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Foto do escritorSérgio Fadul

O papel fundamental da Santa Missa na vida das crianças


A Santa Missa é um momento sublime, onde somos abençoados, temos a presença real de nosso Deus e somos fortificados para a missão no mundo.


Nós, quando crianças, nos preparamos para a Primeira Eucaristia, para que possamos entender a grandiosidade da Comunhão de Cristo na nossa vida. É uma alegria na família. Os pais falam:


"Meu filho/filha está se preparando para Primeira Comunhão! Está na Catequese!"


E todos ficam muito felizes...


Mas a realidade após a primeira Eucaristia é que muitas crianças seguem o caminho dos pais e deixam de fazer o caminho que foram iniciadas.


Os pais, que queriam que elas recebessem este sacramento, logo após a primeira comunhão, parecem não ver mais tanta importância e não situam a criança, ou o pré adolescente em uma missa mais apropriada, com linguagem mais entendível para elas, fazendo com que, pouco a pouco, a criança, ou o pré adolescente, desaprenda todo o conhecimento e respeito aprendido na catequese.


Alguns simplesmente deixam de ver a Santa Missa como uma necessidade, pois não é de costume deles, os pais, ir à Missa. Então, se é algo que eles não fazem, o fato do filho ir à Missa se torna algo que pode atrapalhar seus passeios, seu tempo e até a sua própria consciência.


Outros pais decidem que é o momento da criança ir para as missas com linguagem própria para adultos. Afinal, a família toda vai neste horário e assim tudo fica mais fácil.


"Mas existem outras missas que acolhem bem as crianças...", muitas vezes, é a resposta que ouvimos...


O acolhimento é muito importante - não só para a criança, mas também para os adultos - mas a mensagem tem que ser dada de forma que elas entendam. Não é só um clima agradável para as crianças, mas uma situação onde elas começam a reconhecer o senhorio de Deus, onde elas entendem quem é Cristo e sua mensagem, onde elas compreendem a necessidade de viver com a Santa Comunhão, consequentemente, onde elas se apaixonam por Cristo.


É incrivelmente constatado, e dou testemunho, pelo menos nos meus últimos 35 anos, que a Missa com Crianças, após a festa da Primeira Comunhão, se esvazia... Cerca de 80% das crianças não frequentam mais aquela missa.


Muitas crianças vão para missas com foco adulto e, por não entender a linguagem mais adulta apresentada pelo sacerdote, vão esmorecendo. Qual o resultado desta situação? A criança não faz questão de ir à missa, pois para ela é aborrecedora.


As crianças tem uma capacidade incrível para aprendizado, são verdadeiras "esponjinhas", mas elas também tem foco e visão bem limitados, portanto quando temos temas mais extensos, elas começam a não prestar mais atenção.


Aliás, para manter a atenção de qualquer pessoa se exige algo muito especial, de interesse real deles, da realidade deles, não é diferente com as crianças. Por isso os padres que celebram estas Missas sabem fazer com que pequenas "gotas" de sabedoria formem um grande mar na mente delas.


Outro resultado triste é o fato de não se despertar na criança o interesse de buscar um grupo, pastoral ou serviço social na Igreja.


Desta maneira se entende o porquê, de forma massiva, jovens que adentram a faculdade começam a ter tantos problemas emocionais. Lhes falta os substantivos morais abandonados na Igreja! Crendices e superstições tomam conta da vida dos jovens. Muitos ainda terminam por confrontar que são católicos e que não conseguem entender certas coisas, é a brecha para que muitas ideias erradas surjam, ou que oportunistas estejam na prontidão para dar falsos confortos. Talvez este seja a resposta para a debandada de tantos jovens para outras religiões e seitas...


A Santa Missa tem momentos muito especiais. Temos a nossa reconciliação das pequenas faltas, o reconhecimento delas. Temos a Palavra de Deus, nas leituras e no Evangelho. Temos um padre que reconhece a realidade da comunidade e passa a mensagem para todos, na homilia. Também tem a Santa Eucaristia, que tem um papel fundamental no nosso espírito. Ela cria a aliança da nossa alma com Deus, quando fazemos com fé, com determinação de santidade. Por isso, não é só receber a Comunhão, mas temos que estar sempre atentos às recomendações da Santa Igreja.


O fato de trabalharmos agora a espiritualidade da criança, fará com que, quando ela amadurecer, ela saiba discernir melhor o certo e o errado. Ela reconheça o divino e tenha acesso aberto à caridade, ao amor e à sabedoria. Que ela não valorize coisas do mundo, mas as do céu.


É fato que todos nós encaramos, após nossa infância, uma rematrização das nossas idéias. Colocamos muitas vezes nossos conhecimentos de "cabeça para baixo", para tentar entender melhor. E quando não temos fundamentos, várias outras coisas tomam seu lugar. O álcool, as drogas e a falta de castidade são provas disto na adolescência.


Enfim, alguns tantos tentam retornar à Igreja e trazem consigo um desaprendizado, vícios e pensamentos que se aproximam de um egocentrismo e egoísmo. Faltam com cuidado das coisas da Igreja e passam a "competir espiritualmente" com os irmãos, quando deviam estar de mãos dadas. Observam outros fazerem coisas erradas e terminam por aceitar também.


Tudo isso é um desencadeamento vicioso de uma interrupção nos fundamentos ensinados lá atrás. Lógico que nós podemos superar e, para aqueles que são determinados, alcançar a santidade. Mas o caminho se torna mais difícil e confuso para os tantos mais, então por quê não tentar diferente?


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