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  • Sérgio Fadul - Padre José Leite

Santa Eusébia de Hamay (Hamage)


Filha de Santo Adalberto e de Santa Rictrudes, Eusébia teve como madrinha a rainha Nantilde, que lhe deu as terras de Verny, perto de Soissons, na França. Aos oito anos perdeu o pai e no ano seguinte acompanhou a mãe para a sua fundação de Marchiennes.


Gertrudes, sua avó, que governava a Abadia de Hamage, quis ter Eusébia junto de si; ela contava apenas 12 anos quando foi eleita para suceder a avó. Rictrudes, que tinham elevado à abadessa de Marchiennes, achava que a filha era demasiado jovem para governar uma abadia, e deu-lhe a ordem de que viesse formar-se sob a sua própria direção.


Mas como Eusébia não queria, foi preciso uma ordem régia do soberano Clóvis II para obrigá-la a vir. Veio realmente para Marchiennes, mas com toda a sua comunidade; para lá trouxe mesmo o corpo de Santa Gertrudes e as outras relíquias da sua igreja.


Apesar de tudo, Eusébia conservava grande atrativo pela sua casa de Hamage: ia lá às escondidas durante a noite e lá rezava o Oficio Divino com a sua assistente. Mas Rictrudes deu conta e dirigiu repreensões severas à filha. Eusébia ficou ressentida no coração, tanto que Rictrudes, depois de ouvir os pareceres de bispos e de abades, permitiu à Eusébia regressar a Hamage com sua comunidade.


A jovem abadessa, depois de receber a bênção da mãe, voltou de fato a sua antiga residência, restabeleceu nela a ordem e a observância religiosa, como se praticavam quando a sua avó governava. Conquistou o afeto e o respeito das companheiras pela doçura do governo, a afabilidade das maneiras e a regularidade perfeita de seu comportamento; viam-na reservar para si os ofícios mais humildes e mais custosos: tais exemplos incutiram coragem nas mais tíbias.


Embora jovem, teve o pressentimento do seu fim próximo. Avisou as irmãs e estas sentiram profundo desgosto, mas ela própria, inteiramente submetida à vontade de Deus, esperou cheia de calma e confiança pela hora última; dirigiu piedosas recomendações às suas religiosas e morreu no dia 16 de março de 680, aos 33 anos de idade.


Santa Eusébia, rogai por nós!


Etimologia: Eusébia, do grego eusebés: “piedosa”.



MARTIROLÓGIO ROMANO

16/03


1. Em Aquileia, na Venécia, atualmente no Friúli, região da Itália, os santos Hilário, bispo, e Taciano, mártires.

(† data inc.)


2. Em Selêucia, na Pérsia, hoje no Iraque, São Papas, oriundo da Licaónia, que, pela fé em Cristo, depois de muitos tormentos consumou a sua vida terrena com o martírio.

(† s. IV)


3. Em Anazarbo, na Cilícia, atualmente na Turquia, São Julião, mártir, que, sob o governo do prefeito Marciano, depois de longamente torturado, foi encerrado num saco com serpentes e lançado ao mar.

(† s. IV)


4*. Na região de Artois, na Nêustria, no território da atual França, Santa Eusébia, abadessa de Hamay-sur-la-Scarpe, que, depois da morte do pai, se consagrou com sua santa mãe Rictrudes à vida monástica e, ainda adolescente, foi eleita abadessa para suceder à sua avó, Santa Gertrudes.

(† c. 680)


5. Em Colónia, na Alemanha, Santo Heriberto, bispo, que, sendo chanceler do imperador Otão III, foi eleito contra a sua vontade para a sede episcopal, onde iluminou infatigavelmente o clero e o povo com o exemplo das suas virtudes, às quais exortava também com a sua pregação.

(† 1021)


6*. Em Vicenza, na Venécia, atualmente no Véneto, região da Itália, o Beato João Sórdi ou Cacciafronte, bispo e mártir, que, sendo abade, foi condenado ao exílio por causa da sua fidelidade ao Papa; eleito depois bispo de Mântua e transferido finalmente para a sede episcopal de Vicenza, morreu pela liberdade da Igreja, trespassado à espada por um sicário.

(† 1181)


7*. Em York, na Inglaterra, os beatos João Amias e Roberto Dalby, presbíteros e mártires, que, no reinado de Isabel I, condenados à morte por causa do sacerdócio, se dirigiram com alegria para o suplício da forca.

(† 1589)


8. Na região dos Hurões, no Canadá, a paixão de São João de Brébeuf, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que, enviado da França para as missões entre os Hurões, depois de muitos trabalhos missionários e tribulações, foi crudelissimamente torturado pelos pagãos do lugar e morreu heroicamente por Cristo. A sua memória celebra-se no dia onze de Outubro, juntamente com a dos seus companheiros.

(† 1649)

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