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  • Sérgio Fadul - Sanctorum

São Guntrano ou Gontrão da Borgonha


São Gontrão ou Guntram (c. 545 - 592) foi rei da Borgonha de 561 até sua morte em 592.


Era um dos filhos (o terceiro mais velho, segundo que chegou à idade adulta) de Clotário I e Ingunda.


Quando seu pai morreu, ele se tornou rei de um quarto do reino dos francos, fazendo de Orleães sua capital.


Ele tinha um certo amor fraternal que faltava aos seus irmãos e o cronista preemiente do período, Gregório de Tours, frequentemente o chama de bom rei Gontrão, como no texto abaixo onde Gregório discute o fato dos três casamentos de Gontrão:


O bom rei Gontrão primeiro tomou uma concubina, Veneranda, uma escrava pertencente a alguém de seu povo, com quem ele teve um filho, Gundobado.


Depois ele casou-se com Marcatrude, filha de Magnar, e enviou seu filho Gundobado a Orleães. Após ter um filho, Marcatrude tornou-se ciumenta, e procurou causar a morte de Gundobado. Ela enviou veneno, dizem, e envenenou sua bebida. Com a morte de Gundobado, pelo julgamento de Deus, ela perdeu o filho que tinha e fez cair sobre si mesma a ira do rei, sendo dispensada por ele, morrendo não muito depois.


Depois ele tomou como esposa Austerchild, também chamada Bobilla. Teve com ela dois filhos, o mais velho chamado Clotário e o mais jovem Clodomiro.


Como indicado acima, Gontrão teve um período de intemperança.


Ele finalmente se sujeitou com remorso de seus pecados do passado e, cansado, arrependeu-se deles, tanto os próprios quanto os de sua nação.


Na reparação, ele jejuou, orou, chorou e ofereceu-se a Deus.


Durante o seu próspero reinado ele tentou governar pelos princípios cristãos.


De acordo com Gregório, ele foi o protetor dos oprimidos, cuidou dos doentes, foi o pai amável de seus súditos.


Ele era generoso com sua riqueza, especialmente nos tempos de pragas e escassez.


Ele com rigidez e justiça fez as leis serem respeitadas independentemente de quem fosse a pessoa, estava sempre pronto a perdoar as ofensas contra ele, inclusive duas tentativas de assassinato.


Gontrão generosamente construiu e doou várias igrejas e monastérios.


O reino foi dividido entre eles, mas Paris era uma cidade comum, compartilhada pelos três.


A viúva de Cariberto, Teodechilda, propôs casamento a Gontrão, o irmão remanescente mais velho, embora um conselho realizado em Paris em 557 tenha declarado tal tradição ilegal e como incestuosa.


Gontrão, embora contra sua vontade, decidiu abrigá-la com segurança, em um convento de freiras em Arles.


Em 577, Clotário e Clodomiro, seus dois filhos sobreviventes, morreram de disenteria e ele adotou como seu filho e herdeiro a Childeberto II, seu sobrinho, filho de Sigeberto, do qual havia salvado o reino dois anos antes.


No entanto, Childeberto nem sempre provou ser fiel ao seu tio.


Em 581, Chilperico tomou várias cidades de Gontrão e em 583, aliou-se a Childeberto e atacou Gontrão.


Então, Gontrão fez as pazes com Chilperico, enquanto Childeberto escapou.


Em 584, ele devolveu a infidelidade de Childeberto invadindo suas terras e capturando Tours e Poitiers, mas ele foi obrigado a deixar de estar presente no batismo de Clotário II, seu outro sobrinho, que agora governava a Nêustria.


Gontrão voltou a invadir a Septimania. A paz foi logo refeita.


Em 584 ou 585, Gundovaldo reivindicou ser um filho bastardo de Clotário I e se auto proclamou rei, tomando algumas das maiores cidades do sul da Gália, como Poitiers e Toulouse, que pertenciam a Gontrão.


Gontrão marchou contra ele, dizendo que ele não era nada mais que o filho de um moleiro chamado Ballomer.


Gundovaldo fugiu para Comminges e o exército de Gontrão assediou a cidadela. Não conseguiram tomá-la, mas também não precisaram: Os seguidores de Gundovaldo o entregaram e ele foi executado.


Em 587, Fredegund tentou assassiná-lo, mas falhou.


Ele foi, em 28 de novembro, a Trier fechar um tratado com Childeberto, Brunilda, sua cunhada, esposa de Sigeberto, de quem ele sempre foi aliado; Chlodosind, irmã de Childeberto; Faileuba, a rainha de Childeberto; Magnerico, bispo de Trier e Agerico, bispo de Verdun.


Este tratado foi chamado de Tratado ou Pacto de Andelot e durou até a morte de Gontrão.


Em 589, ele fez um avanço final na Septmania, mas em vão.


Ele lutou contra os bárbaros que ameaçaram o reino e reprimiu um levante de sua sobrinha Basina, filha de Chilperico, num convento com a ajuda de muitos de seus bispos (590).


Morreu em Chalon-sur-Saône em 592, com seu reino passando para seu filho adotivo Childeberto II.


Foi sepultado na igreja de São Marcelo, que ele havia edificado em Chalon.


Quase imediatamente Gontrão foi proclamado santo por seus súditos e seu dia comemorativo é celebrado pela Igreja Católica em 28 de março.


Os huguenotes, que espalharam suas cinzas no século XVI, deixaram apenas o crânio intocado, que agora está lá guardado numa urna de prata.


Seu reinado foi prospero e ele deu exemplos de como as máximas do Evangelho podiam ser usados efetivamente na política.


Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como um rei encontrando um tesouro e dando para os pobres.


Algumas vezes ele é mostrado com três bolsas de tesouros perto dele, um globo e uma cruz.


Ele é o padroeiro dos divorciados, dos guardiões e dos assassinos arrependidos


Oração para os assassinos arrependidos


Ó Deus, só Vós sois Santo e sem Vós ninguém pode ser bom.

Pela intercessão de São Guntrano, rei e confessor, dai-nos viver de tal modo que não sejamos despojados da Vossa Glória.

Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém.


Oração para os guardiões, políticos governantes


São Guntrano, que te arrependestes de teus erros e buscaste ser um rei justo, intercedei por nossos político, para que saibam ouvir a voz de Deus e busquem a verdade e a justiça em suas vidas.


Oração para os divorciados

São Guntrano, que casastes três vezes e te arrependestes de tua inconstância e falta de virtude.

Orai pelos casais cristãos, para que vivam o amor de Cristo em sua união e pelos divorciados para que se reconciliem, ou encontrem o caminho do amor e da justiça na Santa Igreja de Cristo. Assim seja.


São Gruntano, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

28/03


1. Em Tarso, cidade da Cilícia, na atual Turquia, São Castor, mártir.

(† data inc.)


2. Comemoração dos santos mártires Prisco, Malco e Alexandre, que, durante a perseguição de Valeriano, habitavam numa pequena quinta dos arredores de Cesareia da Palestina; sabendo que nessa cidade se ofereciam celestes coroas de martírio, inflamados pelo ardor divino da fé, apresentaram-se espontaneamente ao juiz e, tendo-o censurado pela crueldade com que derramava o sangue dos fiéis, foram por ele imediatamente lançados às feras para serem devorados, em ódio ao nome de Cristo.

(† 260)


3. Em Heliópolis, na Fenícia, hoje no Líbano, São Cirilo, diácono e mártir, que foi cruelmente assassinado no tempo do imperador Juliano Apóstata.

(† c. 362)


4. Em Alexandria, no Egito, São Protério, bispo, que, após um tumultuoso motim popular, na Quinta-Feira Santa da Ceia do Senhor, foi ferozmente assassinado pelos monofisitas, sequazes do seu predecessor Dióscoro.

(† 454)


5. Em Chalon-sur-Saône, na Borgonha, atualmente na França, o sepultamento de São Gontrão ou Guntrano, rei dos Francos, que distribuiu os tesouros da sua riqueza em favor das igrejas e dos pobres.

(† 593)


6. Junto ao monte Olimpo, na Bitínia, hoje na Turquia, Santo Hilarião, hegúmeno do mosteiro de Pelecete, que defendeu vigorosamente o culto das sagradas imagens.

(† s. VIII)


7. Em Cister, localidade da Borgonha, na França, Santo Estêvão Harding, abade, que veio de Molesme com outros monges para este célebre cenóbio, instituiu os irmãos conversos, recebeu o egrégio Bernardo com trinta companheiros e fundou doze mosteiros, que associou com o vínculo da Carta da Caridade, para que não houvesse entre os monges discórdia alguma, mas vivessem na harmonia da mesma caridade, da mesma regra e de costumes semelhantes.

(† 1134)


8*. Em Naso, na Sicília, região da Itália, São Cono, monge sob a observância dos Padres orientais, que, ao regressar da peregrinação aos Lugares Santos, sabendo que seus pais tinham falecido, distribuiu pelos pobres toda a fortuna familiar e abraçou a vida eremitica.

(† 1236)


9*. Em Monticiano, perto de Sena, na Etrúria, hoje na Toscana, região da Itália, o Beato António Patrízzi, presbítero da Ordem dos Eremitas de Santo Agostinho, ilustre pelo seu exímio amor aos irmãos e ao próximo.

(† c. 1311)


10*. Em Tours, na França, a Beata Joana Maria de Maillé, que, depois da morte do esposo na guerra, reduzida à miséria e expulsa da sua casa pelos parentes e abandonada por todos, viveu reclusa numa cela junto do convento dos Menores, mendigando o pão, mas totalmente confiada em Deus.

(† 1414)


11*. Em York, na Inglaterra, o Beato Cristóvão Wharton, presbítero e mártir, que, no reinado de Isabel I, foi condenado ao suplício da forca em ódio ao sacerdócio.

(† 1600)


12*. Em Angers, na França, a Beata Renata Maria Feillatreau, mártir, mulher casada que, durante a Revolução Francesa, foi decapitada por permanecer fiel à Igreja católica.

(† 1794)


13*. Em Przemysl, na Polónia, São José Sebastião Pelczar, bispo, fundador da Congregação das Escravas do Sagrado Coração de Jesus e mestre insigne da vida espiritual.

(† 1924)

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