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  • Sérgio Fadul - Basílica Santa Teresinha

São Jacinto da Cracóvia


SÃO JACINTO ( Jacinto da Polônia) - APÓSTOLO DA POLÔNIA

São Jacinto, Jacek Odrowąż, em polonês (c. 1185, em Kamień Śląski - † 16 de agosto de 1257, em Cracóvia) é um santo polonês, da Ordem dos Pregadores (dominicano). As notícias sobre as suas origens são todas provenientes de textos hagiográficos tardios (século XVI) e pouco confiáveis, escritas por ocasião da sua canonização (1594).


Sabe-se que Jacinto Odrowacz pertencia a uma família aristocrática e nasceu no castelo de Lanka, Cracóvia (antiga Kamien), na Silésia;


Em 1183 nasceu ao Conde Konski e a sua mulher Beatriz um filho, o primogénito da família, Jacinto Odrowaz. Como era natural deveria ser ele o herdeiro do título e das terras da família, mas as voltas do mundo e os desígnios de Deus fizeram com que não fosse assim.


Depois de estudar direito canónico e teologia em Cracóvia, Praga e Bolonha, foi ordenado sacerdote e tornado cônego da catedral de Cracóvia; e foi à Itália a acompanhar seu bispo.


Certamente ele estava em Bolonha em 1221 e conheceu São Domingos, que em maio desse ano, celebrava na cidade de Emília-Romanha o segundo capítulo geral da sua Ordem.


Ele decidiu se tornar um noviço dominicano e, após receber o hábito, regressou com mais cinco companheiros à sua terra natal da Polónia para exercer o ministério de pregador da Palavra de Deus.


Mas era necessário ir mais longe, levar a Verdade de Jesus Cristo a outros povos e é assim que Jacinto partiu para a Europa Oriental, e depois de percorrer toda a zona norte da Prússia se encontra em Kiev, na grande cidade das cúpulas douradas, capital do império russo e da Igreja Ortodoxa.


Tinha sido instruído para espalhar a Ordem: fundou mosteiros em Friesach, Cracóvia, Gdańsk e Kiev, assim como, o de Breslau, Sandomir e Dantzig1 ; e em nome do Papa Gregório IX, ele trabalhou para união das Igrejas do Oriente e do Ocidente.


Não foi fácil o convívio entre os dois ramos da árvore Igreja e por essa razão pouco tempo depois Jacinto tem que fugir da cidade, regressando clandestinamente alguns anos mais tarde.


É nesta segunda estadia, quando os Tártaros invadem a cidade de Kiev, e no atropelo da fuga, que acontecem os milagres que fornecem os elementos que permitem a identificação iconográfica de São Jacinto da Polónia.


Jacinto, prior do convento de Kiev, preparava-se para celebrar a Eucaristia. É nesse momento que alguém grita que os invasores estão às portas da cidade e destroem tudo. Agarrando no que mais sagrado tinha, Jacinto foge da igreja com a píxide onde se guardava o Santíssimo Sacramento.


Ao sair da igreja, despedindo-se da imagem da Virgem Maria diante da qual tantas vezes tinha rezado, esta pergunta-lhe se a deixa para trás, se a abandona aos bárbaros. Jacinto desculpa-se com o peso da imagem em pedra e é então que a Virgem lhe responde que ele tinha forças para a carregar.


A imagem torna-se leve como o papel, e por isso Jacinto não só a retira da igreja como a transporta até Cracóvia, onde readquire o peso natural da pedra que era depois de entronizada na igreja da Santíssima Trindade.


Por este milagre, São Jacinto da Polónia é iconograficamente representado com o hábito branco e negro dominicano, ou paramentado com estola para celebrar a missa, segurando numa mão a píxide com o Santíssimo Sacramento e carregando no outro braço a imagem da Virgem Maria.


Mas os acontecimentos extraordinários não ficaram por aqui, porque vendo-se nas margens do rio Dnieper sem meios para o atravessar e fugir aos Tártaros, Jacinto ousadamente caminha sobre as águas e consegue chegar à outra margem são e salvo, juntamente com os companheiros e os tesouros santíssimos que tinha salvo da igreja conventual.


Por este fato, em muitas pinturas e representações, São Jacinto aparece caminhando sobre as águas, símbolo da sua fé forte e sem vacilações, como podemos ver neste bonito painel de azulejos do século XVIII da igreja do antigo convento dominicano de São Paulo de Almada.


Na igreja de São Domingos, ao Rossio, em Lisboa, é possível ver também duas pinturas alusivas a estes acontecimentos da vida de São Jacinto da Polónia.


Jacinto Odrowaz morreu a 15 de Agosto de 1257, na Cracóvia, pouco depois das três horas da tarde e após uma vida longa de pregação e sacrifícios.


Em 17 de Abril de 1594 foi proclamado oficialmente Santo pelo Papa Clemente VIII.


A festa de são Jacinto, o "apóstolo da Polônia", era tradicionalmente celebrada um dia depois da sua morte, mas, em razão da veneração da Assunção de Maria, foi transferida para o dia 17 de agosto.


São Jacinto da Cracóvia, rogai por nós

MARTIROLÓGIO ROMANO

17/08


1. Memória de Santa Beatriz da Silva, virgem, que, nascida de uma família nobre em Campo Maior, vila de Portugal, depois de ter acompanhado seus pais para Ceuta, daqui passou à corte de Castela, região da Espanha, como dama de honor da sua parente, a infanta Dona Isabel de Portugal. Para se dedicar a uma vida cristã mais perfeita, retirou-se para o convento da Ordem de São Domingos, em Toledo, onde permaneceu mais de trinta anos, obedecendo religiosa e solicitamente à superiora do convento e submetendo-se fielmente à disciplina regular, especialmente quanto ao silêncio e à celebração diária dos Ofícios Divinos. Nesse convívio de vida consagrada tomou a resolução de instituir uma nova família religiosa consagrada à Santíssima Mãe de Deus. Apoiada no poder da rainha Isabel, a Católica, transferiu-se em 1484 com doze companheiras para a casa vulgarmente chamada “Palácio de Galiana’’, na mesma cidade, e assim começou a fundação da Ordem da Imaculada Conceição de Nossa Senhora; pouco depois de fazer profissão religiosa, faleceu com fama de santidade.

(† 1492)


2. Em Cízico, no Helesponto, hoje na Turquia, São Míron, presbítero e mártir, que, segundo a tradição, no tempo do imperador Décio e do governador Antípatro, depois de muitos suplícios foi decapitado.

(† s. III)


3. Em Cesareia da Capadócia, hoje Kayseri, na Turquia, São Mamede, mártir, que, sendo um pastor de condição muito humilde, vivia solitário nas florestas dos montes com rigorosa frugalidade e, por ter professado a sua fé em Cristo, no tempo do imperador Aureliano consumou o martírio.

(† 273/274)


4. Na Sicília, atualmente região da Itália, o dia natal de Santo Eusébio, papa, valoroso testemunho de Cristo, que foi deportado pelo imperador Maxêncio para esta ilha e, exilado da pátria terrena, mereceu entrar na pátria celeste; o seu corpo foi trasladado para Roma e depositado no cemitério de Calisto.

(† 310)


5*. Na Frísia, no território da atual Holanda, São Jerão, presbítero e mártir, que se narra ter sido morto por uns pagãos normandos.

(† 856)


6*. Em Tessalónica, na Macedónia, na atual Grécia, o passamento de Santo Elias, o Jovem, monge segundo as regras dos Padres orientais, que depois de ter sofrido muito da parte dos Sarracenos por causa da sua fé, com grande fortaleza de ânimo seguiu uma vida de contínua oração e rigorosa austeridade na Calábria e na Sicília.

(† 903)


7*. Em Arcária, perto de Milazzo, na Sicília, São Nicolau Políti, eremita, que passou a vida em suprema austeridade numa caverna.

(† 1107)


8*. Em Colle di Val d’Elsa, próximo de Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato Alberto, presbítero, que deu ao povo um egrégio exemplo de virtude.

(† 1202)


9. Em Montefalco, na Úmbria, também na Itália, Santa Clara da Cruz, virgem da Ordem das Eremitas de Santo Agostinho, que dirigiu o mosteiro da Santa Cruz, abrasada no amor à Paixão de Cristo.

(† 1308)


10. Em Nagasáki, no Japão, os santos mártires Tiago Kyuhei Gorobioye, presbítero da Ordem dos Pregadores, e Miguel Kurobioye, que, no tempo do comandante supremo Tokugawa Yemitsu, foram condenados à pena capital e morreram por Cristo.

(† 1633)


11. Em Saumur, perto de Angers, na França, Santa Joana Delanoue, virgem, que, totalmente confiada no auxílio da divina providência, acolheu durante vários anos na sua casa órfãs, anciãs, enfermas e mulheres dissolutas e, finalmente fundou com algumas companheiras o Instituto das Irmãs de Santa Ana da Providência.

(† 1736)


12*. Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Natal Hilário Le Conte, mártir, que, sendo clérigo da catedral de Bourges como mestre-capela, durante a violenta perseguição religiosa foi encerrado na galera, na qual, consumido pela enfermidade, morreu por Cristo.

(† 1794)


13*. Em Castelfullit de la Roca, perto de Gerona, na Espanha, o Beato Henrique Canadell Quintana, presbítero da Ordem dos Clérigos Regrantes da Escolas Pias e mártir, assassinado em ódio à Igreja.

(† 1936)

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