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  • Sérgio Fadul / Cruz Terra Santa

Santo Ambrósio


Origens


Aurélio Ambrósio nasceu na cidade de Trèves, que fica na atual Alemanha, perto do ano 339. Sua família era católica, embora a liberdade da Igreja era, ainda, muito recente no império romano. Seu pai era um nobre e exercia a função de governador de uma província que ficava no norte da Itália. Quando seu pai faleceu, a família de Ambrósio mudou-se para Roma. Lá, Ambrósio formou-se em Direito e retórica. Lá também deu início à sua carreira jurídica.


Surpresa de Deus


Estando Ambrósio na cidade de Milão, aconteceu que o bispo desta grande diocese faleceu. Ambrósio era, então, catecúmeno, ou seja, estava se preparando para ser batizado. Por causa disso, e por ser um bom advogado e funcionário do império, fez um papel de mediador, procurando evitar conflitos na eleição do novo bispo. Por isso, fez um discurso forte, firme e, ao mesmo tempo, bastante sensato. Sua serenidade e equilíbrio foram tais que, ao terminar de falar, o povo, emocionado, o aclamou como o novo bispo da diocese de Milão.


Não teve como escapar


Bastante surpreso com a reação dos cristãos de Milão, Ambrósio recusou, afirmando que essa não tinha sido sua intenção. Reconheceu-se pecador, muito indigno de assumir tal missão e alegou o fato de ainda não ser nem batizado. Porém, não teve como escapar. Tão logo foi batizado, recebeu a ordenação sacerdotal e, logo depois, foi sagrado bispo. Por aí, vemos quão séria e profunda era a formação dos candidatos ao batismo.


Especialista na Doutrina


A partir de sua sagração episcopal, Santo Ambrósio dedicou-se com grande afinco a estudar as Sagradas Escrituras, base de toda sua fé. Por isso, escreveu bastante. Suas obras sobre liturgia, seus comentários escritos sobre as Sagradas Escrituras e seus tratados sobre a moral e a espiritualidade fizeram dele um grande especialista na doutrina cristã. Santo Ambrósio também se destacou como administrador da comunidade cristã que foi confiada a seus cuidados.


Doutor da Igreja


Santo Ambrósio recebeu o título de Doutor da Igreja por causa de sua obra e seu legado para a gerações futuras. Valorizou grandemente a virgindade de Nossa Senhora e a coragem extraordinária dos mártires que deram suas vidas por Cristo. Ele passou a ser chamado de o criador da liturgia ambrosiana, que transformou vidas.


Conselheiro de imperadores


Santo Ambrósio atuou também como conselheiro espiritual e orientador de três imperadores romanos. São eles Graciano, Valentiniano II e Teodósio I. Santo Ambrósio passou a ser também o símbolo da Igreja renascente, depois dos terríveis anos de perseguições e vida na clandestinidade. Foi graças à atuação de Santo Ambrósio que a Igreja começou a tratar com o Estado romano e o poder público sem o servilismo de antes. E isso aconteceu de tal maneira que Santo Ambrósio chegou a fazer uma repreensão severa ao imperador Teodósio I, por ele ter ordenado um massacre contra o povo da Tessalônica para conter uma revolta. Na ocasião, o santo obrigou o imperador a fazer um ato de penitência pública. E foi obedecido.


Sermões que converteram Santo Agostinho


Santo Ambrósio é o grande responsável, humanamente falando, pela conversão de Santo Agostinho. Este santo, com efeito, se converteu ouvindo os sermões e o canto litúrgico criado por Santo Ambrósio. Os livros que Santo Ambrósio deixou, que estão preservados, são, na sua maioria, transcrições literais de seus sermões. Santo Agostinho conta que a fama dos sermões de Santo Ambrósio era enorme. Dizia que seu tom de voz era marcante e sua eloquência tocava os corações. Por isso, Santo Ambrósio foi apelidado de "o apóstolo da amizade".


Morte


A volta de Santo Ambrósio à pátria celestial aconteceu em Milão. Foi no dia 4 de abril de 397. Caiu numa Sexta-Feira Santa. Contudo, ele passou a ser venerado em 7 de dezembro, dia em que ele foi aclamado bispo pelos cristãos de Milão, no ano 374.


Oração composta por Santo Ambrósio


“Senhor Jesus Cristo, eu pecador, não presumindo de meus méritos, mas confiando em Vossa bondade e misericórdia, temo entretanto e hesito em aproximar-me da mesa de Vosso doce convívio. Pois meu corpo e meu coração estão manchados por muitas faltas, e não guardei com cuidado meu espírito e minha língua. Por isso, ó bondade divina e temível majestade, em minha miséria recorro a Vós, fonte de misericórdia; corro para junto de Vós a fim de ser curado, refugio-me em Vossa proteção e anseio ter como salvador Aquele que não posso suportar como juiz.


Senhor, eu Vos mostro minhas chagas, e vos revelo minha vergonha.


Sei que meus pecados são muito grandes e temo por causa deles, mas espero em Vossa infinita misericórdia. Olhai-me pois com vossos olhos misericordiosos, Senhor Jesus Cristo, Rei eterno, Deus e homem, crucificado por causa de nós homens. Escutai-me pois espero em Vós; tende piedade de mim cheio de miséria e pecados, Vós que jamais deixareis de ser para nós a fonte da compaixão.


Salve, vítima salvadora, oferecido no patíbulo da cruz por mim e por todos os homens. Salve, Nobre e Precioso Sangue, que brota das chagas de meu Senhor Jesus Cristo crucificado e lavas os pecados do mundo inteiro. Lembrai-vos, Senhor, da vossa criatura resgatada por vosso sangue.


Arrependo-me de ter pecado, desejo reparar o que fiz. Livrai-me, ó Pai clementíssimo, de todas as minha iniquidades e pecados para que inteiramente purificado mereça participar dos Santos méritos. E concedei que vosso corpo e sangue, que eu embora indigno me preparo para receber, sejam perdão para os meus pecados e completa purificação de minhas faltas . Que eles afastem de mim os pensamentos maus e despertem eficazes obras que vos agradam, e protejam meu corpo e minha alma contra as ciladas de meus inimigos. Amém.”


Santo Ambrósio, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

07/12


1. Memória de Santo Ambrósio, bispo de Milão e doutor da Igreja, que descansou no Senhor na noite santa da Páscoa de quatro de Abril, mas é venerado neste dia, em que, ainda catecúmeno, foi eleito para dirigir esta célebre sede episcopal, quando exercia o ofício de prefeito da cidade. Verdadeiro pastor e mestre dos fiéis, exercitou de modo singular a caridade para com todos, defendeu valorosamente a liberdade da Igreja e a recta doutrina da fé contra os arianos e instruiu na piedade o povo com os seus comentários e hinos sagrados.

(† 397)


2. Em Spoleto, na Úmbria, região da Itália, São Sabino, venerado como bispo e mártir.

(† c. 300)


3. Na Síria, Santo Atenodoro, mártir, que, segundo a tradição, no tempo do imperador Diocleciano e do governador Elêusio, foi torturado pelo fogo e outros suplícios e finalmente condenado à pena capital; mas, tendo o algoz caído por terra, nenhum outro ousou tomar a espada para o degolar, e ele adormeceu no Senhor em oração.

(† c. 304)


4. Em Teano, na Campânia, região da Itália, Santo Urbano, bispo.

(† s. IV)


5. Na Palestina, São João o Silencioso ou Hesicaste, que, renunciando ao episcopado de Colónia, na antiga Arménia, viveu como monge na laura de São Sabas, em serviço humilde dos irmãos e em austera solidão e silêncio.

(† 558)


6. Em Faremoutiers, no território de Meaux, na Gália, hoje na França, Santa Fara, abadessa, que, depois de ter governado o mosteiro durante muitos anos, foi finalmente associada ao coro das virgens que seguem o Cordeiro de Deus.

(† 657)


7. No Ontário, estado do Canadá, a paixão de São Carlos Garnier, presbítero da Companhia de Jesus e mártir, que foi gravemente ferido numa incursão de pagãos quando ele derramava a água do Baptismo sobre os catecúmenos e morreu a golpes de machado. A sua memória celebra-se a dezanove de Outubro, juntamente com a dos outros companheiros.

(† 1649)


8. Em Savona, no litoral da Itália, Santa Maria Josefa Rossello (Benedita Rossello), virgem, que fundou o Instituto das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia e se consagrou totalmente à salvação das almas, confiando só em Deus.

(† 1880)

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