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  • Sérgio Fadul - Coisas de Santo

São Ricardo de Chichester


São Ricardo Bachedine nasceu na Inglaterra em 1197, Seus pais, camponeses pobres, morreram muito cedo e deixaram-lhe como herança muitas dívidas e um casal de irmãos.


Por isso Ricardo se acostumou desde cedo ao trabalho duro da fazenda. Só mais tarde, depois de cuidar dos irmãos, pode iniciar os estudos com os beneditinos em Worcester.

Completou sua formação na Universidade de Oxford, onde foi eleito reitor. Desde então, começou sua atuação em prol da Igreja, pois eram anos de grande corrupção moral.

O povo, ignorante e supersticioso, aceitava passivamente a vida devassa dos nobres e do clero, que há muito estava afastado da disciplina monástica.


Ricardo, ao contrário, vivia com austeridade e passou a lutar por uma reforma geral nos meios católicos, para com isso elevar o nível de vida do povo, tanto material quanto espiritual.


Na universidade, favoreceu a aceitação dos frades franciscanos e dominicanos, que aos poucos instituíram a volta da disciplina e da humildade entre os religiosos e seus agregados.


Essa postura acabou gerando retaliações do rei Henrique III ao bispo da Cantuária – Edmundo Rich – sob a orientação de quem Ricardo agia. Perseguido pelo rei, o bispo buscou exílio na França e Ricardo o acompanhou fielmente até que morresse. Ao morrer o Bispo Edmundo deixou-lhe de herança um cálice, que se tornaria o emblema de São Ricardo. Com efeito, diz-se que, durante a celebração da missa, o cálice caiu-lhe das mãos, mas as sagradas espécies não se derramaram.


Foi neste período que, por insistência do bispo, ordenou-se sacerdote, apesar dos seus quarenta e cinco anos.


Os seus talentos e sua dedicação foram recompensados um ano depois, quando o novo arcebispo da Cantuária – Bonifácio de Savóia – consagrou-o bispo de Chichester. Henrique III ficou furioso, apossando-se dos bens da diocese e proibindo Ricardo de assumir seu cargo.


Mas Ricardo não se intimidou, voltou disfarçado de mendigo e, na clandestinidade, atuou durante dois anos, organizando o trabalho pastoral da diocese junto ao povo explorado.


Foi obrigado a pedir hospitalidade a um pároco rural, locomovia-se a pé para as visitas pastorais e ganhava seu sustento arando o campo.


Entretanto o papa Inocêncio IV perdeu a calma e ameaçou excomungar o rei, que teve de aceitar Ricardo como bispo de Chichester.


Assim, ele pôde atuar com liberdade até morrer, em Dover, no dia 3 de abril de 1253, a caminho de uma cruzada.

Ricardo foi sepultado no cemitério da catedral de Chichester e sua santidade era tanta que, nove anos depois, o papa Ubaldo IV o canonizou.


São Ricardo é festejado, tanto pelos católicos como pelos anglicanos, no dia 3 de abril, sendo venerado como padroeiro dos cavaleiros e dos cocheiros.


“É melhor vender os próprios cavalos e os vasos de prata em lugar de deixar os membros de Jesus Cristo, vale dizer, os pobres, na miséria.”


São Ricardo de Chichester, rogai por nós!



MARTIROLÓGIO ROMANO

03/04


1. Em Roma, São Sisto I, papa, que, no tempo do imperador Adriano, foi o sexto sucessor de São Pedro na direção da Igreja.

(† 128)


2. Em Constança, cidade da Cítia, na atual Roménia, os santos Cresto e Papo, mártires.

(† c. s. IV)


3. Em Tiro, na Fenícia, hoje no Líbano, Santo Ulpiano, mártir, que, ainda adolescente, durante a perseguição de Maximino Daïa César, foi encerrado com um cão e uma serpente num saco de coiro e consumou o martírio afogado no mar.

(† 306)


4. Em Nápoles, na Campânia, região da Itália, São João, bispo, que morreu na Noite Santa da Páscoa, quando celebrava os sagrados mistérios e, acompanhado pela multidão dos fiéis neófitos, foi sepultado na solenidade da Ressurreição do Senhor.

(† 432)


5. No mosteiro de Medíkion, na Bitínia, na atual Turquia, São Nicetas, hegúmeno, que, no tempo do imperador Leão o Arménio, suportou o cárcere e o exílio por defender as sagradas imagens.

(† 824)


6. Em Constantinopla, hoje Istambul, na Turquia, São José o Hinógrafo, presbítero e monge, que na perseguição desencadeada contra o culto das sagradas imagens, foi enviado a Roma para pedir a proteção da Sé Apostólica e, depois de ter suportado muitos tormentos, finalmente recebeu o encargo de guardar os objetos sagrados da igreja de Santa Sofia.

(† 886)


7. Em Chichester, na Inglaterra, São Ricardo, bispo, que, exilado pelo rei Henrique III e de novo restituído à sua sede, manifestou uma grande generosidade para com os pobres.

(† 1235)


8*. Em Polízzi, na Sicília, região da Itália, São Gandolfo de Binasco Sáchi, presbítero da Ordem dos Menores, que se entregou a uma austera vida de solidão e iluminou as regiões limítrofes com a pregação da palavra de Deus.

(† c. 1260)


9*. Em Penna, no Piceno, hoje nas Marcas, região da Itália, o Beato João, presbítero, um dos primeiros companheiros de São Francisco, que foi enviado para a Gália Narbonense, onde propagou a forma de vida evangélica.

(† 1275)


10*. Em Lencastre, na Inglaterra, os beatos Roberto Middleton, da Companhia de Jesus, e Turstão Hunt, presbíteros e mártires: o segundo foi preso quando tentava libertar o primeiro durante uma transferência de prisioneiros; condenados ambos à morte, no reinado de Isabel I, por causa do seu sacerdócio, mereceram, através dos tormentos, ser glorificados à direita de Cristo.

(† 1601)


11. Em Údine, no Véneto, região da Itália, São Luís Scrosóppi, presbítero da Congregação do Oratório, que fundou a Congregação das Irmãs da Divina Providência, para formar as jovens no espírito cristão.

(† 1884)


12♦. Em Guadalajara, região de Jalisco, no México, os beatos Ezequiel (José Luciano) Huerta Gutiérrez e Salvador (José) Huerta Gutiérrez, pais de família e mártires.

(† 1927)


13♦. Em Mancha Real, perto de Jaén, na Espanha, o Beato João de Jesus e Maria (João Otazua y Madariaga), presbítero da Ordem da Santíssima Trindade e mártir, que, durante a perseguição religiosa, com o seu martírio seguiu os passos de Cristo.

(† 1937)


14*. Perto de Cracóvia, na Polónia, no campo de concentração de Auschwitz, o Beato Pedro Eduardo Dankowski, presbítero e mártir, que, durante a ocupação militar da sua pátria por um regime militar estrangeiro, foi encarcerado por causa da fé cristã e através dos tormentos consumou o martírio.

(† 1942)

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