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  • Radio Vaticana - Reeditado por Sérgio Fadul

Papa adverte a leigos, religiosos e ordenados: "Evangelizar é testemunhar a fé com a vida. N

Papa Francisco falou para todos na homilia da manhã desta sexta feira, 09/09, na Casa Santa Marta, para não reduzir a evangelização ao funcionalismo nem a um simples ‘passeio’.

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Também alertou sobre a tentação do proselitismo, onde se tenta convencer as pessoas pelas palavras.

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Inspirado na Carta de São Paulo aos Coríntios e questionou sobre o significado de dar testemunho de Cristo e questionou sobre o que significa evangelizar e como podemos fazê-lo.

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Primeiramente, explicou o que não é evangelizar: ‘reduzi-la a uma função’.

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Evangelizar não é se exibir, e, infelizmente em algumas paróquias, este serviço é vivido como se fosse uma função.

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O Papa advertiu Leigos e sacerdotes que se convencem pelo que fazem:

“Eu vou evangelizar e levo muitos para a Igreja”, esquecendo que a Igreja tem sede de Cristo e, se não fosse por Ele, eles teriam uma importância distante. . Fazer proselitismo: isto também é uma vanglória. Evangelizar não é fazer proselitismo e nem fazer um passeio, nem reduzir o Evangelho a uma função.

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Isto é o que Paulo diz: “Pregar o Evangelho para mim não é um motivo de glória, é antes uma necessidade, uma imposição".

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Um cristão deve ter a necessidade de levar o nome de Jesus, mas do próprio coração, mostrando a força de Cristo em sua vida, não de forma supérflua, ou somente de palavras belas que não cumprimos.

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Com estas palavras do Papa, também devemos lembrar das colocações do próprio Cristo Jesus, quando fala dos fariseus: "Deem aos pobres do que está no íntimo, e então tudo a respeito de vocês será limpo.” (Lc 11:41). Ou ainda: “[Vocês] dão o décimo da hortelã, da arruda e de todas as outras ervas, mas desconsideram a justiça e o amor a Deus! Essas coisas vocês tinham a obrigação de fazer, mas sem desconsiderar as outras.” (Lc 11:42).

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Mas qual seria então o “estilo” da evangelização?, pergunta-se o Papa.

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“Como posso estar certo de não fazer o passeio, de não fazer proselitismo e não reduzir a evangelização a um funcionalismo?”

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"A forma é fazer tudo a todos. Ir e compartilhar a vida com os outros. Acompanhar no caminho de fé, fazer crescer no caminho da fé”, responde o Papa.

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Evangelizar é dar testemunho, sem perguntas, sem condições.

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Devemos empatizar, colocar-nos na condição do outro: “Se ele está doente, me aproximo, e não enchê-lo com argumentos”. "Estar próximo, assistir, ajudar”.

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Evangeliza-se “com este comportamento de misericórdia: fazer tudo a todos; é este o testemunho que leva a Palavra”.

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Enfim, Francisco recordou que durante o almoço com os jovens, na JMJ de Cracóvia, um jovem lhe perguntou o que deveria dizer a um seu amigo querido, ateu.

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“É uma boa pergunta! Todos conhecemos pessoas que estão afastadas da Igreja: o que devemos dizer a elas? E eu respondi: ‘Veja, a última coisa que deves fazer é dizer alguma coisa! Comece a fazer, e ele verá o que tu fazes e te perguntará; e quando te perguntar, tu dizes”.

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Evangelizar é dar este testemunho: eu vivo assim, porque acredito em Jesus Cristo; eu desperto em ti a curiosidade da pergunta ‘mas porque fazes estas coisas?’. Porque acredito em Jesus Cristo e anuncio Jesus Cristo e não somente com a Palavra – sim, se deve anunciá-lo com a Palavra – mas com a vida”.

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"Isto é evangelizar, e também isto se faz gratuitamente”, “porque recebemos de graça o Evangelho”, “a graça, a salvação não se compra nem se vende: é grátis! E de graça devemos dá-la”.

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Viver a fé

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O Papa recordou São Pedro Claver, santo que a Igreja celebra nesta data. Lembrou que ele era um missionário que foi anunciar o Evangelho. Talvez acreditando que ele pensava que seu futuro seria pregar. A vida revelou que o Senhor pediu-lhe que estivesse próximo, junto aos descartados daquele tempo, aos escravos, aos negros, que chegavam lá da África para serem vendidos. “E este homem não fez um passeio, dizendo que evangelizava; não reduziu a evangelização a um funcionalismo e nem mesmo a um proselitismo: anunciou Jesus Cristo com gestos, falando aos escravos, vivendo com eles, vivendo como eles! E como ele na Igreja existem tantos! Tantos que aniquilam a si mesmos para anunciar Jesus Cristo".

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"E também todos nós, irmãos e irmãs, temos a obrigação de evangelizar, que não é bater na porta do vizinho ou da vizinha e dizer: ‘Cristo ressuscitou’. É viver a fé, é falar da fé com docilidade, com amor, sem vontade de convencer ninguém, mas gratuitamente. É dar gratuitamente aquilo que Deus de forma gratuita nos deu: isto é evangelizar”.

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Talvez a advertência nos ajude a pensar: "Devemos somente nos ocupar em festas, passeios e eventos, que são muito agradáveis, mas podem ser vazios (só enchem nosso ego)? Ou buscar a integração, misericórdia, a necessidade do próximo... . Se muito temos, muito seremos cobrados.

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Não nos fechemos às nossas vaidades, mas nos despojemos na entrega a Jesus no próximo. Não achemos que só as orações repetidas por nossos lábios serão a essência que agirá na transformação do próximo, mas nossas mãos devem estar estendidas àqueles que timidamente e cheios de dor e sofrimento, clamam por salvação.

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