top of page
  • Foto do escritorSérgio Fadul / Santos e Beatos Católicos e

Santo Antônio de Sant'Anna Galvão


Sereno e dadivoso, sempre voltado para o bem dos outros, Frei Antônio de Santana Galvão é posto pelo Papa Bento XVI como modelo para os cristãos brasileiros.


Santo Antônio de Sant'Ana Galvão, mais conhecido como Frei Galvão (Guaratinguetá, 1739 — São Paulo, 23 de dezembro de 1822) foi um frade católico e primeiro santo nascido no Brasil. O pai, Antônio Galvão de França, nascido em Portugal, era o capitão-mor da vila. Sua mãe, Isabel Leite de Barros, era filha de fazendeiros, bisneta do famoso bandeirante Fernão Dias Pais, o "caçador de esmeraldas". Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestígio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou o filho com a idade de treze anos para o Colégio de Belém, dos padres jesuítas, na Bahia, onde já se encontrava seu irmão José.


Lá fez grandes progressos nos estudos e na prática cristã, de 1752 a 1756. Queria tornar-se jesuíta, mas por causa da perseguição movida contra a Ordem pelo Marquês de Pombal, seu pai o aconselhou a entrar para os franciscanos, que tinham um convento em Taubaté, não muito longe de Guaratinguetá. Assim, renunciou a um futuro promissor e influente na sociedade de então, e aos 16 anos, entrou para o noviciado na Vila de Macacu, no Rio de Janeiro.


Estátua do frade em sua cidade natal, Guaratinguetá. A 16 de abril de 1761 fez seus votos solenes. Um ano após foi admitido à ordenação sacerdotal, pois julgaram seus estudos suficientes.


Foi então mandado para o Convento de São Francisco em São Paulo a fim de aperfeiçoar os seus estudos de filosofia e teologia, e exercitar-se no apostolado. Data dessa época a sua "entrega a Maria", como seu "filho e escravo perpétuo", consagração mariana assinada com seu próprio sangue a 9 de março de 1766.


Terminados os estudos foi nomeado Pregador, Confessor dos Leigos e Porteiro do Convento, cargo este considerado de muita importância, pela comunicação com as pessoas e o grande apostolado resultante. Em 1769-70 foi designado confessor de um Recolhimento de piedosas mulheres, as "Recolhidas de Santa Teresa", em São Paulo.


Beatificação


Em 1998, Frei Galvão foi beatificado pelo Papa João Paulo II, dele recebendo os títulos de Homem da Paz e da Caridade e de Patrono da Construção Civil no Brasil. De seu processo de beatificação constam 27.800 graças documentadas, além de outras consideradas milagre.


Aconteceu em 1990 em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonares e crises convulsivas. Foi então internada na UTI do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, com diagnóstico de encefalopatia hepática por consequência da hepatite causada pelo vírus A, insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação por causa de metocloropramida e hipertensão. Os sintomas acima a levaram a uma parada cardio-respiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, e mais duas infecções hospitalares.


Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mosteiro da Luz rezaram e deram a menina as pílulas de Frei Galvão. Em 13 de junho de 1990, a menina Daniela deixou a UTI e, em 21 de junho teve alta do hospital considerada curada. O pediatra que a acompanhou atestou perante o Tribunal Eclesiástico que: "atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela".


Frei Galvão foi beatificado em 25 de outubro de 1998.


Canonização


Frei Galvão foi Canonizado pelo Papa Bento XVI em 11 de maio de 2007, durante a visita do pontífice ao Brasil. A comprovação oficial e o anúncio foi feito em 16 de dezembro de 2006.


Trata-se do caso da Sra Sandra Grossi de Almeida e de seu filho Enzo de Almeida Gallafassi, da cidade de São Paulo-SP, hoje residentes em Brasília-DF, Brasil.


A Sra Sandra já havia sofrido três outros abortos espontâneos, devido a malformação do seu útero, que tornara impossível levar a termo qualquer gravidez.


Em maio de 1999, Sandra ficou novamente grávida e sabia que a qualquer momento poderia ter uma hemorragia e morrer.


Apesar do prognóstico médico ser de provável interrupção da gravidez ou de que esta chegasse, no máximo, ao quinto mês, a gestação evoluiu normalmente até a trigésima segunda semana da gestação.

Por ser caso alto risco, foi decidido parto por cesariana em 11/12/1999, pois exames comprovavam problemas, o parto não teve nenhuma complicação.


A criança nasceu pesando 1.995 gr. e medindo 0,42 cm, mas apresentou problemas respiratórios gravíssimos. Foi "entubada", porém teve uma evolução positiva muito rápida e foi "extubada" bo dia seguinte. Recebeu alta hospitalar dia 19/12/1999.


O êxito favorável deste caso raro foi atribuido a intercessão do Beato Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, que foi desde o início e durante toda a gravidez invocado pela família com muita oração e por Sandra, que além das novenas contínuas que fez, tomou também as "Pílulas de Frei Galvão" com fé e com a certeza de sua ajuda.


Realizado o processo diocesano, os Peritos Médicos da Congregação das Causas dos Santos, aprovaram, por unanimidade, o fato como "cientificamente inexplicável no seu conjunto, segundo os atuais conhecimentos científicos".


Finalmente, o Santo Padre Bento XVI depois de conhecer o fato, autorizou no dia 16/12/2006, a Congregação das Causas dos Santos a promulgar o Decreto, a respeito do milagre atribuído à intercessão do Beato Frei Antônio de Sant'Anna Galvão.


O nome do primeiro santo brasileiro ficou Santo Antônio de Sant'Anna Galvão, conhecido comumente como São Frei Galvão.


Dons sobrenaturais


Por causa do imenso amor e caridade de seu Servo, Deus o agraciou com diversos dons, dos quais jamais serviu-se em interesse próprio,ao contrário, sempre os colocou a serviço da misericórdia divina. Todos os casos narrados foram devidamente comprovados por documentos.


Bilocação(estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), telepatia(transmissão ou comunicação de pensamento e sensações, a distância entre duas ou mais pessoas), premonição(sensação ou advertência antecipada do que vai acontecer), clarividência(vê o que está para acontecer), levitação(erguer-se acima do solo) e telepercepção(adquirir conhecimento de fatos ocorridos a grandes distâncias).


Relatamos a seguir alguns casos. Àqueles que se interessarem por mais detalhes da vida de nosso querido "padre santo" devem procurar na Editora Santuário o livro "Frei Galvão: O frade menor que São Paulo aprisionou", de autoria de Frei Carmelo Surian.


Bilocação

Pelo que consta, o fato ocorreu por volta de 1810, às margens do rio Tietê, no distrito de Potunduva (Airosa Galvao) municipio de Jaú, próximo à Pederneiras e Bauru. Manuel Portes, capataz de uma expedição de vinha de Cuiabá, homem de temperamento instável, castigou severamente o caboclo Apolinário por indisciplina. Ao notar o capataz distraído, o caboclo, por vingança, o atacou pelas costas com um enorme facão, e fugiu.


Sentindo que a vida abandonava-lhe o corpo, Manuel Portes, no auge de desespero pôs-se a gritar: "Meu Deus, eu morro sem confissão! Senhor Santo Antônio, pedi por mim! Dai-me confessor! Vinde, Frei Galvão, assistir-me!" Eis que então alguém gritou, avisando que um frade se aproximava, e todos identificaram Frei Galvão. Assim contaram as testemunhas: "aproximou-se o querido sacerdote, afastou com um gesto dos espectadores da trágica cena, abaixou-se, sentou-se, pôs a cabeça de Portes sobre o colo e falou-lhe em voz baixa, encostando-lhe depois o ouvido aos lábios. Ficou assim alguns instantes, findo os quais abençoou o expirante. Levantou-se, então, fez um gesto de adeus e afastou-se de modo tão misterioso quanto aparecera". Afirma-se que naquele instante Frei Galvão encontrava-se em São Paulo, pregando. Interrompeu-se, pediu uma Ave-Maria por um morimbundo e, acabada a oração, prosseguiu a pregação.


Há outros casos semelhantes, principalmente relatos de socorro de Frei Galvão aos moribundos.


Telepatia

Em uma cidade Frei Galvão era conduzido em uma cadeirinha coberta. Uma senhora, através de sua janela de rótulas (madeiras cruzadas), vê a cadeirinha, em que sabe, está o "santo frade". E ela, sucumbida pelas amarguras da vida, soluçando, pensa consigo: "Ah, se Frei Galvão se lembrasse de mim, se ao menos me desse sua benção". No mesmo instante Frei Galvão levanta as cortinas da cadeirinha, debruça-se para fora, em direção daquela janela, e sorridente, abençoa a senhora, atrás das rótulas. E os que presenciaram o fato, afirmaram que o franciscano não tinha a menor possibilidade de ver aquela senhora, porque era conduzido pelo lado oposto da rua.


Premonição

Em todas as vilas e cidades por onde passava, a pedido dos párocos, Frei Galvão pregava. Por vezes era tão numeroso o auditório que, não o contendo dentro da igreja, era preciso pregar ao ar livre. Em Guaratinguetá ocorreu um fato extraordinário: o sermão havia começado, quando se forma uma grande tempestade; a chuva desaba, e quando viram que ela chegava ao largo, onde se encontravam, quiseram se retirar. Frei Galvão, porém, lhes disse que fiquem pois nada sofrerão. De fato, a chuva não caiu sobre o Largo.


Outra narração impressionante:


O seguinte testemunho foi do Dr. Afonso d’Escragnole Taunay: "Um cavaleiro que passava alta madrugada por São Paulo viu Frei Galvão sentado à soleira de entrada de uma casa. Ofereceu-lhe o cavalo, propondo-se a acompanha-lo até o Recolhimento, fazendo-se ver que ele se arriscava a adoecer, imobilizado, como estava, sob tão áspera temperatura e sob garoa. Frei Galvão agradeceu a oferta, porém não aceitou, argumentando que precisava demorar-se aonde estava, tendo para tanto motivos fortes. O cavaleiro não insistiu e seguiu viagem. Dela voltando, soube do fato que impressionara muito a cidade, e fê-lo estremecer: na manhã seguinte ao encontro com Frei foi achado morto em sua própria casa, um homem rico que vivia solitário, avarento e agiota. Era exatamente o morador do prédio em cuja soleira estava “Frei Galvão".


Clarividência

Uma menina foi levada à presença de Frei Galvão. No decorrer da conversa, perguntou à ela sobre o que desejava ser. Respondeu que queria ser freira. Frei Antonio a abençoou com carinho e profeticamente lhe confirma a vocação. De fato, aos 19 anos ela ingressa em um Convento.


Levitação

No Mosteiro da Luz há viários testemunhos sobre a capacidade de Frei Galvão tinha de levitar. Dentre eles, há o relato de uma senhora nos seguintes têrmos: caminhando em plena rua, pôde observar o Frade que se aproximava todo recolhido. Ao se cruzarem, ela exclamou, espantada: "Senhor Padre, vossemecê anda sem pisar no chão?" E o Frei sorriu, saudou e seguiu diante.


Telepercepção

Antigamente, quando os sinos badalavam fora de horário de reza, a comunidade se reunia pois sabia que algo de extraordinário acontecera. Certo dia, os sinos do Mosteiro tocaram e a população atendeu a convocação. Frei Galvão, então já bem idoso, anunciou: "Rebentou em Portugal uma revolução" (talvez a de 1820). E relatou detalhes como se estivesse assistindo a tudo pessoalmente. Semanas depois, chegaram notícias confirmando as visões de Frei Galvão.


Os Milagres


A mulher grávida


Em uma fazenda, distante léguas de São Paulo, uma mulher, gravemente enferma em melindroso parto, clamava por Frei Galvão. Seu marido acorreu ao Mosteiro da Luz, à procura do Frade, que se achava, no entanto, de viagem ao Rio de Janeiro. Retornando à fazenda, ele se surpreendeu ao encontrar a esposa livre de todo perigo, estando muito grata à Frei Galvão que, durante a noite, tinha ouvido em confissão, abençoando a seguir a água de um copo, que ela bebeu, o que foi o bastante para que se normalizasse seu estado. O homem partiu para o Rio de Janeiro para agradecer ao Frade. Lá, foi informado pelo Guardião do Convento que "Frei Galvão não arredou pé daqui". Interrogado a respeito, Frei Galvão respondeu: "Como se deu, não sei; mas a verdade é que naquela noite lá estive".


Milagre da beatificação - Daniela (1990)

Aconteceu em 1990 em São Paulo, com a menina Daniela, que aos 4 anos de idade teve complicações bronco-pulmonares e crises convulsivas. Foi então internada na UTI do Instituto Emílio Ribas, em São Paulo, com diagnóstico de encefalopatia hepática por consequência da hepatite causada pelo vírus A, insuficiência hepática grave, insuficiência renal aguda, intoxicação por causa de metocloropramida e hipertensão. Os sintomas acima a levaram a uma parada cardiorrespiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, e mais duas infecções hospitalares. Após 13 dias de UTI, os familiares, amigos, vizinhos e religiosas do Mosteiro da Luz rezaram e deram a menina as pílulas de Frei Galvão. Em 13 de junho de 1990, a menina Daniela deixou a UTI e, em 21 de junho teve alta do hospital considerada curada. O pediatra que a acompanhou atestou perante o Tribunal Eclesiástico que: "atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela".


Milagre da Canonização - Sandra (1999)

Aconteceu em 1999, em São Paulo, com a paulistana Sandra Grossi de Almeida. Após três abortos espontâneos no passado devido a um problema de má formação do útero, em 1999 Sandra ficou grávida. Os médicos não acreditavam que a gestação pudesse chegar ao fim. Seu útero era bicorne, com duas cavidades muito pequenas e assimétricas, como se fosse uma parede. Tal formação não pode ser corrigida por cirurgia, tornando impossível levar qualquer gestação até o fim. As previsões de complicação do parto eram péssimas, mas mesmo assim, contrariando o prognóstico médico de que a gestação não chegaria ao 5º mês, Sandra rezava e tomava as pílulas de Frei Galvão durante toda a gestação. Na 32º semana, em 11 de dezembro, o parto cesariano foi realizado após a ruptura da bolsa, sem complicações. Nasceu Enzo de Almeida Galafassi, com problemas respiratórios de risco. Entretanto, no dia 12 de dezembro, a criança não apresentava qualquer sinal de doença e foi liberada do hospital no dia 19 do mesmo mês.


O frango do diabo

Residia em Itu um escravo liberto que, ficando doente, fez promessa de levar a Frei Galvão "uma vara de frangos" caso sarasse, o que de fato aconteceu. Por essa razão, amarrando as aves em uma vara, pôs-se a caminho. Aconteceu que ao meio da jornada três frangos lhe escaparam. Recolhi facilmente dois. O terceiro, um "carijó", fugiu velozmente, irritando o velho, que gritou impaciente: volta aqui, frango do diabo! Nesse momento, entrando em uma moita de espinhos, o frango se deixou apanhar. Após a caminhada, o liberto foi alegremente entregar seu presente ao Frade, que aceitou todas as aves, menos a "carijó": - Porquê este frango, já o deste ao diabo! – disse-lhe ele.


O lenço

Os familiares de um senhor, que adoecera gravemente em Taubaté, lembraram-no de que deveria se confessar, preparando-se "para fazer a viagem à outra vida". Informados por ele de que já se havia confessado com Frei Galvão, riram-se todos, pois o santo frade não se encontrava naquela ocasião em Taubaté. Como o caso urgisse, dada a gravidade da doença, insistiram em suas confissão. O doente tirou, então, de sob o travesseiro um lenço, que pertencia a Frei Galvão, e que o frade havia esquecido sobre sua cama durante a confissão. Ninguém duvidou mais da presença do Frade, "pois o seu dom de bi locação já era notório em toda a Capitania de São Paulo". Por gratidão a Frei Galvão, podem ser encontrados inúmeros "Galvão de promessa". Trata-se de pessoas que, em seu batismo e em seu registro de nascimento, recebem dois pais esse sobrenome, como pagamento de promessa por graças alcançadas.


O milagre de Potunduva

Foi por volta de 1810. O Capataz de uma monção que vinha de Cuibabá, "abicada à noitinha em Potunduva, à margem do Tietê" (município de Jaú), Manoel Portes, que havia chicoetado um membro de sua flotilha, foi por este mortalmente apunhalado. Sentindo-se perdido, invocou por Frei Galvão, para se confessar, tendo as tripulações, atônitas, presenciado a chegada do frade àquele local deserto. Aproximando-se do agonizante, ouviu as suas últimas palavras, absolveu-o e desapareceu de relance, deixando estarrecidos a todos. Nesse mesmo momento, Frei Galvão, que pregava numa igreja, em São Paulo, interrompera a prática, para pedir á assistência que com ele orasse pela salvação da alma de um cristão que, longe dali, estava agonizando. Uma capela memoriza esse episódio, sendo um centro de devoção a Frei Galvão.


Os fiéis e a chuva

Aconteceu em Guaratinguetá. Frei Galvão apenas iniciava seu sermão quando se formou grande tempestade. Quando viram que a tormenta desabava, muitos fiéis pensaram em se retirar. Lendo seus pensamentos, Frei Galvão lhes disse que ficassem, pois que nada sofreriam. De fato, o temporal que assolou a cidade não caiu sobre o Largo da Matriz, onde todos "puderam acabar de ouvir a prática que, como sempre, produziu grandes frutos para as almas".


Pílulas da Fé


Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida.


Frei Galvão escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: Pos partum Virgo, Inviolata permansisti: Dei Genitrix intercede pro nobis (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós).


Deu-os ao homem, que por sua vez levou-os à esposa. A mulher ingeriu os papelinhos, que Frei Galvão enrolara como uma pílula, e a criança nasceu normalmente. Caso idêntico deu-se com um jovem que se estorcia com dores provocadas por cálculos visicais.


Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado.


Esta foi à origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para pessoas que têm fé na intercessão de Servo de Deus.




São Frei Galvão


Santo Antônio de Sant'Anna Galvão


Conhecido como "o homem da paz e da caridade", Antônio de Sant'Anna Galvão, nasceu no dia 10 de Maio de 1739, na cidade de Guaratinguetá, São Paulo. Filho de Antônio Galvão, português natural da cidade de Faro em Portugal e de Isabel Leite de Barros, natural da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo. O ambiente familiar era profundamente religioso. Antônio viveu com seus irmãos numa casa grande e rica, pois seus pais gozavam de prestigio social e influência política. O pai, querendo dar uma formação humana e cultural segundo suas possibilidades econômicas, mandou Antônio, com a idade de 13 anos, à Bahia a fim de estudar no seminário dos padres jesuítas. Em 1760 ingressou no noviciado da Província Franciscana da Imaculada Conceição, no Convento de São Boaventura do Macacu, na Capitania do Rio de Janeiro. Foi ordenado sacerdote no dia 11 de julho de 1762, sendo transferido para o Convento de São Francisco em São Paulo. Em 1774, fundou o Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Divina Providência, hoje Mosteiro da Imaculada Conceição da Luz, das Irmãs Concepcionistas da Imaculada Conceição. Cheio do espírito da caridade, não media sacrifícios para aliviar os sofrimentos alheios. Por isso o povo a ele recorria em suas necessidades. A caridade de Frei Galvão brilhou, sobretudo, como fundador do mosteiro da Luz, pelo carinho com que formou as religiosas e pelo que deixou nos estatutos do então recolhimento da Luz. São páginas que tratam da espiritualidade, mas em particular da caridade de como devem ser vivida a vida religiosa e tratadas as pessoas de dentro e de fora do "recolhimento". Às 10 horas do dia 23 de dezembro de 1822, no Mosteiro da Luz de São Paulo, havendo recebido todos os Sacramentos, adormeceu santamente no Senhor, contando com seus quase 84 anos de idade. Foi sepultado na Capela-Mor da Igreja do Mosteiro da Luz, e sua sepultura, ainda hoje continua sendo visitada pelos fiéis. Sobre a lápide do sepulcro de Frei Galvão está escrito para eterna memória: "Aqui jaz Frei Antônio de Sant'Anna Galvão, ínclito fundador e reitor desta casa religiosa, que tendo sua alma sempre em suas mãos, placidamente faleceu no Senhor no dia 23 de dezembro do ano de 1822". Sob o olhar de sua Rainha, a Virgem Imaculada, sob a luz que ilumina o tabernáculo, repousa o corpo do escravo de Maria e do Sacerdote de Cristo, a continuar, ainda depois da morte, a residir na casa de sua Senhora ao lado de seu Senhor Sacramentado. Frei Galvão é o religioso no qual o coração é de Deus, mas as mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas necessidades". O dia 25 de outubro, dia oficial do santo, foi estabelecido, na Liturgia, pelo saudoso Papa João Paulo II, na ocasião da beatificação de Frei Galvão em 1998 em Roma. Com a canonização do primeiro santo que nasceu, viveu e morreu no Brasil, a 11 de maio de 2007, o Papa Bento XVI manteve a data de 25 de outubro.


Oração ao São Frei Galvão

(PARA REZAR DURANTE A NOVENA)

Deus de amor, fonte de todas as Graças, dai-nos, por intercessão de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, que ao tomarmos com fé e devoção estas pílulas e rezando – “Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu Vos adoro, louvo e Vos dou graças pelos benefícios que me fizeste, por tudo que fez e sofreu Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e caridade” – Vos digneis conceder-me a Graça que ardentemente almejo... (pedir a graça desejada).


Prometo-vos conhecer sempre mais o Evangelho, que Santo Antônio de Sant’Anna Galvão viveu, cultivar a vida Eucarística e a devoção a Imaculada Virgem Maria. Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, rogai por nós ! Amém!


(1 Pai-Nosso ... 1 Ave-Maria ... 1 Glória ao Pai)


*Rezar a oração acima durante os nove dias. *Tomar as pílulas no 1º, 5º e 9º dia.



MARTIROLÓGIO ROMANO

25/10


1. Em Roma, no cemitério de Trasão, junto à Via Salária Nova, os santos Crisanto e Daria, mártires, louvados pelo papa São Dâmaso.

(† c. 253)


2. Em Soissons, na Gália Bélgica, atualmente na França, os santos Crispim e Crispiniano, mártires.

(† c. s. III)


3. Em Florença, na Etrúria, atualmente na Toscana, região da Itália, São Miniato, mártir.

(† c. s. III)


4. Em Périgueux, na Aquitânia, na hodierna França, São Frontão, que é considerado o primeiro anunciador do Evangelho nesta cidade.

(† c. s. III)


5. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, os santos Martírio, subdiácono, e Marciano, cantor, que foram assassinados pelos arianos no tempo do imperador Constâncio.

(† c. 351)


6. Em Bréscia, na Venécia, atualmente na Lombardia, região da Itália, São Gaudêncio, bispo, que, ordenado por Santo Ambrósio, se distinguiu entre os prelados da sua época pela doutrina e virtude, ensinou o seu povo com a palavra e os escritos e construiu uma basílica que denominou «Concílio dos Santos».

(† c. 410)


7. No território de Javols, na Gália, atualmente na França, Santo Hilário, bispo de Mende.

(† s. VI)


8*. Perto de Segóvia, na Hispânia, São Fruto, que levou vida eremítica entre ásperos rochedos.

(† c. 715)


9*. Em Pécs, na Hungria, Santo Amaro, bispo, que, tendo sido mestre de retórica durante quase toda a sua vida, se fez monge e depois foi abade do mosteiro de São Martinho.

(† 1070)


10*. Em Vic, na Catalunha, região da Espanha, São Bernardo Calbó, bispo, que, deixando o ofício de juiz, foi monge cisterciense e abade do seu mosteiro; depois, nomeado bispo de Vic, promoveu intensamente a verdadeira doutrina.

(† 1243)


11*. Em Borgo Sant’ António, no Piemonte, região da Itália, o passamento do Beato Tadeu Machar, bispo de Cork e Cloyne, na Irlanda, que teve de sair da sua pátria, vítima da hostilidade dos poderosos, e, durante a viagem para Roma, descansou no Senhor.

(† 1492)


12*. Em Nules, povoação próxima de Tortosa, na Espanha, o Beato Recaredo Centelles Abad, presbítero da Irmandade dos Sacerdotes Operários Diocesanos e mártir, que, durante a perseguição contra a Igreja, foi assassinado às portas do cemitério em ódio ao sacerdócio.

(† 1936)


13*. Em Alcira, na região de Valência, também na Espanha, as beatas Maria Teresa Ferragud Roig e suas filhas Maria de Jesus (Maria Vincenta Masià Ferragud), Maria Verónica (Maria Joaquina Masià Ferragud), Maria Felicidade Masiá Ferragud, virgens da Ordem das Clarissas Capuchinhas, e Josefa da Purificação (Josefa Raimunda Masiá Ferragud), virgem da Ordem das Agostinhas Descalças, todas elas mártires, que, durante a mesma perseguição, mereceram a coroa gloriosa pelo seu inquebrantável testemunho de Cristo.

(† 1936)

Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page