um pecador público em Israel. Ele era cobrador de impostos: retirava o dinheiro de seu povo para dá-lo aos romanos, que oprimiam seu país.


Ele era visto como traidor da pátria e ladrão, além de levar uma vida devassa. No entanto, é representado com uma túnica azul clara, símbolo de pureza. Isso acontece porque depois de seu encontro com Jesus, Levi nunca mais foi o mesmo. Ele se converteu, isto é, tomou um rumo diferente para sua vida e se tornou uma pessoa pura de coração. E é isso o que acontece com todo aquele que se encontra verdadeiramente com Jesus.


O manto roxo de São Mateus


O manto roxo de São Mateus simboliza o jejum, a fé, a paciência e a confiança. Todas estas são virtudes que São Mateus viveu em sua vida depois de seu encontro com Jesus. O roxo é também a cor litúrgica usada durante o tempo do Advento da Quaresma em sinal de penitência. Isto nos fala da vida de penitência que São Mateus levou depois que saiu em missão para pregar o Evangelho no Nordeste da África e na Etiópia.


A pena na mão direita de São Mateus


A pena na mão direita de São Mateus simboliza sua missão de evangelista " ele escreveu o primeiro evangelho " e de formador de comunidades de fé. Simboliza, em última análise, sua missão de Apóstolo, ou seja, enviado em nome de Jesus Cristo para pregar. Com efeito, além de escrever seu Evangelho, São Mateus pregou a Boa Nova no Nordeste da África e na Etiópia, onde fundou e formou comunidades cristãs e onde também foi martirizado.


O carvalho na mão direita de São Mateus


Em algumas representações, São Mateus carrega em sua mão direita uma folha de carvalho. O carvalho representa a grande perseverança dos cristãos enquanto eram perseguidos pelos romanos e por vários povos hostis. O carvalho representa a força e a perseverança de São Mateus em todas as perseguições que viveu durante sua vida missionária.


O anjo aos pés de São Mateus


O anjo aos pés de São Mateus tem três significados. O primeiro é que São Mateus Evangelista é representado pela figura de um anjo com cara de homem, mostrando a preocupação que ele teve em mostrar Jesus Cristo com uma natureza humana. O segundo significado do anjo é revelar que São Mateus está na glória do céu, entre os anjos. E o terceiro significado é o sinal da proteção dos anjos que abriram caminho para a missão apostólica de São Mateus.


O livro na mão esquerda de São Mateus


O livro na mão esquerda de São Mateus é o símbolo maior do Evangelho que ele escreveu. Junto com os outros Evangelhos, o Evangelho Segundo São Mateus é um dos livros mais vendidos, traduzidos e lidos de todos os tempos. Trata-se de um livro que ajudou a formar a cultura ocidental.


Somente o Evangelho de São Mateus narra a perseguição de Herodes contra o menino Jesus; a visita dos magos; a fuga da Sagrada família para o Egito, e a volta desta família para Nazaré, após a morte de Herodes. O Evangelho segundo São Mateus mostra para os Judeus e todos os povos que Jesus Cristo é o verdadeiro Messias, mostrando a genealogia de Jesus, descendente de Davi e Abraão, colocando sempre Jesus Cristo como Rei.


Oração a São Mateus.


"Senhor nosso Deus, que, na vossa infinita misericórdia escolhestes o publicano Mateus para vosso Apóstolo, concedei-nos que, ajudados pelo seu exemplo e intercessão, Vos sigamos fielmente e nos entreguemos a Vós de todo o coração. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, amém. São Mateus, rogai por nós."



MARTIROLÓGIO ROMANO

21/09


1. Festa de São Mateus, Apóstolo e Evangelista, denominado Levi, que, chamado por Jesus para O seguir, deixou a sua função de publicano ou cobrador de impostos e, admitido entre os Apóstolos, escreveu um Evangelho, no qual se proclama especialmente que Jesus Cristo é filho de David, filho de Abraão, Aquele que levou à plenitude a promessa do Antigo Testamento.

2. Comemoração de São Jonas, profeta, filho de Amitai, cujo nome foi dado a um livro do Antigo Testamento; a sua saída do ventre da baleia é evocada no próprio Evangelho como sinal da Ressurreição do Senhor (cf. Mt 12, 40).


3. Na Grécia, a comemoração de São Quadrato, discípulo dos Apóstolos, que, segundo a tradição, durante a perseguição do imperador Adriano, congregou com a sua fé e zelo pastoral a Igreja dispersa pelo terror e apresentou ao próprio imperador um livro em defesa da religião cristã, em conformidade com a doutrina apostólica.

(† s. II)


4. Em Roma, junto à Via Salária Antiga, São Pânfilo, mártir.

(† data inc.)


5. Em Valle del Baccano, na Via Cássia, a vinte milhas da cidade de Roma, Santo Alexandre, mártir.

(† data inc)


6. Em Gaza, na Palestina, os santos Eusébio, Néstabo e Zenão, mártires, três irmãos que, no tempo do imperador Juliano Apóstata, foram espancados e mortos por uma multidão enfurecida de pagãos. Com eles padeceu também São Nestor, que, pelas feridas recebidas, pouco depois consumou o seu martírio.

(† 362)


7*. Em Apt, na Provença, atualmente na França, São Castor, bispo, que, desejando expor aos irmãos de um novo mosteiro o modo de viver dos monges, pediu a São João Cassiano que escrevesse as célebres “Conferências” sobre os ascetas do Egito.

(† c. 426)


8*. No mosteiro de Llancarfan, no País de Gales, São Cadoc, abade, em cujo nome foram fundados muitos mosteiros também na Cornualha, região da Inglaterra, e na Bretanha Menor, região da França.

(† s. VI)


9*. No mosteiro de Ettenheim, na região de Baden, na Alemanha, São Landelino, monge, natural da Irlanda.

(† s. VII)


10*. Em Tronchiennes, na Flandres, região da Austrásia, atualmente na Bélgica, São Gerulfo, mártir, adolescente.

(† c.750)


11*. Em Troyes, na Gália, hoje na França, Santa Maura, virgem, célebre pela sua piedade e obras de caridade.

(† c. 850)


12*. Em Pêsaro, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato Marcos de Módena Scalabríni, presbítero da Ordem dos Pregadores, que reconduziu muitos pecadores ao caminho da santidade.

(† 1498)


13. Junto à fortaleza de Quang-Tri, no Anam, atualmente no Vietnam, os santos Francisco Jaccard, presbítero da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, e Tomé Tran Van Thien, mártires, que, no tempo do imperador Munh Mang, por Cristo sofreram o cárcere e a flagelação e finalmente foram enforcados.

(† 1838)


14. Em Sai-Nam-Hte, na Coreia, a paixão dos santos mártires Lourenço Imbert, bispo, Pedro Maubant e Tiago Chastan, presbíteros da Sociedade das Missões Estrangeiras de Paris, que, para salvar a vida de outros cristãos, se entregaram aos soldados e foram decapitados.

(† 1839)


15*. Em Benisoda, povoação da província de Valência, na Espanha, os beatos mártires Vicente Gálbis Gironês, pai de família, e Manuel Torró Garcia, que, configurados à paixão de Cristo na sua vida, O imitaram no triunfo do martírio.

(† 1936)


16♦. Em Málaga, também na Espanha, o Beato Diogo Hompanera Paris, religioso da Ordem de Santo Agostinho e mártir, assassinado em ódio à fé.

(† 1936)


17♦. Em Cuenca, também na Espanha, os beatos Nicolau de Mier Francisco, presbítero, e Jacinto Martínez Ayuela, religioso, ambos da Ordem de Santo Agostinho e mártires, assassinados em ódio à fé.

(† 1936)


18♦. Em Azuaga, perto de Badajoz, também na Espanha, o Beato José Maria (José Mariano Azurmendi de Larrinaga Mugarza), presbítero da Ordem dos Frades Menores e mártir, assassinados em ódio à fé.

(† 1936)


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